Olá querida pessoa.

Existe sentimento mais gracioso do que o amor? Afinal, muito provavelmente, o amor é uma das maiores virtudes do ser humano.

Trata-se de um sentimento universal capaz de nutrir a nossa mente e alma. Um poder imensamente extraordinário guiado pela afeição e capaz de unir, genuinamente, pessoas de quaisquer lugares do mundo, independente de suas diferenças.

Ele fala de respeito, simpatia, empatia, reciprocidade, compaixão, amizade, altruísmo e muito mais. É um verdadeiro dom sermos capazes de amar e sermos amados.

Mas, muito se sabe a respeito do amor ainda que pouco se saiba, e, embora seja bastante simples falar sobre ele, nem sempre queremos dizer a mesma coisa.

Nem sempre, quando estamos falando do amor de modo geral, nos referimos a mesma coisa. Ele pode se manifestar de diferentes modos, aliás, engana-se se você acredita que todas essas manifestações são positivas.

O assunto que quero trazer para voce neste artigo de hoje, é sobre essas muitas nuances presentes dentro do amor. Mais especificamente sobre os conceitos introduzidos por C. S. Lewis, famoso pela saga “As Crônicas de Nárnia”, em que ele propõe 4 diferentes tipos de amor.

  • Afeição
  • Amizade 
  • Eros
  • Caridade 
PSC

Mas antes de conhecermos cada um deles, vamos compreender melhor o porquê isso ocorre.

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Nuances do amor

Antes de conhecermos detalhadamente os 4 tipos de amor precisamos entender um pouco mais do processo que justifica essas distinções.

É nesse sentido que ele nos apresenta 4 importantes conceitos. O amor-dádiva e o amor-necessidade são os primeiros, os outros dois eu vou te apresentar mais adiante.

Amor-dádiva

O amor-dádiva diz respeito a uma verdadeira benção. É aquele amor cujo poder emana de forma quase que divina. Sendo ele quem move um trabalhador a dedicar-se verdadeiramente em prol do desenvolvimento e criação de seus filhos, mesmo que talvez o mesmo não esteja lá para poder beneficiar-se de tudo que conquistou.

Amor-necessidade

O amor-necessidade já é bastante diferente. Ele é um reflexo da nossa natureza humana.

O Amor-Necessidade é o que faz uma criança solitária e na iminência de qualquer perigo sair correndo para os braços da mãe, como viu Platão, nosso Amor-Necessidade é o filho da pobreza.

Entretanto, a ideia de Lewis não era apresentar o amor-necessidade como algo predominantemente ruim, pelo contrário. Seu objetivo era evidenciar que, embora ele seja necessário e positivo ele também pode ser utilizado de modo egoísta e destrutivo. 

Precisamos uns dos outros, e isso não nos torna frios ou egoístas. Assim como precisamos comer e nos agasalhar. O sentido aqui está ligado ao modo como esse amor se manifesta.

Existe uma citação do próprio Lewis que trata essa questão da seguinte forma: “O amor torna-se um demônio, no momento em que se torna um deus.” 

Os outros dois conceitos que vou te apresentar a seguir são: prazer de necessidade e prazer de apreciação.

Prazer por necessidade

O prazer por necessidade é aquele em que podemos facilmente identificar um precedente ligado a um desejo como, por exemplo, saciar a nossa fome.

Prazer por apreciação

É aquele que está presente em nossa essência e percebemos, facilmente, quando somos colocados em uma situação em que ele está presente. 

Para exemplificar melhor essa questão pense que, ao caminhar, você se depara com um lindo arco-íris. Não havia uma preparação específica para isso e mesmo assim ele é capaz de gerar uma profunda admiração, assim como um cheiro ou até mesmo um sentimento de afeição que você possa ter em relação a alguém.

4 tipos de amor

Os conceitos que te apresentei acima servem como plano de fundo para o assunto que falaremos adiante. Afinal, é através deles que podemos formular, compreender e discorrer acerca dos 4 tipos de amor.

Sem mais delongas vamos até eles.

Afeição: 

É o mais simples e universal de todos os amores, sendo amplamente difundindo.

É o sentimento com o qual os humanos se tornem mais próximos, seja pelo convívio ou por outras circunstâncias como empatia, companheirismo entre outros, que ocorrem dia após dia.

