Felicidade é algo muito simples de entender, mas bastante difícil de explicar; de colocar em palavras. O que todo mundo sabe é que deve procurar a felicidade, ou seja, encontrar um estilo de vida que promova satisfação e realização.

Mas, afinal de contas, o que significa ser feliz? Existe algum segredo ou fórmula mágica para encontrar a felicidade? Ao longo deste artigo, você encontrará algumas reflexões sobre o tema e dicas para ser alguém mais feliz nas diferentes áreas da vida. Continue a leitura e prepare-se para um mergulho num dos mais complexos temas da humanidade.

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O que é felicidade?

A definição mais clássica do dicionário especifica que a felicidade é o estado de uma consciência em plena satisfação, contentamento e bem-estar. Trata-se de uma das emoções humanas básicas, caracterizada por um estado durável de prazer e de equilíbrio físico e psíquico, com pouco ou nenhum sofrimento enquanto dure.

A felicidade é uma das temáticas humanas mais estudadas pela psicologia, pelas diferentes tradições religiosas e pela filosofia. Grandes nomes da humanidade nessas três áreas dedicaram-se e ainda dedicam-se ao estudo da felicidade e das formas para alcançá-la. Como você já deve imaginar, não há uma resposta pronta ou definitiva para o assunto.

Diferentes visões ao longo da história

Muitas pessoas se arriscaram a “resolver” a questão da felicidade humana ao longo do tempo. No entanto, é importante ressaltar que cada diferente visão de felicidade reflete também as características de diferentes épocas e culturas.

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O Budismo, por exemplo, entende que a felicidade consiste na não-criação de expectativas, que, segundo a tradição, é a raiz de todo sofrimento. O Taoísmo, por sua vez, entende que a felicidade depende da capacidade do ser humano de conectar-se com as forças da natureza. Já o Confucionismo entende que a felicidade consiste num espírito de cortesia, sabedoria e generosidade. As religiões cristãs, por fim, associam a felicidade ao mandamento maior do amor e da caridade.

Saindo das visões religiosas, a Grécia Antiga foi também um dos grandes berços da filosofia, onde a felicidade foi abordada por muitos pensadores. Para Aristóteles, uma pessoa é feliz quando desenvolve suas virtudes, ou seja, quando potencializa o que tem de melhor. Epicuro, em compensação, defendia que a felicidade depende de um equilíbrio entre a espiritualidade e os prazeres terrenos.

Já no mundo contemporâneo, Nietsche defendia que a felicidade é o espírito de luta que toda pessoa tem para superar os obstáculos e alcançar seus objetivos, longe de qualquer comodismo. O suíço Jean-Jacques Rousseau argumentava que todo homem nasce bom e feliz, mas a sociedade destrói essa harmonia, que só poderia ser restabelecida por meio de um retorno a uma vida simples. O positivista francês Auguste Comte, por sua vez, entendia que a felicidade humana deriva de quatro pilares: ciência, razão, altruísmo e solidariedade.

O sociólogo alemão Karl Marx afirmava que a felicidade humana só seria possível quando a sociedade fosse mais igualitária, sem o antagonismo de classes. Por fim, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, ressaltou que o mundo real é incapaz de satisfazer a todos os nossos desejos, de modo que apenas uma felicidade parcial e relativa pode ser obtida.

Uma questão eterna

Como é possível notar, cada pensador apresenta a sua própria visão de felicidade, que é sempre influenciada por suas percepções individuais, por seus estudos, pelo estilo de vida da época e pelos valores das culturas em que essas definições foram concebidas.

Mesmo hoje em dia, se você fizer uma pesquisa com seus conhecidos indagando sobre o significado de felicidade, perceberá que cada pessoa apresenta uma visão pessoal. O conceito de felicidade pode ser bastante subjetivo, podendo estar atrelado a aspectos como: amor, família, amigos, saúde física e mental, conforto material, sucesso profissional, conhecimento, contato com a natureza, vivência espiritual e/ou religiosa, entre outras questões.

O que, no entanto, parece ser unanimidade entre os estudiosos do tema é que a felicidade é uma emoção, ou seja, um estado temporário. Ninguém consegue ser feliz 24 horas por dia, mas também não consegue ser triste a todo instante — o que pode indicar um quadro patológico, como a depressão.

