Alguns profissionais afirmam que os chefes são como nuvens indicando chuva passando pelo céu: quando aparecem, parece que o dia fica mais feio e pesado. Se você conversar com os seus amigos e familiares, muito provavelmente se deparará com alguém que demonstra esse tipo de sentimento.

De fato, o chefe é alguém com poder sobre os seus funcionários, afinal de contas, ele dá as ordens, avalia a qualidade do trabalho, dá broncas se a qualidade não for boa o suficiente e ainda decide quanto você deve receber no fim do mês. Essa posição é naturalmente delicada e antagônica aos funcionários. No entanto, ainda assim, há pessoas que conseguem ter um bom relacionamento com os seus líderes.

Se você não tem a sorte de ser uma dessas pessoas que se dão bem com os chefes, saiba que você não está sozinho. Neste artigo, você vai compreender quais são os riscos que esses problemas de relacionamento podem provocar em diferentes áreas da sua vida, mas também conferirá sugestões sobre o que pode ser feito para lidar com a questão. Siga em frente e boa leitura!

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Os riscos de um mau chefe

A Associação de Psicologia dos Estados Unidos publicou estatísticas relevantes: 75% dos cidadãos do país afirmam que os seus chefes são a maior causa de estresse no trabalho. Por falar em estresse, estudos conduzidos por pesquisadores das universidades de Harvard e Stanford, também nos EUA, concluíram que o estresse enfrentado no dia a dia de trabalho, em longo prazo, pode provocar à saúde efeitos semelhantes ao do fumo passivo (quando inalamos a fumaça do cigarro de outras pessoas).

Mas o que exatamente é um chefe ruim? Há diversas maneiras pelas quais alguém nessa posição pode estressar os seus liderados. Ele pode não ter o conhecimento necessário para liderar aquele departamento, pode não ter boas competências de relacionamento interpessoal, pode ser alguém emocionalmente instável, pode lidar inadequadamente com críticas e sugestões, pode não se comunicar com clareza, enfim, há dezenas de razões que podem ser levantadas nesse aspecto.

PSC

Como a posição hierárquica é um fator relevante no mercado de trabalho, muitas vezes, o funcionário “engole o sapo”, como se diz popularmente, por medo de perder o seu emprego. Mas até que ponto é válido continuar num lugar de trabalho que provoca tanto estresse a ponto de prejudicar a sua saúde física e mental?

O que fazer nessa situação?

Se você se encontra nesse tipo de situação em que há problemas de relacionamento entre você e o chefe, mantenha a calma. Analise a situação com frieza para decidir o que fazer. Separamos quatro dicas que podem ser úteis a você neste momento. Confira!

1. Identifique as causas do problema

Por que você está tendo problemas de relacionamento com o seu chefe? Em quais momentos esse atrito se torna evidente? Entender as circunstâncias em que isso ocorre permite que você apure as causas do problema. Pode ser que haja uma incompatibilidade de personalidades entre vocês dois. Um pode ser mais tranquilo, enquanto o outro, acelerado, não sabe lidar com pessoas que têm um ritmo diferente, por exemplo.

Além disso, é importante fazer um exame de consciência: você tem sido um bom funcionário? Tem sido assíduo e pontual? Tem entregado as suas obrigações com qualidade? Tem seguido as regras da empresa? Talvez você esteja pecando em alguns aspectos. Quem sabe ao corrigi-los você não resolve de vez a questão?

Contudo, se você sente que tem sido um bom funcionário, mas o seu chefe não reconhece, de fato o problema pode ser ele. Verifique se os seus colegas têm opiniões semelhantes à sua. Assim, você será capaz de compreender exatamente se as raízes do problema estão em você, no chefe, ou em ambos.

2. Analise se a questão é pessoal ou profissional

Lembre-se de que o seu chefe não foi escolhido por você, como você faz com os seus amigos. Ele é alguém com quem você tem que lidar única e exclusivamente em sua vida profissional. Se quiser construir uma amizade com ele, ótimo, mas saiba que isso não é fundamental.

Se você e o seu chefe têm incompatibilidades de personalidade, entenda que essas questões podem ficar em segundo plano. O que importa é que o trabalho executado seja de qualidade — assim, nem você nem ele serão prejudicados por seu desempenho na empresa.

Entretanto, se o conflito existente entre os dois for provocado por questões de trabalho, aí é importante resolver a questão o quanto antes, afinal de contas, é o seu emprego que estará em risco. Analise se os conflitos são pessoais ou profissionais.

3. Converse com o seu chefe, se sentir-se à vontade para isso

Se você sente que os conflitos existentes entre você e o seu chefe estão provocando perda de qualidade de vida no trabalho, avalie a possibilidade de conversar com ele. Se você sentir que há abertura para isso, o diálogo pode ser uma solução. Entretanto, se você acredita que uma converse pode agravar o problema, é melhor evitá-la.

Ao conversar com o seu chefe, escolha um dia e um horário em que ele esteja mais tranquilo. Educadamente, exponha os motivos da sua insatisfação. Pode ser que nem ele mesmo saiba que está agindo inadequadamente em relação a você. Da mesma maneira, pode ser que você esteja tendo atitudes equivocadas sem que tenha percebido.

Portanto, essa conversa pode ser a oportunidade de colocar em pratos limpos questões que, por muito tempo, podem ter ficado embaixo do tapete. Com franqueza e respeito, pode-se chegar a um acordo, em que os dois se comprometam a melhorar essa relação.

Esse seria o mundo ideal, mas, infelizmente, nem sempre é assim que ocorre. Se você estiver passando por uma questão mais séria, como bullying, desrespeito ou assédio, talvez seja melhor comunicar o ocorrido a outro superior da empresa ou ao departamento de recursos humanos.

4. Tente lidar com a situação, ou mude!

Os conflitos com o chefe, como você pode perceber, são muito relativos. Cabe a você analisar a situação e identificar as origens do problema, o quanto ele afeta o seu bem-estar e a sua motivação no trabalho e se há a possibilidade de fazer algo no sentido de melhorar a relação.

Se você perceber que o problema é grave e que não há boas perspectivas de mudanças, mude você. Não vale a pena passar a maior parte do seu dia num lugar onde você não se sente bem, ainda mais sabendo dos impactos que isso pode provocar em sua saúde, conforme apontam os estudos norte-americanos.

Portanto, revise o seu currículo e envie-o a outras empresas. Certamente, você será capaz de encontrar um lugar de trabalho onde você se sentirá mais feliz, realizado, motivado e respeitado para realizar as suas tarefas. Não existe o emprego perfeito, mas você também não precisa se obrigar a ficar num lugar onde o chefe representa uma ameaça à sua saúde, OK? Como se diz popularmente, “um CPF não vale um CNPJ”.

E você, querida pessoa, já teve que lidar com uma situação de conflito com o chefe? O que fez para resolver o problema? Deixe um comentário no espaço abaixo com a sua opinião sobre o assunto. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com quem mais esteja precisando da reflexão acima, por meio das suas redes sociais!