Programação Neurolinguística

Brainpencil/Shutterstock  A PNL é uma metodologia efetiva para a evolução humana e fruto do trabalho e pesquisa  de Richard Bandler e John Grinder com seus parceiros de estudos e inclusive Milton Erickson

 

A história da Programação Neurolinguística – PNL aborda a trajetória de uma sociedade improvável que criou inesperada sinergia, e esta que por sua vez resultou em um mundo de mudanças. No início dos anos 70, Richard Bandler, um dos criadores da PNL estudava Matemática na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

No princípio, ele passava a maior parte do seu tempo estudando computação. Inspirado por um amigo de família, que conhecia vários terapeutas inovadores da época, ele resolveu cursar Psicologia.  Após estudar cuidadosamente a obra de alguns desses famosos terapeutas, Bandler descobriu que, repetindo totalmente os padrões pessoais de comportamento deles, poderia conseguir resultados positivos similares com outras pessoas.

Essa descoberta se tornou a base para a abordagem inicial, conhecida como Modelagem da Excelência Humana. Depois, ele encontrou outro cofundador da PNL, John Grinder, professor adjunto de linguística. A carreira de Grinder era tão singular quanto à de Bandler.

Sua capacidade para aprender línguas rapidamente, adquirir sotaques e assimilar comportamentos tinha sido aprimorada na Força Especial do Exército Americano, na Europa, nos anos 60, e depois quando membro dos serviços de inteligência em operação na Europa. O interesse de John pela psicologia alinhava-se com o objetivo básico da linguística: revelar a gramática oculta no pensamento e na ação.

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O Desenvolvimento da Programação Neurolinguística

Descobrindo a semelhança de seus interesses, ambos decidiram combinar os respectivos conhecimentos de computação e linguística, aliados à habilidade para copiar comportamentos não verbais, com o intuito de desenvolver uma “linguagem de mudança”. No começo, às noites de terça-feira, Richard Bandler conduzia um grupo de terapia Gestalt formado por estudantes e membros da comunidade local.

Ele usava como modelo o seu fundador iconoclasta, o psiquiatra alemão Fritz Perls. Para imitar Perls, Bandler chegou a deixar crescer a barba, fumar um cigarro atrás do outro e falar inglês com sotaque alemão. Nas noites de quinta-feira, Grinder conduzia outro grupo usando os modelos verbais e não verbais do Dr. Perls que vira e ouvira seu colega usar na terça. Sistematicamente, eles começaram a omitir o que achavam ser comportamentos irrelevantes (o sotaque alemão, o hábito de fumar) até descobrirem a essência das técnicas de Perls – o que fazia Perls ser diferente de outros terapeutas menos eficazes. Haviam iniciado a disciplina de Modelagem da Excelência Humana.

O Trabalho de John Grinder e Richard Bandler

Encorajados por seus sucessos, John e Richard passaram a estudar uma das grandes fundadoras da terapia de família, Virginia Satir, e também um filósofo inovador e pensador de sistemas, Gregory Bateson. Bandler reuniu suas constatações originais em sua tese de mestrado, publicada mais tarde como o primeiro volume do livro The Structure of Magic (A Estrutura da Magia). Ele e Grinder tinham se tornado uma equipe, e as suas pesquisas continuaram a ser feitas com determinação.

O que os diferenciava de muitas escolas de pensamento psicológico alternativo, cada vez mais numerosas na Califórnia àquela época, era à busca da essência da mudança. Quando os dois começaram a estudar pessoas com dificuldades variadas, observaram que todas as que sofriam de fobias pensavam no objeto de seu medo como se estivessem passando por aquela experiência no momento.

Quando estudaram pessoas que já haviam se livrado de fobias, eles viram que todas elas agora pensavam na experiência de medo como se a tivessem vendo acontecer com outra pessoa – semelhantemente a observar um parque de diversões à distância. Com esta descoberta simples, mas profunda, Bandler e Grinder decidiram ensinar sistematicamente pessoas fóbicas a experimentarem seus medos como se estivessem observando suas fobias acontecerem remotamente.

O Encontro com Milton Erickson e sua  Abordagem Ericksoniana

As sensações de fobias desapareciam instantaneamente. Uma descoberta fundamental da PNL havia sido feita: o modo como às pessoas pensam a respeito de algo faz uma diferença enorme na maneira como elas irão vivenciá-la. Ao buscar a essência da mudança nos melhores mestres que puderam encontrar, a dupla de teóricos questionou o que modificar primeiro, o que era mais mudar e por onde começar.

Por sua habilidade e crescente reputação, rapidamente conseguiram ser apresentados a alguns dos maiores exemplos de excelência humana do mundo, incluindo o Dr. Milton H. Erickson, M.D., fundador da Sociedade Americana de Hipnose Clínica; amplamente reconhecido como o mais notável hipnotizador do mundo. (Vale mencionar que assim como a PNL, Milton Erickson trouxe uma imensa carga de conhecimentos que já há muito é ensinada e vivenciada pelos coaches do Instituto Brasileiro de Coaching através de nossa formação em Coaching Ericksoniano).

Erickson era uma pessoa tão excêntrica quanto Bandler e Grinder. Jovem e robusto fazendeiro de Wisconsin, na década de 1920 ele foi atacado pela poliomielite, aos dezoito anos. Incapaz de respirar sozinho, Erickson passou mais de um ano deitado dentro de um pulmão de aço na cozinha da sua casa.

