Resiliência: quem é que ainda não leu ou ouviu falar nesse conceito, não é mesmo? Tornou-se muito frequente e disseminada a ideia de que precisamos ser resilientes para superar as dificuldades que aparecem nas diferentes áreas da vida.

Mas o que exatamente significa ser resiliente? Qual é o significado dessa palavra que tanto aparece nas canções, nos filmes, nas frases motivacionais, nos livros de autoajuda, nas palestras de desenvolvimento pessoal, nos consultórios de psicólogos e até mesmo nas descrições de vagas de emprego?

Neste artigo, você vai compreender melhor as origens e definições dessa palavra, bem como os benefícios que esse conceito oferece ao dia a dia, sobretudo podendo ser desenvolvido por meio do coaching. Continue a leitura e saiba mais!

Resiliência: conceito e significado

A resiliência, embora seja um termo importado da física, foi adotada pelas ciências humanas para o estudo do desenvolvimen­to individual e social, especialmente nos modelos bioecológicos. Na física, a resiliência, grosso modo, diz respeito à capacidade de um determinado objeto retornar ao seu estado anterior depois de sofrer determinada pressão ou impacto.

Desse caso, a espuma seria, por exemplo, mais resiliente do que o isopor, uma vez que a espuma, ao sofrer uma pressão, retorna ao seu estado anterior, sendo que ela só se desgastará depois de um longo tempo sofrendo a mesma pressão. O isopor, em contrapartida, terá a sua forma imediatamente e definitivamente alterada ao sofrer uma pressão maior. O mesmo vale para o papel, que, uma vez amassado, jamais retor­nará à forma original.

Seguindo o mesmo pressuposto da física, nas ciências humanas — e, nesse caso, na psicologia positiva e no coaching —, a resiliência abrange processos atípicos, nos quais uma adaptação positiva se manifesta em circunstâncias da vida que conduziriam geralmente ao desajustamento.

PSC

O grande perigo é usarmos o termo resiliência de uma maneira superficial e incompleta. Ser resiliente não é só passar por um trauma e “dar a volta por cima”. A resiliência, que também é responsável por esse tipo de situação, envolve todos os complexos processos, tanto intrapsíquicos quanto do ambiente, que possibilitam que essa recuperação seja possível.

O poder da resiliência

É muito comum que encontremos um conhecido passan­do por um problema qualquer e, depois de desabafar conosco, dizemos a ele uma frase do tipo: “Amigo, sai dessa! Não vale a pena sofrer assim…” e depois ouvimos: “Para você é fácil falar!”.

Essa devolutiva “para você é fácil falar” exemplifica bem a situação de que superar uma “pressão” e retornar ao estado an­terior sem deformidade é muito mais do que apenas assumir um posicionamento otimista e positivo diante da vida.

Para isso, é necessário compreendermos toda a ecologia dos sistemas que influenciam o desenvolvimento desse indivíduo: os subjetivos e os sociais, ou seja, as características particulares da pessoa, bem como as circunstâncias do meio em que ela vive.

A pergunta chave é: como o ambiente em que esse sujeito está contribui para que ele consiga ou não consiga ter um novo posicionamento, mais otimista e positivo, no que diz respeito à vida e às situações adversas?

A chave de leitura para esta reflexão é perceber que a resiliência não é uma característica exclusiva dos mais fortes, em que apenas alguns conseguem se sobressair e ter sucesso na vida, enquanto os outros sofrem as adversidades, tendendo a se invisibilizar.

superação e o equilíbrio diante de situações que causam instabilidade e choque não dizem respeito apenas à condição psicológica do sujeito, mas a toda a ecologia de sistemas que o condicionam e que o constituem, fazendo com que todos os seres possam ser resilientes, de acordo com a compreensão do seu contexto de desenvolvimento.

A resiliência e o coaching positivo

Diante do exposto, é um grande erro ignorarmos o ambiente e partirmos para um processo de coaching sem investigar e descrever a fundo os sistemas em que esse sujeito opera.

Nenhuma ação de coaching positivo surtirá efeito se a abordagem for tão rasa que não ultrapasse o uso dos clichês “você é capaz”, “acredite em você”, “supere os seus limites”, e por aí vai. Portanto, deixemos de ser simplistas e superficiais. Todo esse processo, como postula o psicólogo estadunidense Bronfenbrenner, depende dos conhecimentos e da aquisição de habilidades e características que proporcionem uma maior resiliência.

Como, então, fazer com que alguém encare um assalto à mão armada de maneira otimista? Será que apenas dizer “que bom que você está vivo” não beira à piada? De fato, após passar por uma situação de trauma e estresse, que causou grande dano aos aspectos emocionais e psíquicos de um indivíduo, não só a sua condição pessoal tem que ser trabalhada, mas todo o ambiente em que ele opera deve ser, igualmente, observado, para que o proces­so de ressignificação promova a resiliência necessária.

Conclusão

Trazendo os aprendizados para a prática, a resiliência é a capacidade que as pessoas têm de dar continuidade à vida, superando os eventos adversos. Essa superação, contudo, não é apenas psicológica, mas também deve envolver atitudes práticas. Não adiantaria, por exemplo, superar um relacionamento tóxico e, logo em seguida, entrar novamente em algo parecido. É importante extrair aprendizados das adversidades, de modo que elas não se repitam.

Dessa forma, as pessoas prestam atenção aos seus sentimentos, modificam os seus pensamentos e, consequentemente, desenvolvem novos comportamentos, que sejam mais construtivos e funcionais para o alcance dos seus objetivos de vida.

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“O vencedor é um sonhador que nunca desiste” — Nelson Mandela.