A meditação é uma técnica poderosa que permite que cada pessoa se “desligue” por alguns minutinhos do universo que a cerca e entre em contato com seu próprio universo interior. Essa técnica transformadora tem conquistado cada vez mais praticantes de todas as partes do mundo, especialmente por conta dos benefícios que oferece.

Alguns tipos de meditação, inclusive, são realizados em espaços abertos, que permitem que os praticantes tenham maior contato com a natureza. Esse tipo de meditação também tem alguns benefícios em particular. Se você deseja saber mais sobre a poderosa conexão entre natureza e meditação, é só continuar lendo este artigo.

O que é meditar?

É muito difundida a ideia de que meditar é esvaziar a mente e não pensar em nada. Bem, esvaziar completamente a mente é algo impossível. O que a meditação propõe, na verdade, é um determinado período de tempo em que nós canalizamos a nossa atenção e os nossos pensamentos para um único foco, no presente. Esse foco pode ser as partes de nosso corpo, nossa própria respiração, um som, uma música, um mantra, uma paisagem, um objeto, entre outros.

Quando conseguimos focar nossa atenção sobre esse elemento único, automaticamente trazemos toda a nossa atenção para o momento presente. Quando isso acontece, desenvolvemos uma impressionante capacidade de concentração. É claro que as distrações podem vir, mas, quando surgirem, é só deixar os pensamentos irem embora e novamente voltar a atenção para o foco escolhido.

Com o tempo, a mente se acostuma a esse estado meditativo. Com a prática, os benefícios começam a ser sentidos: bem-estar, relaxamento, calma, concentração, clareza de pensamentos, redução do estresse e da ansiedade, disposição, amenização da insônia e até mesmo melhoras em algumas dores crônicas.

Para que esses benefícios sejam sentidos, é importante meditar diariamente. Você não precisa ficar em meditação por longos períodos: algo entre cinco e dez minutos já faz diferença. Ah, e não necessariamente a meditação tem algo a ver com religião ou espiritualidade. Embora seja assim em algumas culturas, você pode meditar em sua casa, na posição que desejar, mesmo que não siga nenhuma tradição ou religião.

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Quais são os benefícios de meditar na natureza?

Alguns tipos de meditação sugerem que a prática seja realizada ao ar livre. Ela pode ocorrer no quintal da sua casa, no gramado de um parque, à sombra de uma árvore, à beira de um rio ou cachoeira e até mesmo na praia.

O contato com a natureza pode potencializar a experiência, além de despertar diversos benefícios específicos do meio, entre os quais podem ser citados:

1. Relaxamento facilitado

Meditar é uma atividade que exige paciência. É preciso dar tempo para que a mente se acalme e diminua a velocidade dos pensamentos. Fazer isso numa cidade grande, por exemplo, pode ser muito mais difícil, já que os barulhos de obras, buzinas, aviões, pessoas e televisores são intensas distrações.

Na natureza, preferencialmente num espaço mais afastado, a tendência é que esses barulhos diminuam. É claro que eles serão substituídos por outros, mas o som do vento, dos pássaros ou das ondas do mar é certamente mais relaxante do que os ruídos urbanos.

2. Distanciamento da rotina

Quando meditamos, precisamos momentaneamente deixar as preocupações de lado. Passado e futuro devem ser momentaneamente esquecidos. Por isso, se algo te preocupa ou se você tem alguma tarefa importante que não pode ser esquecida, anote-a num papel para deixar a mente “livre”.

Ainda assim, quando meditamos em casa ou no ambiente de trabalho, estamos cercados de objetos e de uma atmosfera que nos lembra de todo esse contexto da rotina. Em contrapartida, quando meditamos na natureza, alteramos a paisagem, e essa mudança de cenário nos ajuda a afastarmo-nos mentalmente das preocupações do dia a dia. Resumidamente, a natureza nos ajuda a nos “desligarmos” das preocupações.

