Depressão já um estado de tristeza profunda. Assim, o que pode ser a depressão profunda? Podemos dizer que o que caracteriza a depressão profunda é uma tristeza extrema e que provoca um distanciamento radical de tudo o que cerca o indivíduo, podendo prejudicar severamente as relações com as pessoas mais próximas e, até mesmo, a higiene pessoal.

O humor depressivo se torna constante a maior parte do tempo, mas costuma ser mais forte na parte da manhã, com intensificação da perda de interesse pelas atividades mais prazerosas. Eles tendem a durar cerca de 2 semanas.

A depressão profunda pode acometer qualquer pessoa, desde que tenha histórico familiar, principalmente se ela foi diagnosticada com depressão (leve ou moderada) e não recebeu o devido tratamento. Ela afeta por volta de 6,7% da população norte-americana, por exemplo, com mais de 18 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental.

No país, a doença representa 23% dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares em saúde mental no SUS. Os sintomas e as formas de tratamento da depressão variam de acordo com a intensidade do quadro, que pode ser leve, moderado ou profundo.

Levando em consideração a população geral, entre 20% e 25% dos adultos podem sofrer um episódio de depressão profunda. O número de mulheres diagnosticadas com depressão é duas vezes maior que o de homens, pois há fatores internos e externos que podem agravar os sintomas, como alterações hormonais na TPM, na menstruação e na gravidez, além de aborto espontâneo e menopausa.

Os fatores externos que podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver a depressão profunda é o aumento do estresse no trabalho por conta de uma diferença salarial ou de oportunidades com relação aos homens; as jornadas duplas e até triplas, tendo de cuidar de casa, trabalhar fora e se preocupar com os filhos, a obrigatoriedade de cuidar dos pais idosos, ser mãe solo ou de primeira viagem. Todos esses são fatores que fazem crescer consideravelmente a possibilidade de mulheres terem depressão

Contudo, enganam-se que os homens não sofrem do mesmo mal, o que acontece é que geralmente a doença não recebe a atenção devida dos homens. Homens que sofrem de depressão clínica são menos propensos a procurar ajuda ou até mesmo falar sobre sua experiência. Isso porque ainda vivemos em uma sociedade que vê o homem como exemplo de poder e força e que condena qualquer demonstração sua de fragilidade.

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A depressão não diagnosticada nos pacientes do sexo masculino pode se manifestar em forma de irritabilidade, raiva ou abuso de drogas e álcool. Devemos salientar que o abuso de drogas e álcool podem ser o princípio da depressão e não o fim, mas nos dois casos ela está envolvida.

Os homens tendem a reprimir e suprimir os sentimentos negativos pois eles não são vistos com bons olhos socialmente. Isso pode gerar um comportamento violento direcionado aos que estão ao redor, familiares e parceiros, além de se tornar um jeito de se autodestruir, o que resulta em aumento de doenças, suicídios e homicídios.

Esse tipo de depressão, assim como qualquer outro, só pode ser diagnosticado por um profissional de saúde mental que vai identificar os sintomas e cruzá-los com o histórico familiar.

Geralmente, não é feito nenhum exame específico, como ressonância ou algo do tipo, que seja possível diagnosticar os efeitos dela no corpo. Contudo, por vezes, é possível que os médicos façam exames de sangue para saber se algo físico que possa ter desencadeado a doença, como hipotireoidismo (que pode resultar em sintomas parecidos ao da depressão), o uso constante de álcool, drogas, medicamentos e até mesmo doenças cardíacas.

É quase impossível dizer que a depressão profunda é gerada por um ou outro fator. Geralmente, assim como os casos de depressão comum, ela nasce de um conjunto de fatores, mas podemos identificar momentos em que ela pode ter início:

  • Em caso de perda de uma pessoa querida da família, é possível que o sentimento de abandono cresça e a forma de lidar com a perda poderá causar uma depressão profunda;
  • Divórcio ou separação também podem ser catalizadores da depressão, pois o sentimento de dependência emocional e até mesmo financeira podem se tornar insustentáveis;
  • Mudanças significativas, como o término da faculdade, mudança de emprego, aposentadoria, etc.;
  • Conflitos internos e em relacionamentos;
  • Abusos dos mais diversos tipos (físico, sexual ou emocional).

 

A depressão profunda é considerada uma doença grave, no entanto há tratamento para que seus sintomas sejam amenizados e o paciente consiga voltar a ter gosto pela vida.

O tratamento indicado depende da gravidade dos sintomas, mas quase sempre é feito com medicamento antidepressivo. É possível também outros medicamentos serem adicionados para que o antidepressivo tenha maior eficácia.

O efeito do medicamento pode variar de pessoa para pessoa, por isso o médico, dependendo da resposta do depressivo ao medicamento, pode receitar diferentes doses ou outros medicamentos até que o paciente se sinta confortável e passe a demonstrar melhora nos sintomas.

Nesse ponto da doença, é possível que os depressivos tenham cada vez mais pensamentos de morte, ideias suicidas e sintomas psicóticos, como delírios e alucinações. Isso decorre de uma piora no quadro de depressão e, em caso de pôr a vida em risco, tanto do próprio paciente quanto dos outros, uma intervenção e internação serão necessárias. Esse procedimento é a última alternativa quando o paciente já não pode seguir com o tratamento sozinho.  

 

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