O processo de maturidade pelo qual todo ser humano passa, dura a vida toda. Novidades surgem a todo tempo e precisamos estar em constante mudança também, sempre em busca de nossa melhor versão.

Essa busca pela nossa melhor versão, pela nossa divindade interior e plenitude de nossas capacidades e talentos, é o que chamarei aqui de maturidade. E para que possamos dar os primeiros passos nessa caminhada, existem 7 traços da maturidade humana, que valem a pena ser compartilhados:

  1. Controle da criança interior
  2. Domínio sobre a afetividade
  3. Prática do amor oblativo (voluntário)
  4. Avaliação critica
  5. Senso de responsabilidade
  6. Adaptabilidade
  7. Capacidade de perdoar

Controle da criança interior: O adulto vive em um mundo onde prevalece o real e objetivo, ao contrário da criança que vivencia um mundo mais fantasioso.

Entre o adulto e a criança, temos ainda o adolescente, que é um ser em busca do amadurecimento pessoal, e se interessa muito mais por si mesmo do que pelo mundo e pessoas que o cercam. E temos também o jovem, entre o adolescente e o adulto, que já possui um pouco mais de maturidade. Ele busca o amadurecimento pessoal, e se interessa um pouco mais pelo mundo e pessoas que o cercam, mas também pode ter comportamentos que remetam à maturidade do adolescente.

À medida em que o ser humano se conscientiza da existência de um mundo objetivo, diferente do seu, e passa a aceitar e se interessar sinceramente por ele, podemos afirmar que seu processo de amadurecimento teve início.

Esse processo de amadurecimento, nada mais é do que um processo de renovação de nossos interesses pessoais. É como uma mudança progressiva em nosso centro de interesse vital, onde “saímos de nós mesmos”, para ir em direção a um mundo externo, muito mais amplo do que o mundo egocêntrico no qual vivíamos.

Pode-se assim concluir, que todo egocentrismo é, sob o ponto de vista psicológico, um tipo de comportamento infantil. E quando esse comportamento se torna habitual, mesmo na fase posterior à infância, significa que o indivíduo possui fortes indícios de falta de maturidade. Um adulto egocêntrico portanto, pode ser vivencialmente considerado uma criança.

PSC

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É preciso ter coragem para amadurecer, e para isso, precisamos sair de nossa zona de conforto. E como 1º passo em direção a esse amadurecimento, sugiro que você não deixe para amanhã, o que pode fazer hoje”.

Domínio sobre a afetividade: Esse 2º traço do comportamento humano maduro fala sobre afetividade, mas o que é afetividade?

Afetividade é a capacidade de experimentar e/ou vivenciar internamente a realidade exterior, sentindo o impacto que ela causa no “Eu”.

A partir da Psicanálise, a afetividade do ser humano e sua importância, ficaram evidenciadas no mundo moderno, e quando essa afetividade é perturbada, surgem as neuroses. Sendo assim, qualquer distúrbio na vida afetiva poderá impedir o amadurecimento correto da personalidade do indivíduo, e desencadear nele processos doentios.

A criança, por precisar de recursos intelectuais para dominar suas emoções, é continuamente dominada pela afetividade em suas vontades e formas de agir. Ainda que ela não entenda com clareza, ela sente e vivencia situações com uma força extraordinária. Ela lida muito bem com o impacto que o mundo exterior causa dentro dela.

O adolescente se caracteriza por uma instabilidade afetiva sintomática. Sua psique apresenta-se como um mundo de emoções, sentimentos e racionalizações que condicionam seu modo de agir.

O jovem possui mais estabilidade afetiva que o adolescente, por ser psicologicamente mais maduro, ele se relaciona com as pessoas ao seu redor de modo que consiga manter um bom convívio com todos. Entretanto, ele pode ser um pouco mais egocêntrico quando se trata de seus interesses. O jovem não chega a ser movido por impulsos como o adolescente, mas também ainda não possui a inteligência emocional do adulto maduro.

