Storytelling é um termo que vem do inglês, cuja tradução é “contar histórias”. Se você está antenado ao que acontece no mundo da comunicação e do empreendedorismo, provavelmente já se deparou com essa palavra. Aliás, muitos especialistas recomendam o storytelling como uma eficaz ferramenta de negócios.

Mas o que contar histórias tem a ver com o mundo empreendedor? De que forma isso pode te ajudar a obter melhores resultados?  Para encontrar as respostas para essas e outras perguntas, é só dar continuidade à leitura deste artigo.

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O que é storytelling e qual a sua importância?

Você provavelmente ouviu uma história chamada “A lebre e a tartaruga” durante a sua infância, não é mesmo? Trata-se de uma fábula de Esopo, posteriormente recontada por La Fontaine.

Basicamente, ela conta a história de uma rápida lebre que vivia caçoando da natureza lenta da tartaruga. Um dia, a tartaruga, cansada das provocações, propôs uma corrida com a lebre, que prontamente aceitou. Já na largada, a lebre disparou e obteve enorme vantagem. Ao perceber isso, parou para tirar um cochilo. Quando acordou, viu a sua adversária lá na frente, a passos lentos, cruzando a linha de chegada, feliz da vida.

Pais e professores podem imaginar mil formas diferentes de explicar às crianças a importância da persistência, os malefícios de contar vantagem antes da hora e a ideia de que “devagar se vai ao longe”. No entanto, nada será tão eficiente quanto uma história como essa fábula. Ela é simples, com cenário, personagens, emoções, um ponto de virada e um desfecho surpreendente — tudo o que uma boa narrativa precisa ter.

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Histórias despertam a atenção, muito mais do que explicações técnicas. Elas geram aproximação com o ouvinte, pois são mais fáceis de serem visualizadas. Além disso, o despertar de determinadas emoções torna a experiência muito mais marcante. Por isso, o storytelling, ou a arte de contar histórias, é excelente para ensinar algo ou convencer pessoas.

Como o storytelling pode ser aplicado no ambiente corporativo?

Na vida corporativa, a comunicação persuasiva é muito importante. Profissionais estão, a todo instante, tentando convencer alguém de algo. É preciso convencer o potencial cliente de que aquele produto é bom. É preciso convencer o potencial parceiro de que investir naquela empresa será vantajoso para todos os envolvidos.

É claro que empresários não são crianças e, no fim das contas, também é necessário mostrar alguns gráficos e números que traduzam essas vantagens. Contudo, mesmo nesse universo “adulto”, o storytelling segue sendo uma ferramenta fantástica.

A publicidade, por exemplo, se utiliza frequentemente dessas técnicas. Você já percebeu que, cada vez mais, os filmes publicitários têm contado histórias em que o produto aparece como personagem, em vez de apenas falar “compre o produto X porque ele é maravilhoso”? Uma história bem contada mostra como aquele produto pode ser útil de uma maneira muito mais emotiva e marcante do que uma simples lista de adjetivos.

Algo semelhante acontece nas apresentações de empresas para possíveis parceiros. É claro que essas apresentações precisam incluir alguns dados técnicos relevantes naquele contexto. No entanto, na impede a empresa de ser apresentada como a personagem principal de sua própria história. Contar o seu surgimento, as suas dificuldades e as suas superações é um meio mais envolvente de atrair a atenção dos interlocutores e tornar a história mais marcante.

Principais características de um bom storytelling

A seguir, você confere os 9 principais atributos que tornam uma história encantadora, rica e convincente.

1. Razão e emoção

Um bom storytelling explora os dois lados do cérebro. Ao mesmo tempo em que as informações se encadeiam numa sucessão lógica de acontecimentos, pautados por argumentos racionais, elas também precisam da emoção para ser percebida com mais intensidade. A importância da persistência é a lição racional extraída de “A lebre e a tartaruga”, mas a história de provocações da lebre e de superação de dificuldades da tartaruga cria um vínculo afetivo que deixa a mensagem mais forte.

