Quando falamos em Processo Evolutivo do Homem, é comum que façamos uma associação imediata com estudos relacionados à Antropologia e à teorias que relatem e comprovem a evolução do Homem primitivo sobre a Terra, como por exemplo a Teoria do Evolucionismo, desenvolvida por Charles Darwin.

Entretanto, o Processo Evolutivo do qual falamos, refere-se à minha Teoria dos 7 Níveis do Processo Evolutivo, que desenvolvi após mais de duas décadas de estudos e pesquisas.

A Teoria dos 7 Níveis do Processo Evolutivo tem como fundamento, dentre outras várias fontes de pesquisa, as pirâmides de Abraham Maslow,  Robert B. Dilts e Richard Barret. Ambos os estudos abordam respectivamente as necessidades dos seres humanos , os níveis neurológicos e os estágios de desenvolvimento psicológico.

Quando falo em 7 Níveis do Processo Evolutivo, me refiro não somente a esses três aspectos, mas sim a uma evolução pessoal que transforme e evolua a essência de quem verdadeiramente somos. Podemos chamar de evolução na Alma.

Quando falamos em caminhar o caminho do processo evolutivo, falamos sobre buscar continuamente nossa melhor versão. Falamos sobre a busca da divindade do Homem dentro do Homem, e do poder que cada um de nós tem, de encontrar o equilíbrio entre nossa luz e nossa sombra, a unicidade da dualidade do ser humano.

Conforme acreditam os cristãos, Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança, e pensando sob o aspecto do processo evolutivo de José Roberto Marques, talvez essa afirmação faça sentido.

Talvez, a criação do Homem tenha sido uma das obras divinas mais importantes. Na Bíblia por exemplo, existem trechos que relatam a singularidade do Homem de várias formas diferentes. Em Gen. 1:26, diz que Deus falou consigo mesmo antes de criar o Homem, porém ele não fez a mesma coisa quando criou as outras coisas. Também em Gen. 1:26-27 diz que Deus criou o Homem à sua própria imagem e semelhança.

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Relatos da Bíblia afirmam ainda que no momento da criação, foi apenas no Homem que Deus adicionou uma natureza diferente, soprando nele o espirito que representa o princípio da vida.  Ainda de acordo com a Bíblia, o Homem é composto de duas substâncias, a substância material (corpo), e a substância imaterial (alma).

A alma é a vida do corpo, sendo assim, quando a alma se retira, o corpo morre. Ela é um princípio inteligente e dá vida ao corpo Humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração do mundo exterior. Ela e o espírito são inseparáveis, e, por estarem tão interligadas, as palavras “espírito” e “alma” muitas vezes se confundem.

O espírito faz com que o Homem seja diferente de todas as outras criaturas. Ele é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui e usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo.

Quando o Homem recebeu o sopro da vida, recebeu também uma natureza capaz de conhecer, amar e servir a Deus. Sendo assim, a vida humana pode ser interpretada como um presente divino. A partir desse presente, o Homem deu início ao seu processo de evolução contínua.

Existe uma lenda hindu que conta que houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas por não saberem utilizar sua divindade de forma inteligente, o mestre de todos os deuses, tomou a decisão de tirar do Homem esse poder divino, e escondê-lo em algum lugar onde fosse quase impossível de encontrar.

Muitas foram as sugestões, mas o mestre dos deuses, com todo seu poder e sabedoria, decidiu esconder a divindade do Homem dentro do Homem, porque ali seria o único lugar onde ele muito provavelmente jamais pensaria em procurar.

Ao refletir sobre essa lenda, e associá-la à teoria dos 7 Níveis do Processo Evolutivo, é possível perceber que talvez nossa existência na Terra seja realmente uma oportunidade de nos tornarmos melhores a cada dia. É como se nossa existência na Terra fosse um processo de despertar. O despertar da luz interior que cada ser humano carrega dentro de si.

Como falamos anteriormente, todo ser humano é dual, ou seja, possui dentro de si Luz e Sombra, que podem ser interpretadas como nossa melhor e pior parte. E chegará o dia em que essas duas partes estarão em equilíbrio e harmonia.

Nesse dia, nossa divindade interior terá sido redescoberta, e nossa Luz poderá iluminar a todos aqueles que estiverem na Terra, passando pelo processo de aprendizado e evolução.   Nesse dia nos tornaremos almas “voluntárias”, que auxiliarão os que aqui estiverem “aprisionados”.

Existe uma outra lenda que fala sobre prisioneiros em uma caverna escura, que viviam acorrentados de costas para a entrada. Tudo o que eles viam eram suas próprias sombras refletidas nas paredes daquele ambiente que parecia ser tudo o que eles possuíam.

Aquele era o limite do “mundo” no qual viviam, até que um dia, um dos prisioneiros conseguiu escapar e ao deixar a caverna, pôde perceber que havia luz, muita luz do lado de fora. Ele ficou maravilhado com tudo o que viu e decidiu voltar à caverna para contar a todos sobre o que havia descoberto.

Mas em vez de gratidão e apoio, tudo o que ele recebeu foi descrença, falta de fé, de coragem e apoio. Ninguém quis acompanhá-lo para fora daquele mundo de sombras. Ninguém ousou fazer diferente, sair da zona de conforto e descobrir o caminho da luz.