Já o adulto, como ser humano maduro, tem um intelecto que lhe permite transferir ou deixar de lado, orientar e aproveitar de forma prática, dinâmica e construtiva a sua afetividade. Esse adulto, capaz de controlar de maneira efetiva e funcional sua afetividade, apresenta-se como um ser humano que:

  • Atua por propósitos bem elaborados; finalidades e objetivos concretos e claros.
  • Não hesita em pedir ajuda e orientação para chegar a um maior esclarecimento, que lhe permita uma decisão mais correta sobre um determinado assunto;
  • Prevê os meios para chegar ao fim e superar os obstáculos também já previstos, e os meios para superá-los;
  • Preserva durante muito tempo, enquanto for necessária, a ação para atingir a finalidade proposta, porque os obstáculos foram previstos e os meios para superá-los também;
  • Sabe analisar os fatos e as pessoas de maneira profunda;
  • Em casos de conflito, sabe encarar e superar situações.

Conhecendo agora um pouco mais sobre afetividade, convido você a refletir um pouco mais sobre como a afetividade vem agindo em você. Qual a influência da razão e da afetividade em suas decisões? Como você tem equilibrado a afetividade e a sensibilidade em sua vida?

Prática do amor oblativo (voluntário): Do Latim “oblatus”, a palavra oblativo significa “oferenda”. Sendo assim, podemos compreender a “oblatividade” como uma oferenda de si mesmo ao outro, ou seja, uma conduta generosa e altruísta, na qual a pessoa esquece de si mesma e AMA, fazendo com que o amor seja significativamente gratuito.

O amor pode ser mensurado por meio da voluntariedade, mostrando dessa maneira sua autenticidade. Isso porque aquele que não abre mão de si mesmo, de suas vontades e desejos para se oferecer ao outro, não ama verdadeiramente.

O amor-doação se fortalece à medida em que nos negamos a sucumbir ao egoísmo. Para doar de si mesmo, é necessário um certo grau de maturidade humana. E se o amor é doação, uma pessoa frustrada não será necessariamente aquela que não recebe, mas sim, aquela que não doa amor, aquela que “não se dá”.

Quando encaixamos a teoria do amor oblativo para nossa história em 4 capítulos, não fica difícil perceber que o adulto se doa às outras pessoas. Essa é a melhor forma de enfrentar a solidão que já é um doa maiores problemas da sociedade atual.

Quando crianças, sentimos uma necessidade enorme de receber amor. Adolescentes por sua vez, durante sua caminhada em busca do amadurecimento, se entrega com grande generosidade, porém, quase sempre “procurando a si mesmo”.

Para viver um amor maduro, existem algumas etapas na vida do ser humano que devem ser seguidas e cronologicamente respeitadas. Se isso não acontece, cedo ou tarde consequências poderão afetar suas vidas.

E como o amor funciona em nossas vidas? Qual é o caminho do amor?

  1. Infância: amor receptivo
  2. Adolescência: treino para o amor
  3. Juventude: experiência do amor
  4. Idade adulta: a vida do amor

Infância: amor receptivo

Trata-se de uma etapa importantíssima, onde a criança não pode doar de si porque ainda não possui nem a si mesma. Sendo assim, ela pode apenas receber.

Muitas vezes os pais deixam de doar a seus filhos nessa fase da vida por uma necessidade, e os deixam responsáveis por irmãos mais novos por exemplo. Se uma mãe ou um pai dá a seu filho(a) a responsabilidade de cuidar de seus irmãos, a fase da infância, onde a criança deveria receber amor, fica corrompida. Ela passa a ser responsável por doar algo que ela ainda não compreende e não domina. É estimulada a desenvolver e assumir responsabilidades e consequências que não cabem a ela nessa fase de vida.

Caso essa etapa de recebimento do amor seja de alguma maneira eliminada ou corrompida, serias consequências poderão ser percebidas durante o resto de suas vidas, sendo a principal consequência a carência afetiva.

Adolescência: treino para o amor

Nessa fase de nossas vidas estamos vivendo um processo de descobrimento de nosso corpo, sentimentos, emoções, orientações sexuais, necessidade de relacionamentos interpessoais, entre outras descobertas.

É válido ressaltar que as relações humanas se estabelecem a partir dos princípios de disponibilidade e continuidade, confiança e previsibilidade. Geralmente, nessas condições, podemos contar com nossos progenitores, porque é neles que encontramos apoio e cuidado. As relações passageiras ou casuais são cheias de incertezas e ansiedades.

Sabendo desses pontos que caracterizam a adolescência, podemos considerar que ela, simultaneamente com a puberdade, são momentos singulares para o estabelecimento de bases para um posterior diálogo amoroso, adulto e maduro.

O treinamento para o amor se dá a partir de uma amizade saudável, enriquecedora e repleta de carinho, respeito e admiração.

