Não faltam estudos publicados que comprovam o quanto a meditação tem promovido melhorias em diferentes áreas da vida de seus praticantes. Foco, redução do estresse e melhores noites de sono são apenas alguns desses benefícios.

Por conta disso, é mais do que natural que cada vez mais pessoas se interessem pela prática. No entanto, muita gente que deseja começar a meditar não sabe por onde começar e acaba cometendo alguns erros que tornam a prática difícil e, muitas vezes, frustrante.

A seguir, você confere alguns dos principais erros de quem quer aprender a meditar. Será que você tem cometido algum deles?

1. Sentar-se numa posição incômoda

Desde a infância, em casa e na escola, as pessoas do ocidente (como é o caso de nós, brasileiros) estão acostumadas a sentar-se em cadeiras, poltronas e sofás. No entanto, as origens da meditação estão em milenares culturas do oriente, onde as pessoas têm um hábito mais frequente de sentar-se no chão.

Por isso, muitas práticas meditativas recomendam que as pessoas sentem-se no chão com as pernas cruzadas ou na chamada posição de lótus (em que colocamos o pé esquerdo sobre o joelho direito e o pé direito sobre o joelho esquerdo).

Nem é preciso dizer que nós ocidentais encontramos dificuldade em fazer essas posições (com exceções, é claro). Por isso, se você está começando na prática meditativa agora, não se sacrifique. Cada indivíduo possui suas próprias características corporais, portanto, apenas encontre uma posição que seja confortável para a prática.

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Deite-se ou sente-se no chão ou numa cadeira, como preferir. O importante é que você se sinta bem, alinhe a coluna, respire com facilidade e não sinta nenhum incômodo.

2. Preocupar-se excessivamente com a duração da prática

Imagine que você está começando a desenvolver o hábito de correr diariamente. Você já vai, em seu primeiro dia, correr 15km? É claro que não, pois seu corpo ainda não está pronto para um desafio tão grande, podendo fazer com que a experiência seja exaustiva e até prejudicial à sua saúde.

Assim como acontece com o corpo, também precisamos entender que a mente leva certo tempo para adaptar-se a novos hábitos, como é o caso da meditação. Se você tem pouca ou nenhuma experiência com a prática, não comece a desenvolver esse hábito inscrevendo-se num retiro de meditação de três dias. A experiência será frustrante.

A dica é começar com pequenas práticas, de cerca de 5 minutos, para que sua mente acostume-se a desacelerar os pensamentos, a concentrar-se em sua própria respiração e a reduzir a ansiedade e o estresse.

3. Preocupar-se pouco com a frequência da prática

Se não é preciso preocupar-se com a duração das meditações, o mesmo não se pode dizer sobre a frequência de sua prática. Lembra-se do exemplo acima de quem está começando a desenvolver o hábito de correr diariamente? Muito bem, não é saudável começar correndo 15km por dia, mas é preciso correr pequenas distâncias com frequência para que o corpo se adapte a esse exercício.

O mesmo vale para a mente. Não precisamos meditar por horas, mas precisamos meditar todo dia, mesmo que por pequenos períodos. A prática regular de meditação é o que faz com que a mente acostume-se com esse novo padrão de pensamentos.

Em resumo, pode-se dizer que a frequência é mais importante do que a duração. Uma pessoa que medita 5 minutinhos todos os dias sentirá muito mais os benefícios da prática do que alguém que medita por 1 hora, mas apenas uma vez por semana.

4. Esperar pelas circunstâncias ideais

Outro erro comum em quem medita é esperar pelas circunstâncias ideais. É comum aquela ideia de: “eu só vou meditar num dia em que eu estiver pleno, calmo, tranquilo, sem muitos afazeres, quando estiver sozinho em casa, sem estar cansado, sem estar com dor de cabeça, quando estiver uma temperatura agradável e um silêncio absoluto”.