Embora para outra pessoa qualquer isso pudesse ter significado uma sentença de prisão, para o médico, fascinado pelo comportamento humano, era uma distração observar como a família e os amigos reagiam uns aos outros, consciente e inconscientemente. Ele elaborava comentários que provocariam respostas imediatas ou retardadas nas pessoas a sua volta, o tempo todo aprimorando sua capacidade de observação e de linguagem.

Recuperando-se o suficiente para sair do pulmão de aço, ele reaprendeu a andar sozinho, observando sua irmãzinha dar os primeiros passos. Embora continuasse precisando de muletas, Erickson participou de uma competição de canoagem antes de partir para a faculdade, onde acabou se formando em medicina e depois em psicologia. Suas experiências e provações pessoais anteriores o deixaram muito sensível à sutil influência da linguagem e do comportamento.

Os Benefícios do Transe Hipnótico na Aplicação da PNL

Ainda estudando medicina, ele começou a se interessar por hipnose, indo além da simples observação de pêndulos e das monótonas sugestões de sonolência. Ele constatou que seus cliente/coache, ao lembrarem-se de certos pensamentos ou sensações, entravam naturalmente em um breve estado semelhante a um transe, e que esses pensamentos e sensações poderiam ser usados para induzir estados hipnóticos.

Mais tarde, ele se tornou conhecido como o mestre da hipnose indireta, um homem que podia induzir um transe profundo apenas contando histórias. Na década de 1970, o Dr. Erickson já era muito conhecido entre os profissionais da medicina e era até assunto de vários livros, mas poucos dos seus alunos conseguiam reproduzir seu trabalho ou repetir seus resultados. O médico frequentemente era chamado de “curandeiro ferido”, visto que muitos colegas seus achavam que seus sofrimentos pessoais eram responsáveis por ele ter se tornado um terapeuta tão habilidoso e famoso mundialmente.

Quando Richard Bandler ligou pedindo uma entrevista, aconteceu de o hipnotizador atender pessoalmente o telefone. Embora Bandler e Grinder fossem recomendados por Gregory Bateson, Erickson respondeu que era um homem muito ocupado. O que telefonou reagiu dizendo: “Algumas pessoas, Dr. Erickson, sabem como achar tempo”, enfatizando bem “Dr. Erickson” e as duas últimas palavras. A resposta foi: “Venha quando quiser”, com as duas últimas palavras igualmente enfatizadas.

Embora aos olhos do renomado médico a falta de um diploma de psicologia fosse uma desvantagem para Bandler e Grinder, o fato de os dois jovens serem capazes de descobrir o que tantos outros não haviam percebido o deixou intrigado. Afinal de contas, um deles havia acabado de falar usando uma de suas próprias descobertas de linguagem hipnótica, hoje conhecida como comando embutido. Ao dar destaque às palavras “Dr. Erickson, achar tempo”, ele criou uma frase separada dentro de outra maior, que teve o efeito de um comando hipnótico.

Ambos os rapazes chegaram ao consultório/casa de Erickson em Phoenix, nos EUA, para aplicar suas técnicas de modelagem, recentemente desenvolvidas, ao trabalho do talentoso hipnotizador. A combinação das legendárias técnicas de hipnotização do Dr. Erickson e as técnicas de modelagem de Bandler e Grinder forneceram a base para uma explosão de novas técnicas terapêuticas.

O trabalho deles junto com o do médico confirmou que haviam encontrado uma forma de compreender e reproduzir a excelência humana. Nesta época, as turmas da faculdade e os grupos noturnos conduzidos por Grinder e Bandler estavam atraindo um número crescente de estudantes ansiosos por aprender esta nova tecnologia de mudança.

Nos anos seguintes, vários alunos, inclusive Leslie Cameron-Bandler, Judith DeLozier, Robert Dilts e David Gordon, dariam importantes contribuições próprias. Oralmente, esta nova abordagem de comunicação e mudança começou a se espalhar por todo o país. Steve Andreas, na época um conhecido terapeuta da Gestalt, deixou de lado o que estava fazendo para estudar a PNL.

A Evolução da PNL

Rapidamente, ele decidiu que aquela era uma novidade tão importante que, junto com a mulher e sócia, Connirae Andreas, gravou os seminários dos dois mestres e os transcreveu em vários livros. O primeiro, Frogs into Princes (Sapos em Príncipes – Summus), se tornaria o primeiro best-seller sobre a Programação Neurolinguística. Em 1979, um extenso artigo sobre PNL foi publicado na revista Psychology Today, intitulado “People Who Read People”.

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A nova abordagem deslanchava. Hoje, a PNL é a essência de muitas teorias e técnicas que visam à comunicação e a mudança. Popularizada por Anthony Robbins, John Bradshaw e outros, partículas de PNL se inseriram nos treinamentos de vendas, seminários, salas de aula e conversas. Quando alguém fala em Modelagem da Excelência Humana, ficar em forma, criar rapport, criar um futuro atraente ou quão “visual” alguém é, está usando conceitos da Programação Neurolinguística.

Estamos encantados com o fato de essa abordagem estar finalmente se tornando mais conhecida. O fato é que um pouco de conhecimento pode ser perigoso, ou pode não significar nada. Saber sobre a Modelagem da Excelência Humana é muito diferente do que ser capaz de colocá-la em prática. Conhecer um pouquinho de PNL não é o mesmo de ter a chance de fazê-la sua.

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