Todo o caminho de descoberta que acontece nessa fase de nossas vidas é válido e libertador, quando orientado por valores eminentemente construtivos: conhecimento, compreensão, aproximação para compartilhamento de realidades mais profundas, como por exemplo: aspectos afetivos, psicológicos entre outros.

Juventude: experiência do amor

Essa é a fase do desenvolvimento humano em que já somos capacitados a tomar decisões mais maduras.

A experiência do namoro por exemplo, pode não significar ainda o amor propriamente dito, porque essa experiência do amor começa quando se vive o tipo de encontro pessoal onde o casal saberá encontrar meios de viver em paz e harmonia com todos os aspectos da personalidade de cada um.

O noivado é o momento em que um ajuda o outro a desenvolver “algo mais”, e pode ser percebido como a garantia de continuidade e fidelidade ao relacionamento.

Idade adulta: vida do amor

Nesse momento da vida, pais e filhos se desapegam uns dos outros para que os filhos sigam a dinâmica do crescimento e reafirmem sua identidade pessoal. Ao se desapegarem de seus pais, os filhos também criarão novos laços afetivos que poderão resultar na “vida do amor”, determinada pela entrega total de si ao outro.

O matrimonio por exemplo, para chegar a realizar-se, é necessário que ambos compreendam a necessidade de continuidade, confiança e previsibilidade.

  • A continuidade nos ajuda a resolver conflitos, que são algo natural em qualquer casal que deseje encontrar harmonia, capacidade de perdoar e equilíbrio, afim de aumentar os níveis de compreensão recíproca.
  • A confiança nos ajuda a superar a preocupação de perder o(a) parceiro(a), tendo que começar uma nova relação intima da “estaca zero”.
  • A previsibilidade dá forças à caminhada a dois, pois essa necessita de estabilidade e segurança para que a elaboração de planejamentos e projetos futuros do casal possam existir.

Avaliação crítica: Quando adultos e maduros, tendemos a ativar em nós quase que automaticamente, um mecanismo de autoavaliação e crítica aos fatos e ações de outras pessoas, porque acreditamos que, assim como qualquer outra pessoa, podemos sim cometer erros e falhas. Dessa maneira, passamos a aceitar nossas limitações e fraquezas.

Ao contrário dos adultos, crianças tendem a aceitar tudo mais facilmente, sem julgar, avaliar ou criticar. O adolescente, ao contrário da criança, critica, e critica muito, principalmente as atitudes dos adultos. Porém, ele não se preocupa em avaliar se ao criticar ele está sendo errado ou não.

Pode-se dizer que o adolescente critica “por esporte”, e isso o auxilia no desenvolvimento de seu senso crítico.

O jovem, ao contrário do adolescente, se preocupa um pouco mais em avaliar sua própria postura diante de uma crítica. Ele se questiona mais sobre o que é considerado aceitável ou não, correto ou não, e se preocupa em tomar o posicionamento mais adequado para o bem de todos. Por vezes é difícil e duro para o jovem aceitar uma falha vinda de si mesmo, pois sabe que sua autocritica poderá ser grande. Para ele, aceitar uma crítica vinda de outra pessoa, nem sempre será tarefa fácil em um primeiro momento. Ele ainda não compreende por completo a intenção da pessoa que o criticou.

E qual é o objetivo da crítica ou da autocritica na vida das pessoas?

A finalidade da crítica é a analise atenta e, quanto possível, objetiva, do modo de agir das pessoas. A ideia é que esse seja um processo de identificação de causas, avaliação de riscos e busca de soluções. Tudo em prol de um único objetivo: encontrar ou formular uma verdade.

O início do processo de amadurecimento pessoal se dá, quando começamos a praticar mais a autoanálise, autocritica e autorreflexão. Isso acontece quando tomamos consciência das críticas que as pessoas nos fazem, e aceitamos o fato de que somos seres passíveis de erro, assim como todo mundo.

Esta atitude de autocritica, autoavaliação e autorreflexão, quando se torna habitual, é uma condição realmente eficiente e confiável para:

  • O diálogo construtivo, onde diferentes opiniões sejam respeitadas;
  • A crítica objetiva e construtiva da forma de ser e agir de outras pessoas;
  • A análise e avaliação objetiva dos fatos e acontecimentos.

