A globalização é o processo por meio do qual os países do globo dependem uns dos outros, sobretudo em termos econômicos, mas também em cultura, em política, em conhecimento etc. Um dos grandes efeitos desse fenômeno sobre a nossa época é o surgimento de empresas transnacionais, ou seja, organizações que romperam as fronteiras dos seus países de origem.

A busca por novos mercados leva essas organizações a adotarem diferentes estratégias para internacionalizarem as suas atividades. Neste artigo, você entenderá o que é uma empresa transnacional, os benefícios que elas oferecem, as diferenças em relação às multinacionais e os mecanismos pelos quais as instituições podem se internacionalizar. Siga em frente e boa leitura!

O que é uma empresa transnacional?

As empresas transnacionais são aquelas que cresceram a um determinado ponto em que se tornou necessário e vantajoso expandir as suas fronteiras para outros países, além da origem da sua matriz. Elas também são conhecidas como ETNs, e o termo “transnacional” vem substituindo o antigo “multinacional”.

As transnacionais são empresas bem-sucedidas que, para continuar crescendo, expandiram o seu alcance a outras nações. Em geral, isso ocorre na busca por novos mercados consumidores, matérias-primas, fontes de energia e mão de obra. Além disso, algumas dessas empresas distribuem as suas atividades em diferentes unidades pelo mundo, com vistas a custos reduzidos e mais eficiência.

Assim, uma transnacional é uma empresa que, de alguma maneira opera em diferentes países, seja por meio de filiais ou de unidades de negócios que estão presentes em mais de uma nação, compartilhando recursos e conhecimentos entre si.

As empresas desse tipo tornaram-se mais populares pelo mundo a partir dos anos 1970, quando a globalização cresceu consideravelmente, em virtude dos avanços nos transportes e nas telecomunicações. Hoje em dia, há transnacionais cujos lucros superam até mesmo o PIB de certos países, para se ter uma noção do poder econômico que a internacionalização oferece a essas organizações.

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Quais são os benefícios desse processo?

Para as empresas transnacionais, não faltam vantagens obtidas com o processo de internacionalização. Entre as principais, podemos citar: aquisição de mão de obra, controle de mercados internacionais, controle de novas matérias-primas e eliminação de barreiras alfandegárias.

No entanto, elas não apenas se beneficiam do processo, como também podem oferecer vantagens à população local dos países em que se instalam. Especialmente nos países em desenvolvimento, essas empresas podem gerar várias oportunidades de emprego. As vagas em questão tendem a exigir mais qualificação e a oferecer remunerações superiores às empresas locais.

Além do mais, a instalação dessas empresas valoriza o local que as recebeu, dado que todo o entorno recebe inovações tecnológicas, melhorias de infraestrutura, novos conhecimentos e práticas mais eficientes. Isso aumenta a receita desses países, favorecendo o seu desenvolvimento. A chegada de novos saberes, tecnologias e oportunidades profissionais favorece a economia desses locais.

O que difere as transnacionais das multinacionais?

Há muita confusão sobre esses dois termos, e, atualmente, os veículos de comunicação têm priorizado o termo “transnacional” sobre o “multinacional”, que era mais comum anteriormente. Contudo, há algumas diferenças na utilização dessas terminologias.

Geralmente, o conceito de multinacional é aplicado às organizações cujas matrizes compram subsidiárias em outros países. Já a transnacional é uma empresa que distribui os seus recursos e as suas responsabilidades por todos os territórios em que atua, mas sem se identificar com um país de origem.

Resumidamente, a multinacional é a empresa que executa atividades internacionais para diversificar o seu portfólio, mas tendo um país-sede. A transnacional, no entanto, não tem esse território fixo, de modo que as suas unidades de negócios espalhadas pelo planeta operam de modo independente, ainda que trabalhem em conjunto sob um mesmo objetivo.

Exemplos de transnacionais

As empresas globais (multinacionais e transnacionais) oferecem, portanto, oportunidades de emprego e de aquecimento geral da economia dos países onde alocam as suas atividades. Por isso, a recepção dessas instituições é sempre um fator positivo, pela qualificação, pelo conhecimento e pelos avanços econômicos que tendem a proporcionar.

No Brasil, algumas empresas com esse perfil são a Nestlé, a Microsoft, a Visa, a Johnson & Johnson, a Ford, entre outras. Da mesma maneira, é importante ressaltar que também há multinacionais brasileiras obtendo bons resultados no exterior, como o grupo JBS, a Gerdau, a Tigre e a Natura. 33 países já receberam empresas brasileiras, sobretudo na América Latina.

Portanto, é possível concluir que o Brasil obtém certo destaque na economia internacional, especialmente em seu próprio continente. Seja para receber organizações de outros países ou para internacionalizar as suas próprias empresas, a globalização tem mostrado os seus efeitos por aqui.

Como uma empresa pode se internacionalizar?

Internacionalizar uma empresa significa alocar ao menos algumas das suas operações em território estrangeiro. Antigamente, esse processo era extremamente lento e burocrático. No entanto, à medida que a globalização torna-se cada vez mais evidente, o procedimento fica mais fácil. A seguir, você conferirá quatro maneiras para que uma organização internacionalize as suas atividades.

1. Por exportações

O meio mais comum e mais fácil de internacionalizar uma empresa é exportar os seus produtos. Contudo, para que isso seja uma alternativa eficaz, é importante conhecer bem os públicos dos países de interesse para que os produtos sejam consumidos. É uma opção de baixo risco, que pode ser efetuada diretamente ou por meio de intermediários, como agentes e empresas distribuidoras.

2. Por franquias

O modelo de franchising também tem crescido muito nos últimos tempos. Ele consiste na internacionalização do modelo de negócios para que franquias da empresa sejam abertas em outros países. No entanto, o modelo precisa ser exatamente igual, em termos de conhecimentos, processos e infraestrutura. É uma das alternativas que mais exigem investimentos em comunicação e marketing, de modo que a marca seja conhecida nos novos territórios.

3. Por joint ventures

Uma joint venture é uma união de duas ou mais empresas em uma parceria, de modo que cada uma das partes envolvidas colabore em algum aspecto do empreendimento. É o que aconteceu, por exemplo, com a Nestlé (da Suíça), que se uniu à Coca-Cola Company (dos Estados Unidos) para a produção e comercialização de chá entre 2001 e 2017. Os riscos tendem a ser maiores, mas, em compensação, a visibilidade obtida quando duas empresas se unem pode trazer bons rendimentos.

4. Por investimento direto

Por fim, o investimento direto é o mecanismo de internacionalização que ocorre quando uma empresa efetivamente abre as suas próprias filiais em outros países, seja por meio da aquisição de empresas locais, seja por suas próprias dependências. Nesse caso, há riscos envolvidos, mas também pode haver benefícios oferecidos pelos governos dos países escolhidos para a instalação das filiais.

Como é possível perceber, as transnacionais são empresas bem-sucedidas em seus países que, por conta dessa “segurança” obtida em seus locais de origem, optam por internacionalizar as suas atividades.

Assim, elas mesmas conquistam diversas vantagens ao se alocarem em outros países, ao mesmo tempo em que levam desenvolvimento socioeconômico a eles. Há diferentes processos de internacionalização, mas todos eles exigem muito planejamento para amenizar os riscos.

E você, imaginava que as transnacionais apresentavam toda essa complexidade? O que pensa sobre a internacionalização das empresas? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Além disso, lembre-se de compartilhar este artigo com quem mais possa se interessar e se beneficiar destas informações!

Imagem: Por Chinnapong