No passado, as famílias eram constituídas pela mãe, que cuidava da casa, o pai, que era o responsável por prover o sustento de todos, e os filhos, que eram criados para repetir esse padrão quando se tornassem adultos. Atualmente, por conta de diversas mudanças na sociedade, surgiram as novas formas de representação familiar, que fizeram com que esse modelo deixasse de ser o único aceitável.

Hoje, existem famílias formadas por pessoas que se divorciaram e iniciaram uma nova relação, muitas vezes unindo filhos de outros casamentos, por mães ou pais que criam os seus filhos sozinhos, por avós que criam os netos, por pessoas que se tornaram pais através da adoção, por casais que não desejam ou não podem ter filhos e mais uma série de variações.

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Falar a respeito dessas novas configurações familiares é importante por diversos aspectos. Em primeiro lugar, para que as pessoas que fazem partes de famílias consideradas “diferentes” do modelo tradicional não se sintam inferiores em relação às demais, porque realmente não são. Outro ponto envolve a convivência dos membros dessas famílias em sociedade, para que usufruam dos seus direitos, como qualquer outro cidadão, sem sofrerem nenhum tipo de preconceito.

Continue acompanhando para conhecer essas novas formas de representação familiar e, assim, entender melhor o seu próprio núcleo e também aprender a respeitar aqueles que possuem uma configuração diferente da sua. Afinal de contas, se o preconceito é uma ideia que se faz sobre algo antes de conhecer, obter informações a respeito é a melhor maneira de acabar com ele.

As Mudanças Que Geraram as Novas Formas de Representação Familiar

Diversas mudanças sociais fizeram com que esses novos modelos de família surgissem, pois, se antes cada membro tinha o seu papel bem definido, hoje em dia isso está se transformando cada vez mais. A facilidade para o divórcio, o fato de as mulheres terem conquistado seu espaço no mercado de trabalho, o maior interesse dos homens pela criação dos filhos, o compartilhamento de tarefas domésticas, a regulamentação da união homoafetiva, além de questões econômicas e da globalização, são alguns dos exemplos de transformações pelas quais a sociedade passou.

Independente de qual seja a configuração de uma família, seus membros devem ser tratados com respeito, porque esse valor nos torna mais humanos e permite que a convivência aconteça em harmonia. Além disso, não é porque uma pessoa fez escolhas diferentes das que você faria que ela seja menos digna de ser respeitada. Inclusive, é importante ensinar isso desde cedo para as crianças, para que convivam pacificamente com colegas que tenham uma família considerada diferente do padrão.

Tipos de Configuração Familiar

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Todas as mudanças sociais que citei anteriormente, geraram vários tipos de configurações familiares. Veja, a seguir, quais são esses tipos e entenda como eles são formados.

Família Tradicional: formada por um homem e uma mulher, que podem ser oficialmente casados ou estarem em uma união estável, e os seus filhos. No passado, a família tradicional era sustentada financeiramente apenas pelo homem, mas, com a inserção feminina no mercado de trabalho, muitas mulheres passaram a compartilhar essa responsabilidade com o companheiro.

Família Estendida: ocorre quando outros familiares vivem juntos na mesma casa, como, por exemplo, um casal, seus filhos, sogros e irmãos. Neste caso, o sustento da família pode se concentrar em um indivíduo, que é chamado de arrimo, ou ser dividido entre vários membros.

Família Monoparental: é formada por um pai ou uma mãe e os seus filhos. No Brasil, o modelo mais comum de família monoparental inclui mulheres, divorciadas, viúvas ou solteiras, que criam os seus filhos sozinhas. Também existem casos de pais que fazem o mesmo, porém, trata-se de algo menos comum.

Família Sem Filhos: um modelo que tem crescido bastante atualmente, é formado por um casal que opta por não ter filhos ou que não pode tê-los por questões biológicas. Em grande parte dos casos, ambos trabalham e compartilham as despesas da casa.

Família Pluriparental: é constituída por duas pessoas que se unem e trazem filhos de relacionamentos anteriores, que passam a ser criados como se fossem irmãos. É um modelo que se tornou comum através do acesso facilitado ao divórcio e que tem os seus desafios, por conta da combinação de crianças e adolescentes que vieram de núcleos anteriores, com outros costumes. Porém, com amor e paciência é possível acertar os ponteiros e construir relações positivas entre todos.

Família Homoafetiva: formada por um casal de pessoas do mesmo sexo, que pode ter ou não filhos. Existem casais que optam pela adoção e outros que recorrem à inseminação artificial ou à chamada gestação de substituição, que era conhecida popularmente como barriga de aluguel, mas que teve esse nome abandonado, já que no Brasil não é permitido que nenhum pagamento seja feito à mulher que gera a criança.

Família Anaparental: composta por indivíduos que possuem grau de parentesco, mas que não têm relação de ascendência ou descendência. Na grande maioria dos casos, é formada por irmãos que vivem juntos sem a presença dos pais, seja por já terem falecido ou por estarem em outra cidade. Pode ocorrer de o indivíduo mais velho prover o sustento de todos ou as despesas serem compartilhadas.

Não existe uma resposta certa ou errada quando se trata de qual é o melhor tipo de estrutura familiar. Afinal, o que realmente importa é que uma família seja formada por pessoas que se amam, se respeitam e se apoiam. E é claro que desentendimentos podem acontecer, o importante é que haja respeito e que todos possam aprender com essas situações. O seio familiar é como se fosse uma escola que prepara os indivíduos para a vida, e é por isso que o aprendizado obtido através dele é tão marcante.

Você já havia parado para pensar sobre todas essas formas de representação familiar? Independente de qual seja o modelo seguido pela sua família, honre-a, pois as suas raízes foram e continuarão sendo fundamentais para que se tornasse a pessoa que é hoje. E lembre-se sempre de respeitar aqueles que tiverem uma configuração diferente da sua, afinal, se cada indivíduo é único, é natural que as escolhas feitas por cada um sejam diferentes também.

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