Se alguém lhe perguntasse, “quem é você?”, de que forma você responderia? Você se define pelas coisas que você é ou pelas coisas que você tem?

Responder a essa pergunta é algo bastante complexo. Aliás, há pessoas que afirmam que “quem se define, se limita”. Se você já ouviu essa questão numa entrevista de emprego, ou mesmo num encontro romântico, certamente percebeu como ela é difícil de ser respondida. Mas por que será que é tão difícil compreendermos a nós mesmos?

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Uma pergunta difícil

Definir quem é você é um desafio enorme. Por mais que você esteja consigo mesmo 24 horas por dia, 7 dias por semana, desde que você nasceu, fica difícil resumir essa experiência toda a algumas palavras. Além disso, um grande obstáculo para a obtenção dessa resposta é a falta de autoconhecimento.

O autoconhecimento, ou o conhecimento de si mesmo, é a capacidade que uma pessoa tem de identificar as suas características principais, o que inclui os traços da sua personalidade, os seus pontos fortes, os seus pontos que precisam de melhorias, os seus hábitos, os seus valores pessoais, os seus objetivos na vida, as suas habilidades, o seu desenvolvimento profissional, os seus interesses em geral, entre outras questões.

O problema é que a maioria das pessoas vive sem refletir sobre essas questões. Elas conduzem os seus dias na correria, tomando uma decisão atrás da outra, porém, sem refletir sobre os porquês de agirem da forma como agem. Isso as leva a uma espécie de piloto automático, em que não sabem mais quem são, pelo simples fato de que jamais pensaram sobre isso.

Por que as pessoas ainda se definem pelo que têm?

PSC

A sociedade, em geral, dá muito valor àquilo que as pessoas têm. Hoje em dia, qualquer pessoa é julgada pelo bairro onde mora, pela roupa que veste, pelas viagens que realiza ou pelo celular que utiliza. Isso acontece porque vivemos num mundo consumista.

Estimulado pela publicidade, o consumo tornou-se uma forma de definição. As marcas, hoje em dia, não denotam mais apenas a qualidade de um produto, mas o status do seu consumidor. Uma pessoa que adquire um produto da Apple é automaticamente vista como alguém antenado em tecnologia, moderno e atualizado. Já quem ostenta uma bolsa Louis Vuitton é visto como uma pessoa mais tradicional, mas extremamente sofisticada.

Esses são apenas alguns exemplos de como as pessoas gostam de ser definidas e de como definem umas as outras por meio das suas posses. Mas será que é justo definir alguém apenas por conta de um objeto que a pessoa tem? Será que é correto compreender um indivíduo, na totalidade da sua existência, apenas pelo tamanho da sua residência ou pela marca do veículo que ele dirige?

Ser é mais do que ter

Se você fizer uma lista de todas as suas características, ou ao menos das principais delas, quais você incluiria? Otimista? Sarcástico? Procrastinador? Egoísta? Proativo? Preguiçoso? Certamente, seria uma lista grande, afinal de contas, todos nós temos diferentes componentes de nossa personalidade, e eles aparecem em diferentes circunstâncias das nossas vidas.

Uma pessoa pode ser extremamente calma, mas fica muito nervosa quando alguém prejudica algum amigo ou alguém da sua família, por exemplo. Isso indica que a experiência humana é muito mais complexa do que qualquer rótulo que possamos receber. Você pode ter todos os produtos da Apple, mas, ainda assim, ser uma pessoa de valores extremamente tradicionais.

Isso significa que as marcas quase sempre mostram a maneira como desejamos ser vistos, mas não necessariamente quem nós somos de verdade. Na realidade, cada um de nós é um somatório dos momentos que vivemos, e isso inclui as diferentes áreas da nossa vida:

  • Pessoal (eu comigo mesmo);
  • Social (eu com meus amigos e familiares);
  • Amorosa (eu com meu companheiro);
  • Financeira (eu com meus recursos materiais);
  • Espiritual (eu com minhas crenças naquilo que não se vê).

Como se definir?

Como podemos perceber, a vida humana é extremamente complexa. Se você tem dificuldades em definir a si mesmo, saiba que essa dificuldade é perfeitamente compreensível. Em cada uma das áreas citadas acima, podemos desenvolver horas de análise sobre quem nós somos.

Em geral, podemos resumir essas definições em algumas frases. Por exemplo: “Eu sou uma pessoa alegre e otimista; comunicativa, mas reservada. Amo minha família. Tenho poucos amigos, mas sou leal a eles. Sou solteiro e procuro um amor verdadeiro. Procuro organizar as minhas finanças, mas às vezes acabo gastando demais. Não tenho uma religião, mas creio em Deus. Acredito que honestidade, altruísmo e transparência são os meus principais valores”.

O parágrafo acima é um resumo de alguém que tenta definir a si mesmo nas diferentes áreas da vida. Naturalmente, isso serve apenas como uma introdução, provavelmente para alguém que acabou de conhecer a pessoa. No entanto, é o convívio no dia a dia que demonstrará se as características citadas são reais ou não.

Como se diz popularmente, “contra fatos, não há argumentos”. Isso quer dizer que é nas atitudes de um indivíduo que ele revela quem é, mais do que em qualquer palavra, frase ou discurso. Portanto, preocupe-se mais em demonstrar o seu ser do que em defini-lo.

Como desenvolver o autoconhecimento?

Como citamos anteriormente, o autoconhecimento é imprescindível para que alguém compreenda melhor quem é e por que é assim. Mais do que isso, ele permite que as pessoas saibam defender os seus interesses e a sua integridade, sem ofender ninguém, mas também sem permitir que lhe sejam atribuídos rótulos.

O autoconhecimento pode ser desenvolvido de diversas maneiras. Existem pessoas, por exemplo, que redigem diários ao fim do dia, onde registram os principais acontecimentos da data e os sentimentos que esses acontecimentos produziram. É uma boa maneira de analisar a si mesmo, identificando causas e efeitos para o seu comportamento.

A meditação também é apontada como um instrumento de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Nessa experiência, o indivíduo fica só, com os seus sentimentos e pensamentos, o que o auxilia a ter uma compreensão mais profunda sobre si mesmo, bem como a desenvolver a sua saúde mental.

Por fim, é sempre muito importante lembrar que existem profissionais especializados em nos ajudar a compreender melhor a nossa essência. É isso o que ocorre nas sessões de coaching ou de psicoterapia. Nelas, o indivíduo passa por exercícios, testes e reflexões que o estimulam a compreender as suas forças e os seus pontos de desenvolvimento.

E você, como tem se definido? Como tem desenvolvido o seu autoconhecimento? Deixe as suas respostas no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar desta reflexão. Publique-o em suas redes sociais e leve este conteúdo aos seus amigos, colegas e familiares!