Por isso, pode parecer paradoxal, mas a felicidade humana depende de nossa capacidade de compreendermos que não se pode ser feliz o tempo todo. Há momentos que nos alegram, sucedidos por outros que nos entristecem. Esses momentos alternam-se a todo instante, e ser feliz consiste exatamente em entender que os altos e baixos fazem parte de nossa existência, ainda que estejamos sempre em busca dos “altos”.

Felicidade em 4 atos

Como você pôde perceber, não existe “fórmula mágica” ou receita pronta para a felicidade. O importante é que cada indivíduo conheça a si mesmo e seja capaz de identificar o que lhe faz bem e o que é melhor evitar. Isso deve ser feito nas quatro áreas da vida:

1. Vida pessoal

A felicidade na vida pessoal depende, em primeiro lugar, de nossa capacidade de sermos saudáveis. Aqui, falamos tanto em saúde física quanto em saúde da mente. Alimentar-se de forma equilibrada e exercitar-se com frequência são as recomendações básicas. Além disso, é importante desenvolver o autoconhecimento, a autoestima e a autoconfiança. Uma pessoa feliz se aceita do jeito que é, mas esforça-se para melhorar continuamente.

Além disso, é claro que precisamos de um mínimo conforto material — moradia, alimentação, roupas etc. Resolver essas necessidades básicas, mas sem apegar-se materialmente às coisas, nos conduz a uma vida de felicidade.

2. Vida social

O ser humano é social por natureza. Nós precisamos uns dos outros, e cada indivíduo tem uma necessidade de aceitação e de pertencimento aos grupos. Por isso, a felicidade depende de nosso bem-estar com nossos familiares, com nossos amigos e, se assim desejarmos, com um parceiro amoroso.

No entanto, em todos esses contextos, é importante que as relações estabelecidas sejam naturais, sem que a pessoa tenha que ser alguém que não é para agradar aos outros. A autenticidade deve vir em primeiro lugar, junto com o respeito e com a empatia. É assim que construímos relações saudáveis, entendendo que elas são importantes, mas que nossa felicidade não depende do outro.

3. Vida profissional

Você é daquelas pessoas que passam o dia esperando a noite, a semana esperando a sexta-feira, o mês esperando o dia do pagamento, e o ano esperando as férias? É sinal de que você não está sendo feliz em suas atividades diárias. O maior “sintoma” de que estamos sendo felizes é não querermos que o momento que estamos vivendo acabe.

Trabalhamos boa parte do nosso dia, e passar esse tempo todo esperando a hora de ir embora certamente é sinal de infelicidade. O salário por si só não faz uma atividade profissional valer a pena. Ser feliz no trabalho depende do prazer que sentimos naquilo que fazemos e da percepção de que estamos fazendo alguma diferença no mundo. Se o seu propósito de vida é dar aulas, como ser feliz trabalhando atrás de um computador?

4. Vida espiritual

Por fim, muitas pessoas sentem-se mais felizes por crerem que existe algo mais entre o céu e a terra. Divindades, espíritos ou forças da natureza que de alguma forma nos conectam a uma energia maior estão entre as principais crenças. A fé em algo, mesmo que não se trate de uma religião específica, ajuda as pessoas a encontrarem mais sentido na própria existência, o que as faz mais felizes.

É claro que isso não é um requisito para que alguém seja feliz. Existem pessoas que acreditam exclusivamente naquilo que se vê e que se comprova cientificamente e que são muito felizes assim. É uma questão muito particular e subjetiva, mas o importante é que cada pessoa acredite naquilo que faz sentido para si.

Concluindo, podemos afirmar que a felicidade varia de pessoa para a pessoa, mas ela consiste em equilibrar a vida pessoal, profissional, social e espiritual. Ser feliz não significa viver sem problemas — isso é uma utopia. No entanto, a felicidade ocorre quando entendemos que a vida é feita de altos e baixos. A dica é aproveitar os altos e ser resiliente nos baixos, com fé de que uma nova “onda” de felicidade está por vir a seguir.

Que a reflexão acima te ajude a encontrar a felicidade, mas nunca se esqueça: ela já está dentro de você. Não a procure em fontes externas. Se as dicas acima fizeram sentido para você, deixe seu comentário abaixo. Por fim, compartilhe este artigo e leve esta mensagem a seus amigos, familiares e a todos aqueles a quem você ama.