Querida pessoa, você já ouviu falar em feedback, não é mesmo? Nas empresas, nas escolas e nos processos de coaching, o feedback consiste na comunicação dos resultados obtidos pelo indivíduo nos projetos em que ele está envolvido. Isso é fundamental para identificar o que está dando certo (e precisa ser continuado) e o que não está dando os frutos esperados (e precisa ser modificado).

No entanto, esse processo tem as suas limitações. Por isso, um processo mais completo, conhecido como feedforward, tem sido desenvolvido e adotado em algumas instituições. Neste artigo, vamos compreender as limitações do feedback, conhecer as características do feedforward e entender como esse novo modelo pode potencializar os resultados das pessoas. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba tudo sobre o assunto!

A importância e as limitações do feedback

A difusão do feedback é algo primoroso, mas não está livre de críticas — como, aliás, o próprio olhar de quem pratica o feedback nos ensina a encarar as coisas. Criou-se, sobretudo no Brasil, uma cultura do feedback que tem alguns vícios. Entre eles, está o de receber o feedback apenas com um olhar voltado para o passado. O condicionamento existe também pela lógica do termo, no qual back nos remete ao passado, àquilo que já aconteceu e merece uma avaliação.

Os críticos desse enfoque apontam que o termo feedback vinha sendo esgotado por conta desse hábito de atribuir a essa ferramenta apenas um caráter de olhar no retrovisor, com excessiva atenção ao passado, e uma posição meio que de costas para o futuro.

Isso de modo algum combina com a perspectiva do Coaching, que tem todos os olhos — os físicos e os imaginários — voltados para a frente. Por isso, pode ser dito hoje, em alto e bom som, que a cura para esse mal é mesmo a associação entre o feedback e Coaching.

A parceria rende ainda muitos frutos e, como você também já sabe há algum tempo, só tende a turbinar as duas práticas, sobretudo o feedback, que passa a contar com uma enormidade de outras ferramentas, técnicas e modelos para potencializar o seu funcionamento.

Feedforward: uma nova forma de crescer ao olhar para frente

PSC

Antes mesmo que este “antídoto” para imunizar o feedback estivesse devidamente pronto e disponível a quem quisesse usá-lo, um debate foi sendo travado entre os que pretendiam livrar essa ferramenta de retroalimentação de ser encarada como um espelho de retrovisão, voltado para trás. O desdobramento disso vem sendo dado por uma abordagem que quer, desde o nome, olhar para frente: o feedforward.

Antes que repitamos esse palavrão mais uma vez, vale a pena explicar que forward, em inglês, quer dizer “à frente”, “adiante”, dando a ideia de olhar para frente. Essa perspectiva de se voltar para o futuro já é bastante própria dos coaches e muito característica do sentido de feedback com o qual você vem experimentando contato aqui no blog, mas, até para exercitar o fundamento do Coaching de extrair o que há de melhor em tudo, é importante conhecermos as qualidades dessa nova conceituação.

As características e os benefícios do feedforward

Você pode ter inclusive franzido o cenho ao ouvir mais esse termo em inglês, que parece ser só mais um daqueles modismos passageiros que tanto invadem o mundo dos negócios, da administração, do dia a dia das organizações e das estratégias de autoconhecimento.

Se foi o seu caso, é difícil tirar a sua razão por tê-lo feito. Mas vale a pena dar alguma atenção a esse termo. Só por ser uma quase derivação do feedback, uma expressão e uma prática pra lá de sedimentada entre nós, temos razão para acreditar que o feedforward não seja daqueles termos que mal passam o inverno entre nós e antes mesmo da chegada do verão já desaparecem para dar lugar a um outro qualquer.

Esse conceito, derivado de uma costela do feedback, tem se mostrado capaz de andar por si só e de marcar presença no campo minado em que escolheu pisar. Em parte porque ele fornece um novo gás ao feedback, impedindo que ele caduque diante dos maus usos de que ele tem sido vítima.

Muitos veem no feedforward a esperança para se corrigir os tropeços dados no feedback, aplicando inovações que são, na verdade, resultantes da má aplicação do próprio feedback. Para você que já conhece o coaching, há uma boia de salvação mais segura onde se agarrar, o que não nos impede, entretanto, de extrair desse novo conceito o que nele há de melhor.

Os avanços e melhorias que o feedforward promove sobre o feedback

Confira, na sequência, um quadro comparativo entre o feedforward e o feedback, de modo a facilitar a compreensão das diferenças e dos avanços que o novo modelo promove.

FEEDBACK FEEDFORWARD
·        Foco no passado;

·        Modelo devolutivo;

·        Crítica aos desempenhos anteriores;

·        Descrição do que já houve;

·        Foco em erros e acertos, de forma simplificada;

·        Ênfase no erro;

·        Sensação de julgamento;

·        Pode gerar desconforto se a pessoa levar as críticas para o lado pessoal.

·        Foco no presente e no futuro;

·        Modelo preventivo;

·        Sugestões de como fazer melhor na próxima ocasião;

·        Ideias de como progredir;

·        Foco em desenvolvimento e progresso contínuo;

·        Ênfase nos aprendizados;

·        Sensação de ajuda;

·       Gera motivação para melhorar, sempre com respeito e empatia, com foco na estratégia.

Como você pode notar, o feedforward não é uma negação do feedback, mas um complemento ao modelo antigo. Nessa reunião entre líder e liderado, devem ser discutidos os pontos positivos e os pontos de melhoria, mas não com um olhar de julgamento, e sim com o objetivo de traçar um plano estratégico para que melhores resultados sejam alcançados.

E você, querida pessoa, o que pensa sobre o feedback e sobre o feedforward? Qual desses modelos ainda predomina no seu ambiente de trabalho? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!