Criança sorrindo, num momento de tranquilidade em meio à hiperatividade infantil

Timof/Shutterstock Ajudar a criança a lidar com a hiperatividade infantil é essencial a que tenha mais qualidade de vida

Hoje em dia ouvimos muito falar em hiperatividade infantil como sinônimo de crianças agitadas, que não conseguem manterem-se quietas ou mesmo ter o controle de suas emoções em determinados momentos.  Neste sentido, estima-se que de 5 a 10% da população mundial de crianças sofra com este tipo de desordem.

Caracterizado como um distúrbio, segundo estudos científicos, a hiperatividade infantil ocorre por disfunções neuronais e, de algumas partes do cérebro como: cerebelo, lobos frontais e também dos sistemas responsáveis pelos suprimentos de noradrenalina e dopamina.

Na prática, isso faz com que as crianças sejam mais agitadas, impulsivas e também mais desatentas e distraídas em relação a atividades que precisem de concentração. Na vida escolar, isso causa grandes problemas aos pequenos, que de forma alguma são menos inteligentes ou menos capazes, mas que sofrem com a dificuldade de controlar suas próprias ações e emoções, o que acaba prejudicando o seu bom desempenho.

Subtipos de Hiperatividade Infantil

  • Majoritariamente Hiperativo
  • Majoritariamente Desatento
  • Fusão de Hiperativo + Desatento – tipo mais frequentes.

Doenças Coexistentes

  • Ansiedade e depressão;
  • Bipolaridade e compulsões;
  • Comportamentos difíceis de lidar;
  • Dificuldade de aprendizado
  • Dependência química (álcool e drogas)

A hiperatividade infantil é uma doença realmente desafiadora, por isso mesmo, os pais e educadores podem ter grandes dificuldades para lidar com crianças hiperativas, pois elas precisam de muito mais atenção, cuidado, orientação e de maior apoio também. Digo isso porque ter autocontrole é muito difícil para elas, o que faz com que tenham comportamentos difíceis de lidar.

Segundo pesquisas, a doença também acomete mais os meninos (80%) do que as meninas (20%), entretanto, isso não é unanime, pois muitos pesquisadores acreditam que a porcentagem de mulheres com o problema seja maior que o número acima apresentado. A boa notícia é que, pelos menos 40% dos hiperativos deixam de sofrer com os sintomas da doença na adolescência, a má é que 60% vão continuar a tê-los em sua vida adulta.

Como Lidar com a Hiperatividade Infantil?

Ao identificar sinais de que seu filho pode ter hiperatividade é importante levar sua criança até um especialista em comportamento infantil (psicólogo, pediatra e psiquiatra, por exemplo) para que o diagnóstico correto possa ser feito. Dependendo do nível, muitos especialistas recomendam o uso de remédios. Entretanto, antes de tudo, é importante considerar outras possibilidades, para que seja tomada a melhor decisão para a criança.

PSC

Além disso, é essencial que os pais tratem seus filhos sempre com respeito, pois as ações provenientes de sua hiperatividade não são algo que eles possam conscientemente controlar sozinhos. Portanto, nada de julgar seus pequenos, fazer comentários negativos ou comparações com outras crianças.

Dê o seu amor, paciência, oriente e sempre instrua sobre os melhores caminhos e também respeite o tempo da criança. Se necessário, repita as instruções quantas vezes forem preciso, pois por conta da desatenção, eles podem não entender na primeira. Outro ponto é buscar criar uma rotina bem organizada para seu filho, ou seja, definir um cronograma de atividades e os horários de comer, estudar e dormir, por exemplo.  Isso vai ajudar muito!

Aproveite estas dicas e, da melhor maneira possível, ajude seus filhos a lidarem com seu problema e a conquistarem mais qualidade de vida. Isso vai ajudar a que possam ser mais confiantes e felizes e a que, em sua vida adulta, tenham grandes resultados pessoais e profissionais.