A mente humana é, possivelmente, o objeto de maior complexidade já estudado pela ciência. Seu funcionamento envolve uma série de estruturas, substâncias e efeitos que impactam nossa forma de pensar, sentir e agir. Não é à toa que a medicina e a psicologia têm se dedicado por tanto tempo em com tanta dedicação à sua compreensão.

Quando o assunto é a mente humana, é comum as pessoas compartilharem crenças do tipo: “é preciso sempre ser racional”, “confie diariamente no seu instinto”, ou “siga a sua intuição para ser feliz”. A verdade é que a mente humana envolve um pouco de todos esses elementos, mas são poucas as pessoas que de fato os compreendem.

Neste artigo, você entenderá melhor o que é o instinto, o que é a intuição e o que é o pensamento racional. Compreenderá também como é possível equilibrar cada um desses elementos.

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O que é o instinto?

De acordo com a psicologia e a biologia, o instinto é uma força inata que conduz os seres a agirem de determinada forma — padronizada e predefinida. Isso é bastante verificado no mundo animal, pois os membros de cada espécie sabem que devem se alimentar (e quais alimentos escolher), se reproduzir, construir abrigos, fugir de predadores, tudo isso sem que tenham consciência daquilo que estão fazendo.

Embora algumas vezes nos esqueçamos disso, seres humanos também são animais. Apesar de sermos racionais e de podermos fazer escolhas, nós também carregamos determinados instintos. As pessoas, por exemplo, não se reproduzem por uma simples preocupação em perpetuar a espécie no planeta, mas porque têm desejos intensos de escolher parceiros para ter essa atividade sexual. É algo instintivo.

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Este é apenas um exemplo que nos mostra que, em alguns aspectos, continuamos com um instinto animal dentro de nós. Numa reação de fúria, por exemplo, algumas pessoas agridem às outras, cedendo aos seus instintos de defender-se por meio da força física, e não da razão. Isso significa que, em se tratando de seres humanos, nossos instintos existem, mas não devemos ceder sempre a eles.

O que é o pensamento racional?

Os animais são movidos exclusivamente por seus instintos. Eles fazem o que têm que fazer sem ter consciência daquilo que fazem. O joão-de-barro, por exemplo, não constrói aquela moradia característica porque sente a necessidade de se proteger dos predadores e intempéries. Ele faz isso por que esse comportamento já nasce com ele.

O ser humano, no entanto, constrói moradias de forma consciente, pois ele sabe que o abrigo é uma necessidade. É isto o que nos diferencia dos animais: a racionalidade. Temos a capacidade de tomar decisões com base em raciocínios lógicos, compreendendo as relações de causa e efeito que existem no mundo. Agimos porque escolhemos agir, e não por puro instinto.

Os cães machos na rua, obedecendo aos seus instintos, se reproduzem com as fêmeas no cio. Os seres humanos, mesmo diante de uma atração sexual, não saem pela rua tendo o mesmo comportamento (a não ser que se trate de um criminoso). Nós atribuímos significados às coisas e, mesmo tendo nossos instintos, procuramos parceiros não apenas pela atividade sexual, mas por companheirismo, afinidades, interesses em comum.

Por isso, a racionalidade é o que nos leva a pensar antes de tomar decisões e antes de agir. O pensamento racional nos dá a capacidade de planejar o futuro, organizar informações, fazer deduções e chegar a conclusões lógicas por meio da consciência, algo que animais irracionais não conseguem fazer.

O que é a intuição?

Entre o instinto e a razão, as pessoas também se perguntam: o que é a intuição? De acordo com a ciência, a intuição é um fenômeno humano em que adquirimos um conhecimento imediatamente, de forma involuntária e inconsciente. Isso que dizer que podemos, por exemplo, confiar numa pessoa X, mas não confiar numa pessoa Y, sem que saibamos explicar exatamente o porquê disso.

A explicação mais aceita é a de que a intuição, na verdade, corresponde ao somatório de nossas experiências passadas, registradas pelo cérebro. Assim, quando nos deparamos com uma situação semelhante, a mente “consulta” seu acervo de referências passadas para que nos lembremos do que foi positivo e do que foi negativo.

É assim que surge um pensamento intuitivo, isto é, uma recomendação de nossa própria mente sobre como devemos agir. Mesmo sem que nos lembremos conscientemente dessas memórias, elas estão em nosso acervo, vindo à tona quando algo semelhante estiver para acontecer.

Não se trata de um processo 100% racional, mas a intuição também não é uma reação instintiva, como agem os animais. Esse tipo de pensamento surge em nossas mentes, geralmente sem dar qualquer sinal, mas com uma intensidade grande para nos estimular a agir nesta ou naquela direção. É um auxílio que nossa própria mente nos dá, especialmente quando os argumentos racionais não estão sendo suficientes para tomarmos nossas decisões, seja na vida pessoal ou na vida profissional.

Como equilibrar tudo isso?

A mente humana, portanto, possui instinto, pensamentos racionais e intuições. A questão é: a quem devemos dar ouvido? Como equilibrar esses três fatores?

Em primeiro lugar, precisamos entender que não devemos reprimir nossos instintos. A alegria, a tristeza, a raiva, a fome, a atração sexual, todas essas sensações fazem parte de nosso ser. Reprimir emoções é algo que nos adoece. O que devemos fazer, portanto, é administrar as emoções, ou seja, dosar sua intensidade e agir com sabedoria.

É aí que entra o pensamento racional. Se o seu professor da universidade, por exemplo, lhe disse algo que não o agradou, o seu instinto pode estimular em você uma vontade grande de agredi-lo fisicamente. No entanto, o pensamento racional sugere que você expresse o seu desagrado de outra forma, preferencialmente uma conversa franca, explicando o que te incomodou.

Portanto, o pensamento racional não é uma ferramenta de repressão do instinto, mas um meio de expressá-lo de formas mais construtivas e menos nocivas.

Quanto à intuição, podemos confiar nela, afinal de contas, pensamentos intuitivos são referências de registros passados que nosso próprio cérebro fez. No entanto, é sempre bom deixarmos uma margem para a flexibilidade. Se a intuição nos diz para não confiarmos em alguém, podemos seguir essa sugestão, mas isso é diferente de afirmar categoricamente que aquela pessoa não é confiável. A impressão é nossa, e, como diz o ditado popular, as aparências podem enganar.

Em resumo, a verdade é que devemos manter o equilíbrio de duas formas:

  • Agir racionalmente, mas sem reprimir as emoções;
  • Confiar nas intuições, mas mantendo a mente aberta para opiniões que podem mudar — sobre pessoas e sobre situações.

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