Porém, para que a crítica seja objetiva e construtiva, deverá respeitar duas condições:

 

  • Em primeiro lugar, devem ser reconhecidos de forma sincera, os aspectos positivos da pessoa ou do fato em avaliação. Lembre-se que sempre existirão aspectos positivos, e não reconhece-los é sinal de imaturidade. Pessoas que não reconhecem aspectos positivos em outras pessoas, não estão preparadas para receber críticas de forma madura.

 

  • Uma segunda condição: evitar julgar as intenções alheias, afim de resguardar suas próprias intenções. O terreno da intencionalidade é o mais oculto e íntimo do ser humano, sendo assim, ao criticar e avaliar/julgar o outro, podemos estar cometendo sérios erros. Todos nós algum dia já realizamos algo ou fizemos alguma escolha sem saber o porquê o fizemos. Sendo assim, se nós mesmos desconhecemos nossas motivações mais ocultas, como podemos interpretar e julgar as motivações do outro?

 

Uma crítica ou autocritica madura, tem como consequência, o entusiasmo de quem a recebe. Isso porque existe intenção em melhorar e crescer. A crítica construtiva é sempre um estímulo para pessoas maduras.

Se nos “afundamos” ou nos magoamos excessivamente com o que nos foi pontuado, provavelmente não sejamos pessoas maduras o suficiente, ou talvez a crítica não tenha sido objetiva e/ou construtiva o bastante. Isso sempre acontece quando interpretamos as intenções dos outros ou os outros interpretam as nossas.

Convido você a refletir um pouco sobre como tem sido as críticas que você tem feito a outras pessoas. Elas tem sido realmente objetivas, ou são uma projeção de sua própria maneira de ser, pensar e/ou sentir? Você vive na dependência daquilo que as pessoas pensam e dizem sobre você? Quais são suas qualidades e virtudes?

Senso de responsabilidade: Uma pessoa madura e psicologicamente adulta tem plena consciência das motivações do seu modo de agir. Ela não age sem refletir sobre as finalidades e os efeitos de suas ações. A criança, por outro lado, age de maneira irresponsável e sem refletir sobre suas ações. Ela age inocentemente, quase que por instinto.

O adolescente por sua vez, age movido e determinado por finalidades conscientes, mas sem se preocupar com a legitimidade das causas que motivam seu modo de agir.

O jovem, quando se trata de responsabilidade, costuma ter bons resultados. Por estar próximo da vida adulta, saindo da fase da adolescência, ele ainda possui traços de responsabilidade advindos de sua fase de vida anterior, mas também busca sua melhoria continua, afim de se tornar um adulto responsável e maduro.

O ser humano aprende desde a infância, a gradativamente assumir a responsabilidade por suas opções. De nada adianta tentarmos falar ou aconselhar com o intuito de formar homens realmente responsáveis. O “senso de responsabilidade” é fruto de vivencias e experiências de cada indivíduo. Trata se de um processo progressivo de autoconsciência e educação.

Sobre a postura de um adulto responsável, podemos afirmar que:

  • Age de maneira eficaz e alcança seus objetivos;
  • Não se acomoda;
  • Persevera e não desanima diante de desafios, sejam eles novos, ou velhos conhecidos;
  • Esforça-se para que suas ações sejam fundamentadas em bons argumentos e/ou ferramentas, afim de evitar soluções temporárias e ineficazes;
  • Assume a responsabilidade de orientar e cuidar, quando necessário, das pessoas que o auxiliarão no cumprimento de uma determinada tarefa.

O homem que foge das responsabilidades, que não se arrisca conscientemente, quando preciso, que não assume, que não se compromete, tem traços de imaturidade como de uma criança.

É válido ressaltar a importância de ter clareza dos porquês que motivam a forma de agir do adulto maduro e responsável. É preciso que a causa que motiva a ação seja legitima, e para que isso aconteça, ela deve estar sempre fundamentada na verdade. É necessário ainda que os frutos dessas ações sejam um bem para outras pessoas e/ou para a sociedade, de modo que também não prejudiquem ninguém. Por exemplo, uma pessoa não precisa “pisar” em outra para crescer profissionalmente.

Para que a legitimidade de nossas ações fiquem cada vez mais claras em nossas vidas, é necessário que busquemos constantemente meios que nos auxiliem nesse processo. A autorreflexão, o exame da autoconsciência, o compartilhamento de uma ideia com um grupo de pessoas, ou a busca de orientação com pessoas mais maduras são alguns dos meios aos quais podemos recorrer para reforçar a legitimidade de nossas causas.

