Os hábitos alimentares de uma pessoa são muito particulares e podem variar de acordo com diversos fatores. Essa diversidade comportamental diz respeito à nossa capacidade de fazer escolhas, sendo que algumas delas são saudáveis e positivas ao nosso organismo, enquanto outras não são consideradas benéficas.

Atualmente, o ato de alimentar-se não se resume a simplesmente obter nutrientes essenciais à vida, mas também envolve complexas questões psicológicas, sociais e culturais.

Alguns desses fatores que influenciam as escolhas alimentares do dia a dia estão diretamente relacionados ao alimento em si, enquanto outras têm relação com o indivíduo.

Vamos conhecer melhor esses fatores?

Fatores relacionados ao alimento

Obviamente, o mais direto fator de nossas escolhas alimentares é o sabor do alimento, ou seja, suas características próprias e o quanto elas são capazes de agradar ao nosso paladar.

Além deste, outros aspectos como os aromas e a aparência física do alimento também são determinantes na hora de selecionar os alimentos. Não basta ser saboroso, é preciso parecer saboroso também.

Por fim, além do sabor e da aparência, também são (ou deveriam ser!) levados em consideração os aspectos nutricionais do alimento, ou seja, as quantidades de vitaminas, proteínas, carboidratos, sais minerais, fibras, gorduras e demais nutrientes. Essa composição é essencial para a manutenção da saúde do indivíduo.

Fatores relacionados ao indivíduo

PSC

Além do alimento em si, as escolhas alimentares também são muito influenciadas pelas características do indivíduo. Gênero, idade, biotipo e estilo de vida provocam mudanças significativas na alimentação. Não há como comparar a dieta de uma garotinha de 6 anos com a de um ginasta olímpico de 30, por exemplo.

A saúde do indivíduo também tem impactos diretos sobre suas escolhas, já que diabetes, problemas cardiovasculares, alergias, intolerâncias, entre outras questões requerem dietas específicas.

O âmbito psicológico, por sua vez, tem adquirido cada vez mais importância sobre nossas decisões alimentares. Tendemos a escolher os alimentos que conhecemos desde a infância, especialmente aqueles com os quais construímos algum tipo de vínculo afetivo. Esses vínculos podem ser prejudiciais se construírem comportamentos compulsivos, como pode ser observado em pessoas com estresse, ansiedade ou depressão.

Por fim, é importante lembrar que o universo particular do indivíduo não é o único que influencia em seus hábitos alimentares. Essa pessoa está inserida em uma família, em um círculo de amigos, em uma classe social, em um nível de escolaridade, em uma religião, em uma cidade, em um estado, em um país, em diversos meios de comunicação, enfim, em diversas esferas da vida social que, com certeza, influem em sua alimentação diária.

As refeições na Índia, por exemplo, são bem diferentes das do Japão, que por sua vez diferem das da Itália, e assim por diante.

Dificuldades em adotar uma nova dieta

Já deu para perceber que hábitos alimentares são influenciados por inúmeros fatores que dizem respeito ao alimento, a questões físicas e psicológicas do indivíduo, além de inúmeros aspectos socioculturais.

Em meio a tantas variáveis, conclui-se que é bastante complexo romper com um hábito alimentar para adotar um novo. É uma tarefa que exige preparo, organização, motivação e acompanhamento profissional.

Já não basta analisar o valor nutricional dos alimentos e seus benefícios ao organismo das pessoas. Alimentar-se é um elemento cultural e, na complexidade humana, é preciso levar em consideração todo esse contexto de compreensão das escolhas de cada um para que, enfim, seja possível elaborar um novo e mais saudável hábito alimentar.