A inteligência emocional é um conceito que tem sido cada vez mais falado, nos mais diferentes contextos. Ser inteligente emocionalmente é, basicamente, ter a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e das outras pessoas, o que permite lidar com eles de maneira positiva. É uma habilidade que traz benefícios para todas as áreas da vida, como carreira, relacionamentos, autoestima e a convivência em sociedade. Continue a leitura para entender melhor sobre o tema e sua importância.

O que é inteligência emocional?

Há alguns anos, especialistas vêm percebendo que o aspecto emocional tem uma forte influência sobre o desempenho de um indivíduo no trabalho. Inclusive, pesquisas recentes concluíram que 90% dos profissionais de sucesso possuem altos níveis de QE (quociente emocional). Embora seja algo mais difícil de ser mensurado do que o já conhecido QI (quociente de inteligência), é possível chegar a respostas analisando as seguintes capacidades.

Autoconsciência: refere-se ao conhecimento que uma pessoa tem sobre si mesma, incluindo emoções e comportamentos, é a capacidade de identificar o que se está sentindo.

Autogerenciamento: envolve à habilidade de gerenciar as próprias emoções e o modo como se responde a elas.

Automotivação: diz respeito aos recursos internos que um indivíduo possui para agir e buscar objetivos.

Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro para imaginar como ele se sente e, assim, se relacionar de modo mais eficaz.

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Capacidade de se relacionar: está ligada à habilidade de construir e manter relacionamentos com outras pessoas, trabalhar em equipe, solucionar conflitos, criar conexões.

A importância da inteligência emocional

No dia a dia, seja em casa, na rua ou no trabalho, frequentemente vivemos experiências que mexem com as nossas emoções de diversas formas. Levar uma fechada no trânsito, ter um problema com o chefe, uma divergência com o cônjuge, são muitas as situações que podem suscitar raiva, estresse, ansiedade. Quando se tem inteligência emocional, é possível responder a todas essas emoções em vez de simplesmente reagir, sem racionalizar as consequências daquele comportamento.

Pessoas que não conseguem gerenciar o que sentem acabam por ter sua capacidade de julgamento prejudicada, exatamente porque as emoções falam mais alto. Assim, têm rompantes de raiva, xingam, gritam e se desestabilizam, o que gera muitos problemas em empresas, famílias, círculos de amigos e em sociedade. É preciso que cada um aprenda a identificar e controlar as próprias emoções, a fim de responder com serenidade ao que acontece.

Imagine um profissional com um excelente currículo, cursos em instituições de grande renome, pesquisas, uma lista de atributos técnicos impecável. Porém, quando o assunto são as chamadas soft skills, ou seja, as habilidades comportamentais, deixa a desejar, porque é temperamental, muda rapidamente de humor e perde o controle com frequência. Como essa pessoa conseguirá desempenhar seu papel com excelência se o lado emocional a domina?

É por esse motivo que cada vez mais empresas têm valorizado o QE (quociente emocional) dos candidatos a vagas, porque os gestores sabem que no dia a dia de trabalho o peso exercido por esse aspecto é muito grande. Hoje, se destacam os profissionais que combinam as hard com as soft skills, ou seja, as capacidades técnicas e comportamentais, pois uma completa a outra.

7 Práticas para desenvolver a inteligência emocional

Independentemente em qual fase da vida esteja, sempre é tempo de desenvolver e aperfeiçoar as habilidades ligadas à inteligência emocional. Confira sete práticas que te ajudarão ao longo desse processo.

1 – Comece a observar como você se sente

Para gerenciar algo é preciso conhecer, porque apenas assim saberá com o que está lidando. Desse modo, é preciso que comece a observar como você se sente em cada tipo de situação. Atente-se à palavra observar, que é completamente diferente de julgar. Evite tirar conclusões do tipo: “sou incapaz de me controlar porque me sinto estressado com a situação x”. Substitua esse pensamento por: “sinto-me estressado quando x acontece”.

2 – Veja como você se comporta

Após a observação em relação aos sentimentos e emoções, é hora de olhar para o comportamento, que são as atitudes que vêm depois deles. Perceba como age ao experimentar determinadas emoções, como se comporta quando está irritado, ansioso, triste, feliz. Considere suas atitudes e a forma como se comunica nessas situações.

3 – Torne-se responsável pelo modo como se sente e age

Essa é a prática mais desafiadora, mas é a que te dará mais liberdade, porque envolve tirar dos outros a responsabilidade do modo como se sente e assumi-la. Entenda, ninguém te deixa estressado, triste ou feliz, você é quem escolhe como irá se sentir com o que lhe acontece. Ao dar esse passo, verá os impactos positivos em todas as áreas da sua vida.

4 – Responda em vez de reagir

A reação se dá através de um processo inconsciente, em que a emoção gera o comportamento, já a resposta está totalmente ligada à razão, inclui perceber como se sente e, em seguida, decidir como irá agir. Se estiver irritado, por exemplo, irá notar isso e avisar para a outra pessoa que não é um bom momento para ter aquela conversa e que poderão resolver a questão posteriormente, com calma.

5 – Conheça seus agentes estressores

O autoconhecimento irá te ajudar a identificar quais são os seus agentes estressores e aprender a lidar com eles positivamente. Se você sabe que ler notícias antes de dormir o deixa ansioso e isso atrapalha o seu sono, deixará para se informar pela manhã. Mudanças simples como essa podem realizar grandes mudanças em seu estado emocional.

6 – Seja empático com você e com os outros

A empatia é o ingrediente principal dos relacionamentos humanos, porque nos permite entender como nossas atitudes irão impactar outras pessoas. Adote o hábito de se colocar no lugar do outro antes de agir e certamente fará escolhas positivas.

7 – Tenha a consciência de que esse é um processo vitalício

Por fim, é preciso que esteja consciente de que esse é um processo que se estenderá por toda a sua vida. Enquanto estiver vivo poderá se conhecer melhor e evoluir, tornando-se uma pessoa melhor para você e para o mundo.

Uma experiência não é aquilo que acontece com você e sim o modo com o qual interpreta o que acontece contigo. Desenvolva sua inteligência emocional e faça interpretações com sabedoria.

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