Quem espera as circunstâncias ideais para fazer qualquer coisa quase sempre não faz nada. Assim também funciona com a meditação. Não vai chegar um dia perfeito. O que existe é o hoje. Se você mora com outras pessoas, apenas comunique que você estará em seu quarto pelos próximos 10 minutos e peça para não ser interrompido, salvo em caso de emergência.

Também não espere ter a almofada ideal, o incenso perfeito e a música maravilhosa para iniciar sua prática meditativa. É claro que essas coisas ajudam a criar uma atmosfera mais propícia, mas você pode meditar basicamente em qualquer lugar que desejar. O sucesso da meditação tem muito mais a ver com a sua intenção do que com as circunstâncias.

5. Querer silêncio absoluto

Se você meditar em sua casa, estará sujeito aos barulhos de quem convive com você ou também dos vizinhos. Especialmente se você residir numa cidade grande, enfrentará os sons de carros, buzinas, músicas, obras, entre outros. Mesmo que você deseje meditar num sítio ou numa praia, também estará sujeito aos sons dos animais, da chuva, do vento, das ondas e de outras pessoas que lá estejam.

O silêncio absoluto não existe. Portanto, não vale a pena esperar que ele aconteça para que só então você comece a meditar. Procure encontrar um lugar mais tranquilo, mas entenda que nem tudo está sob seu controle – aliás, essa é uma das lições da meditação.

Não espere o silêncio para meditar. Medite para silenciar. À medida que você iniciar e desenvolver a prática da meditação, treinará a sua mente para concentrar-se em seu ambiente interno. Isso ajudará seu cérebro a “ignorar” o que acontece do lado de fora.

6. Criar expectativas surreais

Um questionamento importante para quem está começando a meditar: você sabe o que é meditar?

Meditar é concentrar a sua mente num único foco de atenção: seu corpo, sua respiração, uma música, um mantra, uma paisagem, um objeto etc. Quando fazemos isso, a mente consegue “mergulhar” em seu universo interior, reduzindo a atenção sobre o que acontece no mundo exterior. Assim, reduzimos a velocidade de nossos pensamentos e desenvolvemos a calma e a concentração.

Em longo prazo, isso permitirá que você amenize o estresse e a ansiedade e consiga desenvolver um raciocínio lógico com mais eficiência. Além disso, há meditações religiosas que, segundo seus praticantes, podem conectar as pessoas ao universo, à divindade, entre outros.

No entanto, se você está começando a meditar agora, não espere uma epifania milagrosa e transcendental que solucionará magicamente seus problemas e te tornará uma nova pessoa. A meditação é um processo; um estilo de vida. Ela pode oferecer benefícios a você, mas isso acontece gradativamente, conforme medite com frequência. Não espere uma revolução gloriosa, muito menos da noite para o dia.

7. Não seguir um método

Mindfulness, meditação guiada, meditação transcendental, yoga, vipassana, zazen – esses são apenas alguns dos mais conhecidos métodos de meditação. Para quem não está acostumado com a prática, é importante pesquisar sobre as técnicas existentes para perceber qual é a que mais corresponde ao seu estilo de vida e às suas necessidades.

Começar a meditar sem saber o que está fazendo, sem uma pesquisa prévia e sem alguém que possa orientar, pode fazer com que a sua meditação não alcance os efeitos desejados.

Se você permitir, eu estou pronto para ser o seu guia no mundo da meditação. No meu canal no YouTube (José Roberto Marques – IBC Coaching), você tem acesso a uma playlist cheia de meditações guiadas para encontrar a paz, a prosperidade, o relaxamento e a energia positiva para combater o sofrimento e o estresse.

Espero que você consiga meditar sem cometer os erros acima. Deixe seu comentário abaixo, pois quero saber qual desses erros mais te afeta e o que você tem feito para solucioná-lo. Ah, e não se esqueça de auxiliar também as outras pessoas que desejam meditar. Portanto, compartilhe este artigo com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo. Faça a sua parte para que a meditação seja uma prática transformadora na sua vida e na vida daqueles que você ama!