A empatia é uma das mais nobres características humanas. Sua falta está associada a um comportamento egoísta, que gera muitos problemas de relacionamento, seja dentro de uma família, num círculo de amigos ou num ambiente de trabalho. Dessa forma, faz parte do desenvolvimento pessoal o estímulo ao pensamento e ao comportamento empático.

Talvez você já tenha ouvido falar nessa característica, mas não a compreenda muito bem. Neste artigo, você entenderá exatamente o que é a empatia, por que algumas pessoas não são muito empáticas, quais são as características da falta de empatia e quais são as consequências desse tipo de comportamento. Boa leitura!

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O que é a empatia?

Empatia é, por definição, a capacidade que uma pessoa possui (ou deveria possuir) de colocar-se momentaneamente no lugar da outra pessoa, imaginando como ela deve estar se sentindo em determinado contexto. Quando uma pessoa é empática, ela observa o outro, identifica a emoção que ele está sentindo e imagina como deve ser, com base em sua própria experiência.

É o que acontece, por exemplo, quando nos entristecemos ao ver alguém sendo demitido. Mesmo que uma demissão nunca tenha ocorrido conosco, somos capazes de imaginar a angústia, a insegurança, o medo e a tristeza que aquela pessoa pode estar sentindo.

Essa capacidade nos torna mais humanos. Quando uma pessoa entende a emoção que a outra está sentindo, ela consegue agir no sentido de fazer com que a outra se sinta melhor, e não pior. Isso nos permite desenvolver uma sensibilidade que fortalece nossos relacionamentos.

Por que algumas pessoas não demonstram empatia?

PSC

Ao longo de sua vida, você provavelmente já se deparou com uma pessoa com pouca empatia, não é mesmo? Provavelmente, era uma pessoa fria ou insensível aos seus sentimentos.

Não existe uma resposta definitiva sobre o porquê de algumas pessoas terem pouca empatia. É claro que há os psicopatas, pessoas com um distúrbio mental grave que as impede de colocarem-se no lugar do outro.

No entanto, mesmo pessoas psicologicamente saudáveis também podem ter menos empatia. Segundo psicólogos, isso pode ocorrer por um comportamento egoísta que não foi adequadamente corrigido na infância, ou mesmo por algum tipo de trauma. Se o indivíduo passou por um grande sofrimento no passado, ou tem muita raiva acumulada, pode ter “se fechado” numa atitude mais egoísta, pois acha que, dessa forma, está protegendo a si mesmo.

Não há como saber exatamente o que leva uma pessoa a esse tipo de comportamento, pois cada caso é um caso.

Quais são os traços típicos de uma pessoa pouco empática?

Pessoas com pouca empatia apresentam alguns traços em comum. Os seis principais deles são:

1. Egoísmo

A empatia é o oposto do egoísmo. Pessoas pouco empáticas demonstram sentimentos e atitudes tipicamente egoístas. Não querem nenhum tipo de sofrimento para si, mas parecem não se preocupar se esse sofrimento atinge outras pessoas. Por isso, pessoas assim acreditam ter todos os direitos, mas nenhum dever.

Delegam obrigações aos outros, como se elas mesmas não tivessem nenhuma. Gostam de viver apenas o lado bom da vida, sem a noção de que outras pessoas também têm esse direito.

2. Orgulho

Outra característica típica dos pouco empáticos é o orgulho. Quem não pensa no outro dificilmente é capaz de desenvolver a humildade. Por isso, projetam sobre o outro uma imagem de inferioridade, enquanto sentem-se superiores. Isso os leva a uma postura vaidosa, de enaltecimento constante de seus próprios feitos, mas com pouco ou nenhum reconhecimento pelas ações do outro. Assumem uma postura de orgulho deliberado, valorizando constantemente a imagem que têm de si mesmos.

3. Insensibilidade

A empatia é o que torna as pessoas capazes de compreender e respeitar os sentimentos dos outros. Por isso, as pessoas que não têm essa capacidade desenvolvida frequentemente confundem a sinceridade com a total ausência de filtros sobre aquilo que falam ou que fazem.

