Todo gestor de empresa deve se fazer a seguinte pergunta: “Se tudo o que empreendimento possui fosse perdido hoje, seria possível continuar com o negócio?”. Se a resposta for sim, devo lhe dar os parabéns por fazer uma gestão de continuidade eficaz, no entanto, se a resposta for não, é essencial começar a fazer esse planejamento agora mesmo.

Basicamente, a gestão de continuidade consiste em estabelecer mecanismos que permitam continuar operando mesmo depois de uma catástrofe que destrua tudo o que a companhia possui. Estar preparado para os mais variados cenários é o segredo de organizações que se perpetuam no mercado por décadas e até séculos.

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Entenda melhor o que é gestão de continuidade

O conceito de gestão de continuidade empresarial consiste em um conjunto de processos e procedimentos desenvolvidos com a finalidade de manter a operacionalidade durante e após episódios catastróficos diversos. Em outras palavras, significa ter um plano de ação para continuar trabalhando em meio ao caos deixado por desastres naturais, acidentes corporativos, como incêndios, sabotagem industrial, ataques de vírus, falhas de sistema com perdas maciças de dados, entre outros.

Independentemente do tamanho do seu empreendimento, é essencial considerar como seu negócio continuaria atuando no mercado ainda que perdesse muitos recursos e ferramentas. Em um contexto em que recursos e relações corporativas possuem caráter líquido, é estratégico ter um direcionamento do que e como fazer para sobreviver a uma situação extrema.

Qual é a importância da gestão de continuidade?

A relevância da gestão de continuidade está ligada às consequências que cenários catastróficos podem gerar para uma empresa. Imagine uma companhia X que ficou algumas semanas inoperante devido a sucessivas quedas de energia em sua fábrica. Em algum momento esse período sem produção acarretará o desabastecimento das prateleiras das lojas que distribuem os produtos.

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Dependendo do tempo que levar para que a companhia X volte a fornecer seus produtos para o mercado, pode perder consideravelmente parte do seu público consumidor. Ainda que os consumidores gostem da marca, acabam esquecendo-a se ficam um tempo sem contato com ela. No caso de algumas semanas, a perda de público pode não ser tão significativa, mas amplie essa situação para meses ou mais de um ano, em que as perdas serão multiplicadas.

Catástrofes em grande escala, como inundações e incêndios, têm potencial para deixar empresas inoperantes por um período demasiadamente longo. Se uma organização que passa por uma situação dessas tem um plano de continuidade para se manter operante, tem muito mais chances de se reerguer e preservar sua posição no mercado.

Planejamento de manutenção das operações

Um plano de gestão de continuidade é a base para a sobrevivência dos negócios que passam por situações difíceis, pois apresenta de forma prática as soluções para se manter trabalhando, garantindo uma redução das perdas geradas por desastres de naturezas distintas. O ponto central desse planejamento é determinar como a empresa voltará a funcionar o mais rapidamente quanto possível.

Para isso, é fundamental que o planejamento de gestão de continuidade preveja os seguintes tópicos:

  •         Como recuperar dados e sistemas no menor prazo de tempo possível;
  •         Medidas para reduzir o impacto financeiro deixado pela catástrofe;
  •         Cumprimento das medidas legais e cabíveis conforme o estatuto;
  •         Reduzir os impactos de uma paralisação não planejada;
  •         Preservar a imagem da marca no mercado;
  •         Aumentar a confiança do público na marca.

Como aplicar a gestão de continuidade na sua empresa

Observando os tópicos acima, certamente você considerou como seria positivo ter um planejamento para eventuais situações de crise, não é mesmo? A seguir vou apresentar os passos para aplicar a gestão de continuidade na sua companhia.

1 – Forme uma equipe de gestão de continuidade

O planejamento e a execução da gestão de continuidade devem ser feitos por uma equipe devidamente escalada para realizar essas tarefas. Escolha profissionais de sua confiança para estudar eventuais cenários de crise e delinear planos de ação para manter a operacionalidade, reduzindo os impactos negativos para a empresa.

Caberá a esses profissionais distribuir os recursos e funções de cada indivíduo no caso de um dos cenários se concretizar. A ideia é que, independentemente do que aconteça, o negócio consiga manter as suas operações produtivas e comerciais críticas para não perder seu espaço no mercado.

2 – Definição de prioridades em caso de paralização

A equipe de gestão da continuidade deve ter como um dos seus objetivos determinar quais são as atividades que, quando interrompidas inesperadamente, têm maior potencial para causar prejuízos, financeiros e de imagem para a corporação.

A partir dessa análise, fica mais fácil pensar em quais são as medidas mais relevantes de serem tomadas em uma situação de paralização, ou seja, quais atividades priorizar para manter em funcionamento a qualquer custo para reduzir os prejuízos financeiros e legais. Com essas ações tomadas é possível evitar um efeito dominó de perdas, mantendo as peças estruturais certas em pé.

3 – Plano de recuperação

Dentro do planejamento de gestão de continuidade deve existir um plano muito bem estruturado de resposta ao cenário deixado pela crise. Se houver perda da estrutura física, por exemplo, qual é a melhor alternativa para não precisar paralisar completamente a produção da companhia?

Ter uma estrutura de plano B prevista para utilizar enquanto não se tem a estrutura original em boas condições, é uma forma de garantir que as perdas da empresa sejam minimizadas. Outro ponto crucial é planejar de onde serão retirados os recursos para a reforma ou reconstrução da estrutura perdida. Enfim, é essencial saber como continuar produzindo e como reconstruir o que foi perdido.

4 – Capacitação da equipe

Para que o plano de gestão de continuidade dê certo, é necessário ter uma equipe preparada para responder pronta e assertivamente diante de um cenário crítico. Para isso, a sua empresa deve investir na capacitação de cada indivíduo de acordo com a sua função dentro da estrutura operacional de crise e em simulações. As situações devem ser simuladas de tal forma que sempre seja seguida a ordem correta de ações que precisam ser tomadas.

5 – Considere a terceirização

Muitas empresas têm terceirizado a gestão de continuidade, aproveitando a expertise de companhias que atuam especificamente com situações críticas. É possível, inclusive, trabalhar com parte desse planejamento interno e a outra parte terceirizada.

A gestão de continuidade é essencial para empresas de diferentes portes e setores. Você já tinha ouvido falar a respeito do assunto? Deixe o seu comentário abaixo e compartilhe este conteúdo em suas redes sociais!