Toda explicação sobre a depressão profunda nos leva ao questionamento: como podemos diferenciá-la dos mais diversos tipos de depressão? Se até mesmo a depressão pode ser desqualificada como uma simples tristeza, imagine que é possível não darem atenção a uma doença grave como a depressão profunda.

Conhecer os sintomas da depressão é muito importante para que as pessoas saibam diferenciar essa doença incapacitante das tristezas comuns do dia a dia, que todos nós vivenciamos. Isso nos permite saber a hora de procurar ajuda médica e psicológica para iniciar o tratamento adequado e recuperar a qualidade de vida. Continue a leitura deste artigo e conheça os principais sintomas da depressão profunda.

Anedonia e oscilações de humor

Ela pode manifestar sintomas psicológicos, que podem deflagrar em sintomas físicos. Ela começa com um aprofundamento da perda de interesse em fazer qualquer atividade, inclusive as que antes eram tidas como prazerosas, o que recebe o nome de anedonia. Junto a isso, o depressivo começa a vivenciar uma tristeza profunda, diferente de qualquer outra que já tenha sentido, que começa a incapacitá-lo para qualquer atividade.

Qualquer indivíduo, de qualquer faixa etária, que sofre de depressão profunda tem sentimentos de extrema tristeza, irritabilidade ou de vazio. Em um momento, eles choram, no momento seguinte, eles manifestam o sentimento de irritação com gritos.

Por fim, é possível que relatem o sentimento de vazio, de não conseguirem sentir nada
Esse vazio é uma das razões pelas quais algumas pessoas se cortam, com o objetivo de sentirem algo que não seja essa sensação horripilante de que o mundo não tem mais sentido.

A depressão nas crianças

Quando a depressão profunda é diagnosticada em crianças, é possível que ela se manifeste por meio de isolamento e do choro angustiado. É sempre importante ficarmos atentos para as crianças que apresentam comportamentos, como ficar isolada na hora do intervalo escolar, não ter amigos e nem gostar de brincar com as outras crianças e, ainda, apresentar choro sem motivo aparente.

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O isolamento também está presente entre os pacientes mais velhos, que acabam por se afastar completamente da família e dos amigos. Eles deixam de atender a telefonemas, de ir a reuniões de amigos e de cumprir obrigações familiares, como ir à reunião escolar. Podem se sentir desconfortáveis em festas de aniversário, entre outras ocasiões.

Queda de desempenho profissional e/ou acadêmico

Outra forma de perceber se alguém está com depressão é saber se ela ainda consegue ir trabalhar, pois essa é uma doença incapacitante, e ir para o trabalho se torna uma tortura.

A propósito, o trabalho e a escola são os primeiros a sentirem os efeitos da depressão. Crianças e adolescentes passam a apresentar uma piora no desempenho escolar, não conseguem mais levantar da cama para ir para a escola, começam a faltar e a entrar em discussões com os colegas, entre outros sinais de que algo não vai bem.

Já os adultos demonstram uma dificuldade crescente em desenvolver projetos de trabalho dentro do prazo, passam a faltar com mais frequência, atrasam mais e exprimem um aumento na dificuldade de manter a atenção em reuniões ou em se concentrar para realizar até mesmo as tarefas mais simples.

Alterações nos hábitos alimentares

A perda de interesse também atinge a comida. Apesar de ser uma obrigação que nem sempre queremos cumprir, mas que o nosso corpo pede, a hora das refeições costuma ser um momento em que nos aproximamos dos outros e podemos agradecer pelas dádivas e conquistas.

Para o depressivo, porém, a comida passa ser um obstáculo que parece intransponível. A grande maioria dos pacientes apresenta alterações expressivas na alimentação. Como a doença se manifesta de forma distinta entre os diagnosticados, é possível que os depressivos apresentem uma perda de apetite ou passem a comer demais (resultado de ansiedade e fuga). O resultado dessa mudança na alimentação pode ser perceptível, pois ocorre alteração no peso de mais de 5% em um mês.

Alterações nos níveis de energia e sono

Outros elementos que podem contribuir para uma piora significativa na qualidade de vida do depressivo são os distúrbios do sono, o cansaço excessivo e a dificuldade em manter a higiene pessoal.

Os distúrbios do sono podem se manifestar em forma de pouco sono (insônia), uma dificuldade em adormecer ou em continuar dormindo, ou um sono excessivo, que impossibilite até mesmo o momento de acordar. O corpo sente o peso do mundo inteiro, mas o cansaço não está apenas no físico, ele é mental e ocasiona uma perda de energia para fazer as mais simples tarefas, em lentidão e inquietação.

O sentimento de vazio faz crescer dentro do indivíduo com depressão um sentimento profundo de inutilidade e culpa. Inutilidade pela incapacidade de fazer e sentir vontade de realizar atividades e tarefas, o que gera uma culpa, principalmente por magoar as pessoas que estão ao redor.

Resumo dos sintomas psicológicos

  • Anedonia e apatia;
  • Falta de motivação;
  • Desinteresse pelas atividades em geral, incluindo as que antes geravam prazer;
  • Medos e preocupações em excesso;
  • Sensação de culpa ou de fracasso por não conseguir realizar as atividades diárias;
  • Alto nível de pessimismo;
  • Baixa autoestima e insegurança;
  • Dificuldade em tomar decisões;
  • Falhas de memória;
  • Humor oscilante, com momentos de elevada irritação;
  • Lentificação do raciocínio;
  • Angústia profunda e perda da vontade de viver.

Resumo dos sintomas físicos

  • Alterações no sistema digestório (enjoos, má digestão, azia, flatulências);
  • Prisão de ventre ou diarreia;
  • Tensão dos músculos, especialmente nos ombros e na nuca;
  • Dor de cabeça;
  • Dores generalizadas por todo o corpo;
  • Indisposição e sensação frequente de cansaço;
  • Sensação de aperto no peito;
  • Baixa imunidade, aumentando a suscetibilidade do indivíduo a infecções, como gripes e resfriados;
  • Falta ou excesso de apetite;
  • Insônia ou sonolência excessiva.

Todos esses sintomas, quando intensificados, podem ocasionar pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Chega-se, aí, ao sintoma mais grave, pois é o sentimento puro de que não há mais nada de bom para ser vivido, e o único objetivo é acabar com o sofrimento. Se tratada, a doença não chega tão longe, e é possível recobrar a vontade de viver coisas poderosas.

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