Até aqui, espero ter despertado você, querido leitor, para duas questões muito importantes sobre conseguir uma extraordinária performance: conhecer e desafiar o nosso cérebro e reconhecer e reprogramar os padrões mentais que nos levam a uma performance mediana.

Agora falaremos mais diretamente sobre instrumentos de otimização da performance e os principais instrumentos são os ativadores men- tais. Algumas pessoas os chamam de “gatilhos” mentais, mas o termo gatilho não me parece muito apropriado. As palavras precisam ser usadas com muito cuidado e uma palavra ligada às armas e à violência não me deixa à vontade. Então, chamamos de “ativadores mentais”.

Ativadores Mentais: todos os seres humanos são influenciados, direta e indiretamente por eles. Os ativadores são espécies de influenciadores que nos persuadem a tomar todos os tipos de decisões em todas as esferas de nossa vida. São faíscas de memórias, intuições, insights… tudo aquilo que nos influencia em uma tomada de decisão.

E por falar em tomada de decisão, estima-se que ao longo do dia, tomamos mais de mil pequenas decisões. Segundo os cientistas da Ben Gurion University, em Israel, isso pode até nos levar a um transtorno chamado “Cansaço de decidir”. Os ativadores surgem, então, como atalhos, menos cansativos, e que, nos ajudam a lidar com as mais diversas situações cotidianas de modo mais produtivo.

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Os ativadores mentais estão relacionados a fatores sociais, emocionais e instintivos a que todos os seres humanos estão expostos. De modo geral são desencadeados por sensações e emoções, entretanto, também são de cunho muito pessoal, ou seja, o que funciona para mim e para você, pode não funcionar do mesmo jeito para outra pessoa.

Em decorrência disso podemos dizer que pessoas diferentes têm emoções diferentes que resultam em ações diferentes também. Não é à toa que uma propaganda funcione tão bem para determinado público, enquanto que outro, mesmo tendo visto e ouvido a mesma mensagem, fique totalmente indiferente ao seu conteúdo. Por isso, existem os ativadores certos para as pessoas certas. Lembre-se sempre disso quando quiser convencer ou influenciar alguém.

PSC

Os cinco sentidos são também ativadores mentais. Na prática isso significa que sempre somos levados a tomar determinada decisão com base na: visão, audição, tato, olfato e paladar. Se fossemos colocar na ordem de ativação, poderíamos dizer que imagem e som se destacam primeiro, na sequência vem à influência do toque e por último cheiro e gosto.

Os ativadores mentais funcionam como uma espécie de atalho, nos fazendo ter um estoque de informações e memórias que nos fazem tomar um ou outro caminho, de modo mais rápido. Eles agem de maneira tão rápida e automática que são quase inconscientes.

Imagine como seria cansativo para o nosso cérebro ter que avaliar profundamente tudo o que nos acontece diariamente!

Ficaríamos quase que 100% do nosso tempo qualificando os contextos e sobrecarregando a nossa mente, o que de maneira alguma seria produtivo para nós, pois como bem sabemos, precisamos agir também.

 

Pesquisas do campo da Neurociência mostram que uma parte rudimentar de nosso cérebro, responsável pela sobrevivência, filtra a informação o qual o cérebro irá processar. Trata-se de uma parte do cérebro chamada “Reptilian Brain” ou Cérebro Reptiliano. Esta área somente permite que a informação continue por nosso cérebro se filtrar aquilo que não representa “perigo”. Por exemplo, quando a informação é entendida como “inofensiva”, buscamos ouvir mensagens completas, permanecemos na linha durante a ligação ou terminamos de ler um e-mail ou um site de vendas.

De modo geral, em maior ou menor grau, todos nós somos influenciados por estes gatilhos, que dizem muito sobre nossa forma de ser e pensar. E, especialmente, sobre como nos comportamos quando expostos a determinada situações cotidianas.