Nos últimos tempos, a palavra “empatia” tornou-se quase um clichê, tamanho o crescimento da sua utilização nos mais diversos contextos. Nos livros, nas frases e até mesmo na programação televisiva, muito se fala sobre como a empatia pode beneficiar os nossos relacionamentos e evitar o surgimento de conflitos.

Além da vida pessoal, a área profissional também pode ser muito beneficiada quando as pessoas tornam-se mais empáticas. Os negócios fluem com mais ética e transparência quando as pessoas pensam umas nas outras, e não apenas nos seus próprios interesses. Para compreender como a empatia pode beneficiar os negócios, continue a leitura deste artigo!

O que é a empatia?

De acordo com o dicionário, a empatia é uma forma de identificação intelectual ou afetiva de um indivíduo com uma pessoa, uma ideia ou uma coisa. Em outras palavras, agir com empatia significa colocar-se no lugar do outro, procurando imaginar os sentimentos, pensamentos e comportamentos que fazem parte do ponto de vista daquele ser.

Nenhuma pessoa pode efetivamente saber como é estar na pele da outra, mas essa tentativa de analisar as situações sob o ponto de vista do outro indivíduo é a empatia. Trata-se de um exercício constante de combate ao egoísmo, entendendo que é possível compreender as circunstâncias da vida de outras maneiras, que não apenas a nossa.

Esse exercício nos ajuda a ser mais humildes e respeitosos para com os outros, o que previne diversos conflitos. Assim, podemos resumir a essência da empatia na frase: “Faça ao outro aquilo que você gostaria que fizessem a você e não faça ao outro aquilo que você não gostaria que fizessem a você”. É um princípio básico, muitas vezes ensinado desde a infância e que faz parte de muitas tradições religiosas, mas que as pessoas parecem esquecer em alguns momentos.

Por que é importante ser empático nos negócios?

Na vida profissional, lidamos diariamente com diversas pessoas, muitas vezes tendo conflitos de interesses com elas. Nas empresas, os públicos são os mais diversificados, incluindo os colegas de trabalho, os chefes, os clientes, os parceiros de negócios, os concorrentes, entre outros. A empatia permite que as pessoas coloquem-se no lugar umas das outras, encontrando soluções que satisfaçam minimamente a todos os envolvidos.

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A seguir, você conhecerá melhor a importância da empatia com os diferentes agentes dos negócios nas empresas.

  1. Com os clientes

Toda empresa surge com o propósito de promover algum benefício à sociedade, por meio dos seus produtos ou serviços. Contudo, para que esse processo ocorra, é fundamental que os empresários coloquem-se no lugar dos clientes.

De que o consumidor precisa? Quais são os seus medos? Desejos? Necessidades? Sonhos? O que ele espera dos seus produtos/serviços? De que forma a empresa pode fazer a vida dele mais fácil ou mais interessante? As pesquisas de mercado são realizadas sempre com o objetivo de coletar o máximo possível de dados sobre o público. Dessa forma, é possível elaborar soluções compatíveis com as suas necessidades.

Não adianta que o empresário conduza as ações da instituição com base em seu gosto pessoal. É preciso satisfazer o cliente, afinal de contas, é a escolha dele que garante a sobrevivência e o crescimento da organização. Daí a importância da empatia junto desse público.

  1. Com os parceiros

Além dos clientes, as empresas também possuem parceiros, ou seja, sócios, investidores, acionistas, patrocinadores e fornecedores de materiais e serviços que garantam o bom funcionamento da organização.

Sempre que alguém presta algum serviço ou investe em uma empresa, esse indivíduo ou instituição desejará receber algo em troca. Pagamentos, participação em lucros, permutas, visibilidade em eventos e até mesmo créditos por ideias são algumas dessas moedas de troca.

A empatia surge nesse contexto para que os parceiros compreendam o que a empresa espera deles e para que a empresa coloque-se no lugar deles, oferecendo-lhes uma compensação justa pelos serviços prestados ou pelo dinheiro investido. A postura empática torna os contratos mais justos e benéficos a todos os envolvidos, sem que alguém seja beneficiado demais e sem que o outro seja “sacrificado” demais.

  1. Entre chefes e funcionários

A empatia também é um fator essencial, que deve conduzir as relações entre os chefes e os funcionários. Se você é um líder na empresa em que trabalha, precisa pensar no bem-estar dos seus colaboradores, afinal de contas, é da força de trabalho e dos conhecimentos deles que a empresa sobrevive.

Por isso, a organização deve colocar-se no lugar dessas pessoas, de modo que possa pagar a elas salários justos, respeitar os seus direitos trabalhistas, oferecer-lhes uma estrutura segura e adequada para a execução das suas atividades e proporcionar-lhes um ambiente agradável e harmônico, onde seja prazeroso estar e trabalhar.

Dá mesma maneira, os funcionários devem colocar-se no lugar dos chefes: “se eu fosse o coordenador do departamento, será que eu gostaria de ter a mim mesmo como funcionário?”. Esse tipo de questionamento leva os funcionários a tornarem-se mais competentes, assíduos, pontuais, estudiosos, atentos e dedicados em seu dia a dia, tornando-se os colaboradores que eles mesmos gostariam de ter, caso fossem os chefes.

  1. Com os colegas

Mesmo que você não seja um líder na organização em que trabalha, certamente tem que conviver com os colegas de trabalho. Hoje em dia, os departamentos e cargos estão cada vez mais integrados, de modo que aquilo que um funcionário executa influencia e é influenciado pelos trabalhos dos seus colegas.

Por isso, o desempenho de uma equipe, setor ou departamento não depende apenas desse ou daquele funcionário. É preciso que todos estejam em sintonia, evitando os atrasos, o descuido e os erros em todo o processo. Portanto, executar as suas funções da melhor maneira possível é ter empatia com os colegas.

Se um colaborador cometesse erros por descuido e prejudicasse o seu trabalho, você certamente não gostaria disso, não é mesmo? Dessa forma, dedique-se ao máximo em suas atividades, em respeito à sua empresa e aos seus colegas.

  1. Com os concorrentes

Por fim, é muito importante ser também empático com os seus concorrentes. Colocar-se no lugar deles permite que o jogo mercadológico seja justo e ético, sem que qualquer um dos competidores quebre as regras ou recorra a meios ilegais ou imorais de vencer a concorrência.

Você gostaria que o seu concorrente espionasse e roubasse as suas ideias? Que baixasse drasticamente os preços sem qualquer justificativa? Que falasse mal dos seus produtos ou serviços para as pessoas em geral? Que inventasse boatos que manchassem a sua imagem junto ao público? Certamente, isso seria algo muito prejudicial. Portanto, jamais aja dessa maneira com os seus concorrentes. Ter um adversário requer respeito e empatia.

Como você pode perceber, agir com empatia é um fator fundamental aos negócios hoje em dia. Todo mundo tem chefes, funcionários, colegas, clientes, parceiros e concorrentes com os quais lidar. Nessa diversidade de públicos, é natural que surjam interesses conflituosos, de modo que a empatia faz com que cada parte lute pelos seus objetivos, mas sem prejudicar o outro.

E você, querida pessoa, o que pensa sobre a empatia no mundo dos negócios? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Além disso, lembre-se de compartilhar este artigo nas suas redes sociais. Leve esta reflexão a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais se interessar sobre este tema!