Boa parte das famílias brasileiras passa por dificuldades financeiras, sendo que muitas delas não têm um acompanhamento claro e organizado sobre as suas movimentações. Ainda há muita gente que acredita que cuidar do dinheiro é coisa de quem tem muito.

Essa é uma das mais clássicas crenças limitantes que precisam ser combatidas. Administrar o dinheiro é necessário e vantajoso para qualquer pessoa e família. Neste artigo, você vai conferir algumas dicas para auxiliar você a fazer esse controle e evitar as crises financeiras (ou ao menos amenizá-las quando elas surgirem). Para entender como se faz um planejamento financeiro, continue a leitura!

1. Crie uma planilha financeira

Já ouviu falar que os números não mentem? Pois é. Pode confiar neles! A primeira e decisiva dica é: saiba quanto você ganha e quanto você gasta. É preciso que esse saldo seja positivo, mas muita gente nem sabe a quantas ele anda.

Por isso, monte uma planilha com todos os seus ganhos (salários, aluguéis, investimentos etc.) e com todos os seus gastos. Quanto aos gastos, vale a pena pensar separadamente nos fixos (mensalidades, planos de saúde) e nos variáveis (contas de luz e de água, alimentação, lazer, consertos etc.). Inclua tudo. Tudo mesmo.

Essa planilha é um retrato da sua situação financeira mensal.

2. Não gaste mais do que você ganha e tenha objetivos financeiros

A segunda dica é óbvia, mas muita gente parece ignorá-la: só gaste o dinheiro que você tem. Se a renda da sua casa é de 5 mil reais, você não pode viver com o padrão de vida de quem ganha 6 mil. É o princípio mais básico da educação financeira, e desobedecê-lo pode causar endividamento.

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Além disso, tenha objetivos financeiros. Se você deixar o dinheiro acumulando na sua conta sem ter metas, torna-se enorme a sua chance de gastar esse dinheiro com algo superficial. Por isso, tenha metas, nem que seja uma viagem de férias em família. Dar um destino ao nosso dinheiro nos estimula a agirmos com mais consciência em relação a ele.

3. Identifique a possibilidade de cortes

Ao olhar para a sua planilha, você deverá identificar tudo aquilo que é supérfluo. Educação, saúde, alimentação e moradia são itens essenciais. Contudo, TV a cabo, salão de beleza e restaurante todo sábado são itens que podem ser revistos, certo? Consulte também o seu extrato bancário: certamente você vai encontrar um monte de taxas mensais que você nem sabe que está pagando. Converse com o seu gerente e reveja cada uma delas!

Sim, é chato cortar alguns itens, ou ao menos reduzir o gasto mensal que eles representam. Contudo, se é para sair do vermelho ou para atingir um objetivo financeiro específico, vale a pena fazer esse sacrifício. Analise as suas possibilidades e verifique o que é possível fazer para melhorar o seu saldo atual.

4. Realize orçamentos antes de qualquer compra

Quer ver mais um mito cair por terra? A ideia de que gente rica não negocia. Muito pelo contrário: as pessoas ricas negociam e fazem orçamentos antes de qualquer compra. Talvez seja por ter esse hábito que elas conseguem ser bem-sucedidas, não é?

E você? Pesquisa preços? Ou sai comprando tudo apenas pela marca ou pelo que aparecer primeiro à sua frente? Orçamento não é questão apenas de grandes compras. Aliás, frequentemente, os pequenos gastos fazem muita diferença no orçamento familiar no fim do mês. Pesquise preços!

5. Faça uma reunião em família

Tendo definido os itens a serem reduzidos ou cortados, é preciso fazer uma reunião em família. Convoque todo mundo da casa, explique as metas financeiras e os cortes que ocorrerão e ressalte que todos precisam colaborar.

Se houver uma só pessoa gastando eletricidade à toa, comprando roupas desnecessárias ou fazendo qualquer outro tipo de compra supérflua, isso comprometerá os objetivos financeiros de toda a família. Portanto, seja claro e franco, mantendo todos unidos em prol de um objetivo maior. Mesmo que você não esteja em uma família grande, ou viva apenas com o parceiro, é importante ter essa conversa. Ignorar o assunto “dinheiro” pode causar conflitos graves lá na frente.

6. Tenha uma reserva de emergência

Procure deixar alguma porcentagem dos seus rendimentos na reserva para emergências. É o caso de internações hospitalares, consertos domésticos ou automotivos, entre outras situações não previstas. Planeje-se, pois ninguém sabe quando esse tipo de gastos pode surgir.

Todavia, lembre-se de que aquela calça jeans lindíssima na vitrine da loja do shopping não é uma emergência, OK? Assim, jamais utilize o dinheiro da sua reserva com compras impulsivas e/ou superficiais. Quando realmente aparecer uma emergência, esse dinheiro que você gastou vai fazer falta!

7. Evite empréstimos e o uso do cartão de crédito

Empréstimos, cartões de créditos e compras parceladas: o que tudo isso tem em comum? São mecanismos para que as pessoas gastem um dinheiro que não possuem. As parcelas dependem dos salários dos meses seguintes; o mesmo pode ser dito dos cartões de crédito, e os empréstimos são sinônimos de dívidas, já que você deverá pagá-los, provavelmente com altos juros. Evite!

Assim, a dica geral é: organize as suas transações financeiras atuais e planeje as suas movimentações futuras. Sem sair do seu padrão de vida, você conseguirá evitar as dívidas e ainda construir uma reserva para imprevistos.

8. Saia das dívidas

Se você já estiver endividado, entenda que pagar as suas dívidas deve ser a sua prioridade. Faça um levantamento de tudo aquilo que você deve, considerando não apenas o valor devido, mas também os juros que estão sendo cobrados. A recomendação dos analistas financeiros é priorizar a dívida que tem os juros mais altos, pois ela tem mais chances de virar uma bola de neve impossível de sair.

Se desejar, peça a ajuda de um consultor para avaliar o seu caso e elaborar um plano de pagamento de dívidas. Depois, apresente o seu plano de pagamento aos seus credores e negocie para que vocês possam chegar a uma solução eficaz. Muitas vezes, o simples ato de substituir uma dívida de juros altos por outra de juros menores já faz uma diferença enorme no seu bolso.

9. Aprenda a investir

Por fim, depois de seguir os passos anteriores, colocando a sua vida financeira em ordem e saindo das dívidas, você deverá aprender a investir. Investir o seu dinheiro é fazê-lo se multiplicar sozinho. Para isso, entenda que enriquecer não vai fazer de você uma pessoa egoísta ou gananciosa, mas apenas melhorar a sua qualidade de vida e das pessoas da sua família.

Investir não é “coisa de gente rica”. Na verdade, é investindo que as pessoas enriquecem. Por isso, estude e conheça as possibilidades de investimento que existem, como o Tesouro Direto, os CDBs, LCIs, LCAs, ações, fundos de investimentos, e por aí vai. Apenas lembre-se de quitar as suas dívidas antes de investir, OK?

As 9 dicas acima são importantíssimas para que você consiga fazer um bom planejamento financeiro. O dinheiro é o instrumento pelo qual conquistamos liberdade e qualidade de vida, de modo que organizá-lo para realizar os seus sonhos não faz de você alguém ganancioso ou egoísta, mas apenas alguém que quer ser feliz. Aliás, você poderá ajudar muito mais gente se tiver dinheiro, não é mesmo? Portanto, adquira uma mentalidade de riqueza e organize as suas finanças!

E você, querida pessoa, segue os passos acima? Em quais deles você precisa se dedicar mais? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas dicas a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!