Sabendo disso, convido você a refletir então sobre como tem sido e quais tem sido as motivações que o(a) levam a agir como você age. Você tem assumido responsabilidade sobre o que tem feito? Uma vez que tome a decisão de agir em prol de alguma causa, você se enxerga como uma pessoa eficaz, rápida, perseverante e que busca o melhor resultado?

Adaptabilidade: A capacidade de adaptar-se às diversas circunstancias da vida está diretamente associada ao adulto maduro, pois crianças são seres indefesos e não apresentam capacidade de adaptação.

Ao contrário do que muitos pensam, no caso das crianças, o ambiente e as circunstancias é quem devem ser adaptados. Já o adolescente, apresenta uma extraordinária capacidade de se adaptar às diversas circunstancias e pessoas, mas muda inesperadamente de opinião e comportamento, o que dificulta a compreensão de suas reais motivações. Os jovens são mais maduros um pouco e possuem facilidade em se adaptar às circunstâncias. Por estarem entre a fase de adolescência e a fase adulta, até mesmo pela preocupação e a responsabilidade que já buscam para adentrar a próxima fase de suas vidas, os jovens tendem a ser mais flexíveis, mais compreensivos e mais adaptáveis.

Pessoas maduras estão dispostas a aceitar valores tradicionais da sociedade, e ao mesmo tempo renovar-se a partir de novas ideias, ou seja, elas tem grande capacidade de adaptação.

Quando falamos em capacidade de adaptação, não podemos deixar de ressaltar que:

  • Antes de aprendermos a nos adaptar ao meio ambiente, devemos aprender a conviver, consciente e serenamente com nós mesmos.
  • Em situações de conflito com as pessoas, é necessário saber administrar as situações e acontecimentos, e não ignora-los ou eliminá-los.
  • O ser humano sempre possuiu e sempre possuirá capacidade de crescer e mudar. Isso faz com que tenhamos motivos para viver. Sabendo disso, é fácil compreender que pessoas que não entendam a necessidade de mudanças e rejeitem toda possibilidade de adaptação, dificilmente evoluirão na vida.

E você? Como você tem se comportado diante do sucesso, e do fracasso? Considerando que somos seres em constante mudança, evolução e amadurecimento, como você tem reagido diante das possibilidades de mudança e crescimento que surgem em sua vida?

Capacidade de perdoar: O perdão é essencial para termos uma vida mais feliz e equilibrada e nos aceitarmos como somos. O ser humano é realmente extraordinário e já realizou feitos incríveis! Mas ainda tem dificuldade em lidar com suas emoções e sentimentos. Tem dificuldade em aceitar-se tal qual ele é e não dá a si mesmo uma oportunidade de recomeço por meio do perdão e da autoaceitação.

Sim! Perdão e autoaceitação caminham juntos, e o adulto maduro tem consciência disso. Ele sabe que é aceitando as próprias falhas e os próprios erros, que podemos verdadeiramente nos perdoar e viver uma vida sem “feridas abertas”. Todos somos passiveis de erro, e estamos sempre em busca de nos melhorar como seres humanos.

Um adulto maduro sabe perdoar a si mesmo pelas falhas cometidas. Ele é capaz de perdoar os outros por suas falhas, ainda que estas o tenham prejudicado grandiosamente. Ele é capaz de pedir perdão aos outros pelo mal que causou a elas.

Para ter uma vida livre de histórias do passado, é essencial que saibamos da importância e do poder que tem o perdão.

A criança, justamente por não saber muito bem o que é aceitável ou não, correto ou não, assim como em relação à responsabilidade, ela age de forma inocente. Ela não guarda mágoas e não age de forma pensada para prejudicar alguém a ponto de precisar de perdoar ou ser perdoada.

O adolescente por sua vez, já conhece o poder e a importância do perdão, mas ainda assim, enxerga-se como um ser mais merecedor de perdão do que um ser com necessidade de perdoar. O caso mais comum quando se trata de adolescentes é o daqueles que julgam os pais culpados por suas frustrações e incapacidades. Entretanto, pelas Leis Divinas, os únicos seres que são realmente e verdadeiramente merecedores de receber perdão acima de qualquer coisa, são nossos pais.

Para o jovem, em busca de amadurecimento, é mais fácil compreender e pôr em prática os 3 tipos de perdão existentes no mundo, ainda que por vezes a imaturidade do adolescente ainda se manifeste em algumas ações e pensamentos de seu dia a dia. O jovem compreende a preocupação de seus pais por exemplo, e a intenção positiva deles ao nos chamar a atenção por exemplo.