2. Entretenimento

Além de ensinar, uma boa história também deve entreter. A arrogância das provocações da lebre contrastando com a paciência da tartaruga nos leva a torcer pelo animal mais lento. Quando há entretenimento, as pessoas se permitem envolver com a história, se encantar e, consequentemente, mergulhar naquele universo.

3. Autenticidade

É importante ressaltar que entre uma fábula e uma comunicação empresarial existe uma diferença básica: a autenticidade. Ninguém em sã consciência vai acreditar numa lebre que fala. No entanto, numa apresentação corporativa ou numa peça publicitária, a audiência precisa acreditar na história contada.

Tudo aquilo que uma empresa afirma sobre si mesma precisa ser comprovado de forma concreta, por meio de seu desempenho, de depoimentos de clientes/funcionários, enfim, de todos os elementos que fortaleçam esse discurso e produzam credibilidade.

4. Começo memorável

Para que o storytelling dê certo, a história deve ser cativante desde o seu início. Hoje em dia, a atenção de alguém é algo extremamente difícil de obter, já que há concorrência de outras empresas, de outros afazeres, de notificações de celulares, e por aí vai.

Por isso, crie um início intrigante, emotivo, com uma boa ambientação e um conhecimento claro das personagens da sua história.

5. Atenção e entendimento

Depois de um início memorável, a história precisa de recursos que mantenham a atenção da audiência. Para isso, a sucessão de acontecimentos deve ser dinâmica, como na narrativa do cinema. É preciso que haja pontos de virada, surpresas, superações etc.

6. Adesão

Num dado momento da fábula, você começou a simpatizar e a torcer pela tartaruga, não é mesmo? Nas histórias bem contadas, assumimos um lado, permitimos que haja envolvimento e nos convencemos de aquela personagem é boa e merece vencer. Numa apresentação corporativa também deve haver adesão, ou seja, as pessoas devem “passar para o lado da empresa”, sejam clientes, parceiros ou investidores.

7. Uma marca deixada

Toda boa história deixa uma marca. Essa marca pode ser tanto um vínculo emocional quanto um aprendizado sobre um determinado assunto. Preferencialmente, deve-se conseguir as duas coisas. Numa apresentação corporativa, por exemplo, é importante explorar o aspecto emocional da história da empresa, ao mesmo tempo em que uma lição de superação ou de algum outro assunto seja deixada.

8. Recursos visuais

Para que uma apresentação seja dinâmica, ela deve facilitar a visualização da história contada. É possível deixar tudo a cargo da imaginação, como ocorre nas propagandas do rádio. No entanto, quando se trata de uma reunião corporativa, ou de publicidade na televisão ou na internet, é importante deixar a mensagem facilmente compreensível por meio de recursos visuais.

Gráficos, animações, imagens e vídeos tornam a apresentação mais atraente. Se estiver utilizando slides, nada de lotá-los de texto, OK?

9. Sem fórmulas prontas

Por fim, é importante ser criativo. É claro que, em geral, as histórias que contamos nas empresas procuram seguir o modelo tradicional dos romances e do cinema:

  • Introdução: ambientação;
  • Desenvolvimento: conflitos;
  • Conclusão: ponto de virada com resolução dos conflitos.

No entanto, lembre-se de que cada história é única e deve ser contada de forma criativa e envolvente. Para um bom uso do storytelling, treine, ensaie e verifique o grau de atenção da sua audiência a todo instante para mantê-la envolvida com a história.

Empregar o storytelling não é algo difícil, mas exige estudo, criatividade, organização e um bom tempero emocional para cativar. Essa técnica tem trazido bons resultados às empresas, tanto na comunicação junto ao consumidor quanto nas apresentações para os futuros parceiros e investidores. Que as dicas acima possam lhe ser úteis e positivamente transformadoras!

E você, já fez algum uso do storytelling em seu negócio? Como foi a experiência? Caso nunca tenha passado por isso, que tipo de estratégia acha que seria útil em sua empresa? Deixe o seu comentário com as respostas no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar dele!

Imagem: Por chattanongzen