Dessa forma, falam o que pensam, sem qualquer preocupação sobre ferir os sentimentos daqueles com quem convivem. Esses indivíduos não sabem diferenciar uma crítica construtiva de um comentário ácido que magoa e afasta os outros.

4. Incompreensão do outro

Uma pessoa com baixa empatia é incapaz de compreender uma situação sob um ponto de vista que não seja o dela mesma. Mesmo que outras pessoas envolvidas expliquem a situação sob outro olhar, esse indivíduo dificilmente compreenderá. Para a pessoa sem empatia, a única vítima das circunstâncias é sempre ela. Aliás, ela pode até mesmo distorcer aquilo que o outro diz a seu próprio favor, fazendo com que o outro indivíduo se sinta culpado sem motivos reais.

5. Instabilidade nos relacionamentos

Como uma consequência geral de todos os itens anteriores, é óbvio e natural que essas pessoas acabem afastando os outros de seu convívio. Por conta disso, quanto menos empática uma pessoa for, mais dificuldades ela encontrará em seus relacionamentos. Em geral, pessoas assim têm amizades que duram pouco e, por isso, seu círculo social se renova constantemente. Elas sempre conhecem pessoas novas, mas têm dificuldade em mantê-las em suas vidas por grandes períodos.

6. Preconceitos

Por fim, esse tipo de pessoa sempre realiza julgamentos em relação aos outros com base em seus próprios valores e princípios (já que os princípios dos outros são completamente desconsiderados). Isso as leva a uma postura repleta de preconceitos, atribuindo rótulos e reforçando essa falsa posição de superioridade. Elas nunca admitem a possibilidade de estarem erradas em relação a alguém.

Quais são as principais consequências da falta de empatia?

Já deu para perceber que não é fácil lidar com uma pessoa com pouca empatia, não é mesmo? Essas pessoas jamais se colocam no lugar do outro, e isso tem consequências negativas, tanto para as pessoas com quem convivem quanto para elas mesmas.

1. Bolha de isolamento

Como essas pessoas são egocêntricas, ou seja, estão sempre muito preocupadas com o que ocorre consigo mesmas, elas nem sempre têm consciência sobre o que acontece ao seu redor. É como se vivessem numa bolha de isolamento, onde tudo o que importa é o que elas pensam, fazem e sentem.

Por isso, não raro estão alheias àquilo que acontece aos seus amigos, colegas, familiares e às notícias do mundo, exceto às que possam lhes afetar diretamente.

2. Indiferença

Em consequência ao item anterior, as pessoas com pouca empatia “gastam” toda a sua emotividade consigo mesmas, deixando de manifestar sentimentos em relação ao outro. Isso as leva a uma postura de indiferença, ou mesmo de frieza. Assim, as pessoas ao redor se sentem cada vez menos queridas e valorizadas, optando por afastar-se da pessoa. Dessa forma, esse indivíduo pode acabar vivendo de forma solitária, nem sempre entendendo o porquê.

3. Superficialidade

Por fim, quando essas pessoas não ficam solitárias, desenvolvem relacionamentos superficiais — o que também não é nem um pouco interessante ou saudável. Como elas estão sempre preocupadas consigo mesmas, sem colocarem-se no lugar do outro, vivem um relacionamento de insensibilidade, que impede a construção de uma relação segura, confiável e verdadeiramente íntima. Por isso, mesmo que essas pessoas estejam sempre cercadas por amigos ou amores, por dentro estão sozinhas.

Para evitar que isso aconteça contigo, procure sempre analisar as situações verificando também o ponto de vista do outro. Em contrapartida, se perceber que alguém não é empático para com você, também não permita que isso te prejudique. Não queira mudar ninguém, nem julgue essa pessoa — você não sabe de fato o que a levou a viver com esse espírito de pouca empatia. No entanto, lembre-se sempre de proteger a si mesmo.

Se necessário, procure ajuda psicológica para ser alguém melhor, ou para lidar com alguém que não age com empatia.

Que a reflexão acima tenha sido útil para você! Você se considera alguém empático? O que faz para lidar com aqueles que não agem da mesma forma? Deixe seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de compartilhar este artigo com todos aqueles que também possam se beneficiar deste conteúdo.