Ainda que não seja tarefa fácil para os filhos, perdoar seus pais por alguma mágoa causada ao longo de suas vidas é o gesto mais nobre que eles poderiam ter.

É válido aqui, lembrar os 3 tipos de perdão existentes no mundo:

1º tipo de perdão: Perdoar a si mesmo

2º tipo de perdão: Perdoar as pessoas que nos magoaram

3º tipo de perdão: Pedir perdão às outras pessoas pelas mágoas que causamos a elas.

Sempre teremos a opção de ressignificar sentimentos e contar histórias sob um ponto de vista mais brando, buscando enxergar a intenção positiva das pessoas. O ideal é que saibamos nos colocar no lugar dos outros de modo a tentar compreender os porquês de tudo o que aconteceu. Isso pode não mudar os fatos, mas nos possibilita enxergar as situações sob uma outra perspectiva.

Como seres humanos, nos magoamos facilmente, julgamos na mesma velocidade em que nos sentimos ofendidos e magoados.  Mas como seres humanos adultos e maduros, podemos nos libertar desses fatos que nos fizeram e nos fazem mal, de modo a eliminar sofrimentos muitas vezes excessivos e desnecessários.

Por que sofrer por erros passados se você pode seguir em frente? Por que manter vínculos com pessoas e fatos que te fazem mal?

Aceite-se como você é, e tenha sempre em mente a importância de reconhecer e ter consciência de seus pontos de melhoria. Isso faz parte de nossa busca pela evolução e amadurecimento contínuos. O perdão é essencial neste processo. Transformar decepções em aprendizados e força para continuar é um ato de sabedoria e maturidade.

Desenvolva sua capacidade de perdoar. Por que se culpar por tentar? Por que remoer mágoas? Por que reviver os momentos ruins? E por que não aprender e crescer com o aprendizado que esses momentos podem nos proporcionar?

Sabendo da importância da capacidade de perdoar, eu convido você a refletir então: Você alimenta alguma mágoa do passado, ou se sente maduro a ponto de perdoar a si mesmo e ao outro pelas falhas cometidas? Que história que você conta da sua história?

Toda pessoa, desde o momento de seu nascimento, traz em si a necessidade de evoluir e amadurecer.  Mas o caminho para o amadurecimento não é uma subida penosa e difícil de ser realizada, motivada apenas por vontade própria. O caminho para a maturidade é antes de mais nada uma descida até o mais profundo de nós mesmos. É como um mergulho interior, guiado por necessidades da sociedade e por vezes, por nossas próprias necessidades.

Para compreender as etapas de sua evolução, o homem pode olhar para si mesmo, pode refletir e se permitir ficar em silêncio em alguns momentos. O silêncio não é fuga, mas talvez possa ser descrito como o recolhimento de si mesmo dentro do aconchego das mãos divinas, ou daquilo que fizer sentido para cada indivíduo, como o Ser único que é.

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Todos possuímos dentro de nós aquilo que nos serve para sermos felizes e maduros, mas precisamos buscar dentro de nós os recursos para desvendar esses caminhos até o nosso “baú do tesouro”.

Ninguém pode transformar a si mesmo ou ao outro de fora para dentro. É preciso sabedoria, paciência, dedicação e cuidado para despertar de dentro para fora, o que há de melhor em cada ser humano.

A verdadeira mudança não pode ocorrer senão a partir de dentro da própria pessoa. O que podemos fazer para auxiliá-las é dar amor, confiança e tempo para que ela possa ser ouvida.

A maturidade humana, enfim, é: a conquista pessoal favorecida pelo próprio esforço, somada à influência do meio ambiente, da educação, das pessoas que nos cercam e nos apoiam, e pelo dinamismo da ação do tempo e do Universo em nosso ser.

A lição que fica de tudo isso é: para atingir a maturidade devemos antes de mais nada ter paciência. O Universo tem o melhor esperando por nós. Como dizemos no IBC em uma de nossas formações “O melhor está por vir”. Talvez seja por isso que como seres humanos buscamos tanto nosso aperfeiçoamento constante.

A vida em si, é um processo e somos todos seres caminhando o caminho em busca de nossa melhor versão, daquilo que há de melhor em nós, do amadurecimento e da divindade do homem dentro do homem.