Em todas as áreas das nossas vidas, é muito importante termos metas. São elas as responsáveis por orientar a nossa trajetória. Uma vida sem objetivos é uma vida infeliz. No entanto, tão importante quanto definir esses objetivos é mapear a jornada, e é esse o propósito de um Plano de Desenvolvimento Individual, também conhecido como PDI.

Essa ferramenta costuma ser aplicada por gestores em seus funcionários, mas nada impede uma pessoa de elaborar o seu próprio PDI, que pode incluir metas pessoais, profissionais, financeiras, entre outros. Para saber mais sobre a importância de um PDI e sobre os itens que o devem compor, continue a leitura deste artigo.

O que é um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)?

O PDI é um plano que sistematiza o alcance de um objetivo. Nele, devem constar os objetivos delimitados pelo indivíduo, além de um conjunto de ações estratégicas que permitam o alcance dessas metas. Basicamente, pode-se dizer que ele é um roteiro detalhado que determina o caminho a ser percorrido entre o ponto em que o indivíduo está atualmente e o ponto em que ele deseja estar futuramente.

Nas empresas, o PDI também cumpre o propósito de desenvolver em cada colaborador diferentes habilidades e competências. Isso permite que esse colaborador se desenvolva profissionalmente, o que é benéfico para a sua carreira individual, mas também para que coloque essas habilidades a serviço da empresa.

Isso permite que os gestores consigam mapear as competências dos membros das suas equipes, além de conciliar os objetivos organizacionais às habilidades de cada um. Dessa forma, tanto a empresa quanto o colaborador saem ganhando.

7 passos práticos para elaborar um PDI

Um bom PDI é uma poderosa ferramenta para permitir que o indivíduo alcance os seus objetivos, melhore os seus resultados, cresça em sua carreira (ou em outras áreas da vida, se for o caso) e ainda ajude a empresa a crescer e a reter talentos.

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Por todas essas vantagens, é essencial saber fazer um PDI com organização e planejamento estratégico. Para isso, confira, a seguir, 7 passos práticos para a elaboração dessa ferramenta.

1. Analise o cenário atual

Como citamos anteriormente, o propósito de um PDI é mapear a trajetória de um indivíduo entre o seu ponto atual e o seu ponto desejado. Por isso, é natural que a primeira etapa desse projeto seja a análise desse ponto atual. Isso exige bastante autoconhecimento.

Nesse ponto de partida, é importante que o indivíduo crie uma lista com os seus pontos fortes e outra com os pontos que ainda precisam de melhorias. Nessas listas, é necessário incluir os traços da personalidade, os conhecimentos técnicos e também aquelas competências mais gerais. Um bom PDI será capaz de permitir que a pessoa não apenas amplie as suas forças, como também que aja no sentido de desenvolver os aspectos que não estão tão bons.

2. Estabeleça metas e objetivos

Depois de conhecer bem o ponto atual, é hora de definir o ponto desejado, definir metas e objetivos. Para isso, é fundamental que o indivíduo saiba o que deseja. Isso pode ser o desenvolvimento de uma competência específica, o ganho de uma promoção ou aumento salarial, a implementação de um novo projeto (como a abertura de um negócio próprio ou uma mudança de área profissional), o desenvolvimento de habilidades de liderança, entre outros.

Se estivermos falando de um PDI elaborado dentro de uma empresa, é muito importante que os objetivos individuais de cada colaborador estejam alinhados aos objetivos gerais da organização, de modo que todos saiam ganhando.

3. Desenhe ações estratégicas

Depois de encontrar o ponto inicial e o ponto desejado, o próximo passo é conectá-los. Para isso, é necessário elaborar uma lista de ações estratégicas que permitam que o indivíduo enfim comece a desenvolver-se para alcançar as suas metas.

Nesse ponto, é importante desmembrar aquele objetivo inicial em metas menores, que possam ser sucessivamente alcançadas em prazos mais curtos. Para definir essas ações, é importante que o colaborador converse com os seus gestores e com profissionais da área de recursos humanos.

Em âmbito profissional, essas ações podem incluir cursos, treinamentos, capacitações, estágios, viagens a negócios, entre outras estratégias.

4. Considere as características individuais

Há uma frase atribuída a Albert Einstein que afirma que: “Todo mundo é um gênio, mas se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando ser incompetente”. Isso quer dizer que as pessoas têm características individuais que precisam ser respeitadas.

Se uma pessoa tem um perfil mais introspectivo, isso é um traço da sua personalidade, e não um defeito. É preciso saber diferenciar uma coisa da outra, de modo que o indivíduo não seja forçado a mudar uma característica da sua essência, e não uma competência. Isso pode ser uma experiência frustrante, tanto para o colaborador quanto para o seu gestor.

Portanto, antes de definir o que deve ou não ser alterado, é importante que o indivíduo e o seu gestor conheçam bem as suas características essenciais.

5. Encontre meios de desenvolver os pontos fracos

Toda pessoa tem pontos que ainda precisam de mais desenvolvimento. Esses pontos podem incluir administrar melhor as suas emoções, ser mais organizado, desenvolver a pontualidade, conhecer mais sobre um determinado assunto, dominar uma nova ferramenta ou programa de computador, e por aí vai.

Esses pontos de melhoria consistem em toda e qualquer dificuldade que a pessoa apresente e que esteja provocando algum tipo de prejuízo em sua vida pessoal e/ou profissional. Trabalhar para desenvolver esses aspectos continuamente é um exercício de paciência e determinação. Dê o seu melhor e comemore cada pequena vitória!

6. Faça do feedback uma rotina

Caso você seja o gestor, entenda que o feedback deve ser uma rotina aos seus funcionários. De tempos em tempos, você deve se reunir individualmente com cada um deles, apresentando uma análise de seu desempenho desde a última reunião. Essa análise deve conter todas as vitórias que foram alcançadas, bem com os aspectos que ainda não foram resolvidos.

É essencial que isso seja feito com muito respeito e empatia, afinal de contas, estamos falando de melhorias individuais, o que é um assunto delicado. Seja construtivo nas sugestões que der para que o indivíduo alcance os seus objetivos. Além disso, mostre que você está ao lado dele para auxiliá-lo, mas sempre respeite as suas vontades e objetivos.

7. Avalie os resultados obtidos

Em cada feedback, é essencial que os resultados sejam avaliados. Se você considerar que os seus objetivos estão mais próximos de serem alcançados, é só seguir em frente. Se perceber, porém, que uma estratégia não está surtindo o efeito desejado, é preciso recalcular a rota e adotar uma nova atitude.

Por isso, lembre-se sempre de que o PDI é uma ferramenta que precisa de certa flexibilidade. É claro que você não deve utilizar uma estratégia nova a cada dia, mas precisa ser flexível para adaptá-las às suas percepções de que algo não está indo bem. Não devemos insistir num erro, mas corrigi-lo o quanto antes.

O que você achou dos itens que devem compor um PDI? Será que você já faz algo parecido em sua vida pessoal ou profissional? Deixe as suas opiniões e experiências nos comentários aqui embaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo nas suas redes sociais, levando estas informações a quem mais possa se beneficiar delas!