Pelo menos uma vez na vida, todo mundo já agiu de forma impulsiva e correu algum risco, o que é considerado natural, dependendo da situação. Esse tipo de atitude, bastante comum na adolescência, costuma atrair as pessoas por oferecer uma sensação temporária de compensação e prazer. Contudo, é importante manter a atenção para que o comportamento de risco não se torne uma constante e resulte em prejuízos para a integridade física e emocional dos indivíduos.

O Que é Comportamento de Risco?

Como o próprio nome sugere, comportamento de risco é o nome dado à conduta de uma pessoa que age por impulso e sem considerar as consequências, expondo-se a situações de perigo. É bastante comum na adolescência por se tratar de uma fase da vida em que os valores ainda estão sendo formados, existem muitas dúvidas e uma necessidade de se mostrar livre através de atos de rebeldia. Não são todos os adolescentes que passam por isso, mas uma parte significativa tende a apresentar certos tipos de comportamento de risco.

Vale lembrar que adultos também podem agir de forma a ignorar os riscos, o que pode acontecer pelos mais diferentes motivos, como transtornos psíquicos, inconsequência, dependência de substâncias químicas, entre outros. Eles começam a agir dessa forma para se mostrarem superiores, mas, em muitos casos, tornam-se reféns do seu comportamento e não conseguem se livrar deles sozinhos. Isso é bastante comum em situações que envolvem compulsão por jogos, compras, drogas e álcool.

Caso esteja passando por isso ou note sinais de comportamento de risco em uma pessoa próxima, acalme-se. Por mais delicado que pareça, com diálogo, compreensão e apoio é possível vencer esse desafio e aprender muito com ele. Se necessário, procure ajuda profissional para que você ou aquele que está passando por isso reflita melhor a respeito da situação e possa entender o que deve fazer para superá-la.

Principais Tipos de Comportamento de Risco e Suas Consequências

Veja quais são os tipos de comportamento de risco mais comuns e que pode se manifestar tanto entre adultos quanto adolescentes.

Consumo de Álcool e Drogas

O consumo de álcool e drogas está sempre no topo da lista quando se trata de comportamento de risco. Ambos são viciantes e, a curto prazo, comprometem a capacidade de julgamento do indivíduo, podendo levá-lo a se envolver em situações perigosas, como acidentes e ações violentas, por exemplo. O consumo frequente, em longo prazo, pode causar diversas doenças, como cirrose, gastrite, trombose, além de vícios e levar até mesmo a morte.

Abuso de Medicação

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Os medicamentos foram desenvolvidos para tratar problemas específicos e devem ser utilizados nas dosagens indicadas. Pessoas que se automedicam ou utilizam remédios para fins alucinógenos estão colocando a sua saúde em risco. É muito importante apenas ingerir qualquer tipo de medicação mediante prescrição médica e mantê-las sempre longe do alcance de crianças e de pessoas que tenham qualquer tipo de transtorno psicológico.

Alimentação Altamente Restritiva

A pressão pelo corpo perfeito leva muitas pessoas a desejarem emagrecer a qualquer custo, nem que, para isso, precisem ficar sem comer ou ingerir apenas uma pequena quantidade de alimentos. Esse comportamento é considerado de risco porque pode gerar doenças graves, como é o caso da anorexia. É fundamental que qualquer dieta seja acompanhada por um nutricionista para que o corpo receba todos os nutrientes que precisa para se manter saudável.

Atividade Física Intensa e Sem Supervisão

Assim como a alimentação altamente restritiva é perigosa, a prática de atividade física intensa sem supervisão também é. O corpo precisa de tempo para se desenvolver e, assim, conseguir realizar movimentos mais intensos gradualmente. Quando esse cuidado não é tomado, existe o risco de causar lesões graves e, também, de se adquirir a chamada vigorexia, doença que leva o indivíduo a ficar obcecado para ter o corpo perfeito.

Imprudências no Trânsito

O trânsito é algo que deve ser levado bastante a sério porque um movimento imprudente ou desatento pode resultar em uma fatalidade. O excesso de confiança, o uso do celular ao volante e a combinação de álcool e direção são os principais sinais desse comportamento e faz com que muitos não coloquem apenas a própria vida em risco, mas também das outras pessoas que estiverem dentro do carro e de outros motoristas, ciclistas e pedestres.

Atitude Violenta

A maioria dos comportamentos de risco não envolve uma real intenção de passar por ele. Já a atitude violenta é realizada de forma intencional, trazendo riscos para aquele que o apresenta e para as pessoas que se relacionam com ele. A violência nunca é um bom caminho e deve ser evitada sempre, em qualquer situação.

Atividades Viciantes

Não são apenas substâncias químicas que são capazes de viciar, certas atividades, como jogos, redes sociais e compras, por exemplo, podem levar pessoas a se tornarem dependentes delas. As consequências incluem contração de dívidas, descontrole quando não se consegue realizar tal atividade e o comprometimento de relações pessoais.

Além dos sete tipos de comportamento de risco citados existem vários outros, como manter relações íntimas sem proteção, permanecer em relacionamentos abusivos, praticar esportes ou trabalhar em funções perigosas sem os equipamentos adequados, entre outros. É muito importante que a coragem não seja confundida com imprudência, para que não deixe de fazer o que deseja, mas reflita antes de tomar decisões e cuide da sua integridade física e emocional.

Como Lidar Com Pessoas Que Estão Apresentando Comportamento de Risco

Ao notar que uma pessoa próxima está apresentando comportamentos que estão colocando a sua integridade e a de outras pessoas em risco, em primeiro lugar é necessário chamá-la para uma conversa franca, porém sem julgamentos. Acusá-la e chamá-la de inconsequente não irá ajudar em nada e apenas fará com que a conduta dela se torne ainda mais controversa. O ideal é optar sempre pelo diálogo, para entender as razões pelas quais ela está agindo daquela maneira e, assim, oferecer o seu apoio.

O tratamento irá variar de acordo com o tipo de comportamento de risco que o indivíduo está apresentando. Alguns deles podem ser transformados através de autoconhecimento e mudança de hábitos, enquanto outros precisam do acompanhamento de um profissional especializado na área. Independente de qual for o tratamento, o apoio dos entes queridos é essencial para se possa vencer esse desafio, a que se consiga ter mais qualidade de vida, não prejudicar a si ou a mais ninguém.

Gostou do artigo? Como vimos é preciso estar sempre atento às atitudes sabotadoras. Por isso mesmo, aproveite para compartilhar este artigo para que mais pessoas tenham acesso à informação e saibam como lidar com o comportamento de risco.

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