É nitidamente observado através da relação entre pais e filhos, sobretudo quando pensamos nos pais. Afinal de contas, nos filhos ainda há uma presença predominante do amor por necessidade, visto que suas necessidades biológicas falam mais alto a medida que ele ainda não desenvolveu amplamente a sua consciência.

Já quando observamos a mãe percebemos que se trata de um cenário um pouco diferente, nesse caso ainda é perceptível a necessidade que a mãe tem em relação aos seus filhos. Porém não para por aí, existe também aquilo que Lewis se refere como amor-dádiva que se refere ao modo altruísta e afetivo do amor.

Esse tipo de amor não existe um momento exato para nascer. Podemos nos lembrar do dia em que nos apaixonamos, ou até mesmo quando começamos uma nova amizade, mas é bem mais difícil se lembrar do dia em que a Afeição surgiu pela primeira vez. Estar consciente desse Amor é já percebê-lo como presente há muito tempo em nossa vida.

Amizade: 

É o menos ciumento e mais carismático dos amores. Ele é fruto do interesse em comum, das afinidades, dos padrões e da simpatia que ocorre entre as pessoas.

Esse amor enxerga e aprecia o outro, além de que, em cada amigo que fazemos nos demonstra um pouco mais sobre quem nós somos.

Se alguém compactua dos mesmos interesses essa pessoa pode ser nosso amigo, porém, se ela não compartilha ou deixa de compartilhar dos mesmos ideais essa pessoa pode facilmente deixar esse posto de amigo. 

Essa questão torna esse amor bastante volátil, e, talvez, o amor menos celebrado entre os demais e muito se deve ao fato de ser o menos instintivo entre eles.

Eros: 

É definitivamente o mais sensual dos amores, entretanto não se trata do mais instintivo, como deve ser o pensamento de muitos. Esse posto fica a cargo do afeição.

Isso ocorre pois não é necessário estar apaixonado para que haja uma interação mais íntima, sendo assim, guiado não apenas pelo desejo, diferente de Vênus, que diz respeito a um instinto puramente carnal. 

O Eros não busca apenas o ato sexual em si, mas uma pessoa específica. Ele faz o amante desejar a pessoa Amada e não apenas o prazer que ela pode lhe proporcionar. Quando um casal está sob os efeitos de Eros, é capaz de suportar qualquer adversidade, pois ao lado da pessoa amada, qualquer coisa pode ser superável.

Caridade:

É o amor que mais se aproxima do divino, sendo tido como uma verdadeira dádiva e que ocorre naturalmente nas nossas vidas. É um sentimento que encontramos profundamente dentro de nossa própria essência. O verdadeiro sentido de altruísmo.

Ele aperfeiçoa os amores naturais e impede que eles sejam corrompidos pela natureza humana. Apenas quando nos aproximamos do amor a uma Divindade, Deus, seja qual for sua crença, nos desconectamos do egoísmo e outros vícios e nos tornamos verdadeiramente aquilo que deveríamos ser. 

Ele é o Amor Supremo, o Amor ao qual nos conectamos quando atingimos a Consciência da Unidade, quando percebemos que o real propósito de vida é tornar a vida de todo o mundo melhor.

Conclusão

A partir daí conseguimos entender como os conceitos de amor-dádiva, amor-necessidade, prazer por necessidade e prazer por apreciação interagem e se relacionam com os 4 tipos de amor, servindo como backgrounds dos mesmos.

Além disso, é fácil notarmos que nem sempre o amor pode se manifestar de forma positiva, mesmo se tratando do sentimento maravilhoso que é. 

Isso porque somos humanos imperfeitos e suscetíveis a erros. Porém nada disso diminui o poder e a importância que o amor exerce positivamente em nossas vidas.

Afinal, esse sentimento está relacionado a tudo que somos e fazemos. Cada decisão que ocorreu e ocorrerá, em nossa vida, têm grande influência desse sentimento. Portanto, compreender as suas nuances é muito importante a fim de nos dedicarmos a extrair o máximo de seus aspectos positivos.

Se você gostou verdadeiramente de conhecer mais sobre os 4 tipos de amores compartilhe este artigo para juntos nos tornamos responsáveis por espalhar cada vez mais o conhecimento para as pessoas.