3. Bem-estar físico e psicológico

Citamos que os sons da natureza tendem a ser mais agradáveis e relaxantes do que os da cidade. No entanto, além da audição, os outros sentidos também podem ser positivamente estimulados.

Os aromas da natureza, a visão das cores das paisagens, a textura da grama, a temperatura do ar e dos raios do sol, a sensação da água e do vento sobre a pele – todos esses fatores podem nos auxiliar a focar a atenção no presente de uma forma bastante agradável.

Além disso, é importante lembrar que a respiração consciente, tranquila e profunda é um dos pilares do processo meditativo, pois acalma a mente e a concentra no momento presente. Nesse contexto, respirar o ar puro da natureza é certamente mais benéfico e prazeroso do que o ar poluído dos grandes centros urbanos. É uma questão de bem-estar físico e também psicológico.

4. Sensação de pertencimento ao universo

Por fim, quando estamos em um meio natural, entramos em contato com a diversidade de espécies que habitam este planeta conosco. Analisar a diversidade de animais e plantas que existem possibilita a compreensão dessa incrível rede de vida na qual estamos todos interligados, num perfeito equilíbrio.

Compreender esse equilíbrio ecológico e entender que nós, seres humanos, fazemos parte dele produz uma sensação única de gratidão e de pertencimento ao universo. É um sentimento de bem-estar, tranquilidade e contemplação que facilita e potencializa o processo meditativo.

Alguns cuidados para meditar ao ar livre

Apesar de todos os benefícios que a meditação junto à natureza tem a proporcionar, alguns cuidados precisam ser tomados para evitar acidentes e para que a prática seja de fato proveitosa e prazerosa:

1. Utilize roupas adequadas e objetos de proteção

Seja em casa ou na natureza, é primordial que as roupas escolhidas sejam confortáveis. Os tecidos devem ser macios e as peças devem ser adequadas ao clima do local. Meditar de blusa na praia ou de biquíni na montanha não vai dar certo.

Além disso, sempre se certifique de que seu corpo está protegido. Procure sentar numa esteira para evitar o contato com formigas, por exemplo.

2. Preste atenção aos horários

Entre as 10h e as 16h, a intensidade dos raios solares é maior do que logo ao amanhecer ou depois dessa faixa de horário. Por isso, se você for meditar sob a luz solar, certifique-se de escolher um horário em que ela não esteja muito intensa. Além disso, evite ficar muito tempo exposto ao sol. Lembre-se: meditações não precisam ser longas para que sejam produtivas.

Outro importante lembrete é o de passar protetor solar, utilizar um boné ou chapéu e, se for uma área com muitos insetos, aplicar também o repelente.

3. Tome cuidado com os animais

Citamos aqui as formigas e os pernilongos, que de fato são animais que podem causar incômodos durante a prática meditativa. No entanto, lembre-se de que, na natureza, há muitas outras espécies que podem representar um perigo para você.

Jamais faça uma meditação em espaços desconhecidos, onde você possa simplesmente ficar cara a cara com uma cobra, aranha ou escorpião, por exemplo.

4. Jamais se coloque em risco

A natureza é poderosa, e suas forças são inquestionáveis. Por isso, jamais coloque sua vida em risco. Meditar em áreas com animais selvagens, risco de desabamentos ou alagamentos, montanhas elevadas, deslizamento de terra/rochas, raios e elevação de marés, por exemplo, é uma péssima ideia.

Quando meditamos, nos “desligamos” do mundo exterior e, às vezes, nem percebemos os riscos aos quais estamos expostos durante a atividade. Portanto, certifique-se de meditar sempre num lugar seguro.

Conclusão

Agora que você já conhece todos os benefícios e cuidados que precisam ser tomados para uma ótima prática meditativa na natureza, que tal experimentar?

Deixe aqui os comentários relatando a sua experiência. Ah, e não se esqueça também de compartilhar as dicas deste artigo com quem mais possa se beneficiar delas. Vamos criar uma corrente de positividade e de meditação!