A Terra, a nossa vida como nos é dada hoje, é uma oportunidade de sair dessa caverna cheia de sombras e escuridão, para encontrarmos nossa Luz. É como se vivêssemos aqui, aprisionados em nós mesmos, e tivéssemos a oportunidade de contar com o auxílio de “Seres de Luz” para caminhar o caminho da autodescoberta, do autoconhecimento, em busca de nossa Luz interior, em busca da divindade que nos foi tirada e escondida dentro de nós mesmos.

A maneira como conduzimos nossas histórias, pensamentos e ações, nos possibilitam caminhar o caminho dentro do processo evolutivo, partindo do princípio de que o primeiro passo é QUERER. Querer se autoconhecer, querer fazer diferente, querer mudar, querer ser uma pessoa melhor a cada dia.

Nesse processo de imersão, de mergulho para dentro de nós mesmos, existirão momentos em que nos lembraremos de passagens de nossa vida que estavam guardadas em nosso subconsciente. E talvez essas passagens nos ajudem a entender os porquês de sermos quem somos e de agirmos como agimos. O que jamais lembraremos é de como eram nossas vidas antes de virmos para a Terra.

Dizem, que antes de virmos para este planeta, escolhemos nossa família, escolhemos se vamos ser homens ou mulheres, em que lugar nasceremos e quem serão as pessoas de nosso convívio. É como se pudéssemos escolher nosso próprio personagem para ser enviado à Terra, inicialmente como um bebê, e ir desenvolvendo esse personagem, buscando evoluir continuamente.

A partir de nossa chegada ao planeta Terra, poderíamos contar com a ajuda de outros personagens para nos ensinar as regras da vida e da sociedade. Mas ao chegar aqui, ninguém se lembrava das regras, ninguém se recordava das Leis Divinas. Sendo assim, como seres humanos, providos de inteligência e habilidades únicas, criamos nossas próprias regras.

Desde então, nos tornamos seres extraordinários, vivendo essa experiência única e magnífica na Terra, em busca de nossa melhor versão, em busca da nossa Luz. E não percebemos, mas além daqueles Seres de Luz que nos auxiliam em vida, existem ainda aqueles que nos cuidam de longe, nos enviando impulsos energéticos e sinais. O grande problema é que muitas vezes ignoramos estes sinais, porque, talvez, não estejamos prontos o suficiente para sentir e experienciar num nível tão profundo…

Nossa falta de fé em nós mesmos, e o medo de confiar no que chamamos de intuição, nos bloqueia a visão e impede nossas ações. Por isso, devemos cada vez mais buscar nossa conexão com nosso Eu Maior.

Devemos acreditar mais em nós mesmos e nos sinais que o Universo nos envia e esses sinais podem estar ligados a nossa evolução de compreender os campos sutis, de desenvolvermos uma mudança de mindset no nível quântico, energético, que nos dará a incrível capacidade de sentir e transcender o intangível, subjetivo, abstrato e a nós mesmos…

E como é bom saber que todas as respostas que buscamos estão dentro de nós… Basta fazer a pergunta certa, e a resposta ecoará em nossa alma a cada batida de nosso coração, como se nossa mente consciente promovesse um ENCAIXE com nossa mente inconsciente, como se o corpo se conectasse profundamente com nosso espírito e consequentemente com nossa alma… É como se o nosso Ego e Alma vivessem a Unicidade da Dualidade da Divindade Humana na Terra.

Talvez seja difícil para o Homem entender que sua passagem pela Terra nada mais é do que uma sequência de testes, provas e oportunidades de evoluir e compreender que no final de nossa jornada, o maior prêmio a ser recebido será ter de volta a divindade que nos foi tirada.

Sim, pode ser difícil acreditar que dentro de cada um de nós esteja guardada uma luz, uma divindade. Mas até pouco tempo atrás também acreditávamos que éramos a única forma de vida existente no universo. Hoje, sabemos que estávamos equivocados em nossa percepção.

Ao longo da vida, aprendemos e desenvolvemos muitas crenças, principalmente aquelas que nos alimentam o sentimento de medo. Essas crenças acabam sendo repassadas por gerações e gerações. Cabe a cada um de nós perceber os chamados que recebemos do Universo, para olhar para dentro de nós mesmos, e buscar recursos para despertar a nossa parte adormecida.

Quanto maior for a confiança e a fé depositada em nós mesmos, maior será a conexão com nossa parte adormecida, e consequentemente nos reconectaremos muito mais rapidamente com a essência de quem verdadeiramente somos.

Esse movimento de autoconhecimento e fé em si mesmo, tem contribuído muito para que a humanidade, trabalhando em conjunto com seus semelhantes, aumentem continuamente a frequência energética do planeta.

A Terra como a conhecemos hoje é resultado de um processo de transformação e de transcendência do sétimo nível do processo evolutivo que trata de propósito, legado e espiritualidade.

Transcender a espiritualidade significa atingir a Luz, significa o equilíbrio total de todas as energias de nosso corpo, o alinhamento de todas as áreas da vida, com todos os nossos pontos energéticos.

Transcender o sétimo nível do processo evolutivo significa a harmonização de yin-yang e de tudo o que energeticamente existe em nosso planeta. Esse alinhamento, essa harmonização e esse equilíbrio podem ainda significar a morte.

Sabendo que a morte é uma natureza cíclica da vida e que todo final de ciclo significa um reinício, podemos entender que a morte nada mais é do que o começo de um novo ciclo ou o início da vida eterna, formando assim um ciclo completo da vida.