O sentimento, seja ele qual for, também se relaciona com o nosso corpo por meio de expressões e gestos. Aliás, essas expressões concretas do toque físico são uma das linguagens do amor. Assim, o nosso corpo está programado para conectar as sensações a determinados movimentos, no intuito de aumentar ou neutralizar a intensidade delas, o que inclui meios como o abraço e o sorriso.

A gratidão, quando cotidianamente praticada, torna-se um instrumento importante no eixo ego-self, devendo ser vivenciada em todos os momentos da nossa existência corporal, como roteiro que assegura a realização plena.  Duas formas de ampliar os benefícios da gratidão e de todas as emoções positivas atreladas a ela são o abraço e o sorriso.

Parece banal e clichê, mas, se repararmos nas pessoas com as quais convivemos, aquelas que nos são apresentadas pelos amigos, ou mesmo as que esbarramos no supermercado, banco, feira, faculdade, veremos como há sorrisos e abraços desprovidos de emoções positivas.

Contudo, podemos viver de forma intensa o significado de um abraço, enquanto gesto que une as pessoas e que gera intimidade, podendo beneficiar o aspecto emocional dos envolvidos. Neste artigo, você vai conferir esses benefícios que fazem do ato de abraçar uma verdadeira terapia. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais!

A terapia do abraço e o seu poder

Kathleen Keating, autora de “Terapia do Abraço”, faz uma análise bastante perspicaz de como o gesto de abraçar é carregado de significado e como produz benfeitorias para a nossa saúde.

A princípio, o abraço pode ser apenas um gesto formal de cumprimento, com pouco contato do corpo e os tradicionais “tapinha nas costas”. O abraço também pode ocorrer com as mãos nos ombros, só como suporte para dar dois ou três beijinhos no rosto. Pode ser aquele abraço de ladinho (“abraço de homem”, como se costuma dizer).

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Todavia, o abraço que realmente cura, aquele em que prolongamos o nosso coração e toda a energia do amor que nos envolve, é aquele abraço em que o en­caixe do dorso, dos rostos e dos braços proporciona uma sen­sação de afeto, de aceitação, de plenitude e de felicidade.

O abraço é um ato consciente, logo, devemos querer que esse gesto seja significativo. Não deve haver medo, receio ou incômodo em tocar o outro. A troca não é de fluídos corporais, mas energéticos. É a consciência transcendental do abraço que faz com que alcancemos um novo nível de existência. É essa consciência que amplia poderosamente o sentimento de gratidão, de amor e de felicidade.

Quebrando as barreiras

Há muitas barreiras para o abraço, e elas devem ser quebra­das. Geralmente, antes de abraçar alguém, nós costumamos fazer uma análise: “Não vou abraçar o fulano porque sou homem e po­dem pensar mal, além do mais ele está suado”. “Também não vou abraçar o cicrano porque a roupa dele está suja”. “Aquela mocinha do café com aquele perfume horroroso? Nem pensar!”.

São essas as análises que costumamos fazer antes de nos aproximarmos de alguém, e são essas avaliações, carregadas de preconceito e julgamento, que nos impedem de estar sinceramente abertos para a evolução e a transcendência. À medida que essas barreiras vão sendo derrubadas, a prática do abraço se torna liber­tadora e, por isso, terapêutica. O abraço se torna um selo energéti­co, por meio do qual somamos a nossa energia com a dos nossos irmãos neste universo.

O abraço é a expressão maior de gratidão do corpo. É a opor­tunidade que temos de ir além do obrigado superficial e desprovi­do de sentido. Ele é a concretização do desejo e da sensação de importância que todos têm nas nossas vidas. É por meio do abraço que a fraternidade se realiza, se concretiza e se fortalece. Por isso ele é um gesto tão importante para a busca da felicidade plena e do bem-estar.

Benefícios gerais dos abraços

Conforme citamos, o ato de abraçar é uma linguagem do amor. O significado desse gesto foi motivo de reflexão, por parte de muitos antropólogos, filósofos, psicólogos, escritores, poetas e músicos. Cada um deu a sua opinião sobre esse ato que gera proximidade, tanto física como emocional. O que sentimos ao abraçar alguém, desde que o gesto seja sincero, é confiança, afeto, acolhimento e reciprocidade.

O abraço é o gesto em que abrimos os nossos abraços, enquanto o outro faz a mesma coisa. Assim, acolhemos e somos acolhidos, simultaneamente, com uma troca de carinho e proteção. Assim, diz-se que o abraço é a menor distancia entre dois corações. Algumas pesquisas apontam que até mesmo os batimentos cardíacos e a respiração de duas pessoas que se abraçam ficam sincronizados. Isso revela a potência desse ato de proteção, carinho, força, felicidade e acolhida.

A ciência ainda afirma que o abraço intenso e sincero pode elevar a produção de ocitocina, uma substância orgânica que recebeu o apelido de “hormônio do amor”. Essa substância gera empatia, afeto, bem-estar, generosidade e uma sensação de pertencimento, auxiliando também no alívio do estresse.

Por isso, se você recordar os momentos em que abraçou ou foi abraçado por alguém, com certeza perceberá que essas sensações positivas surgiram e cresceram durante o gesto, devido ao afeto criado com a outra pessoa.

Conclusão

Podemos concluir que a terapia do abraço consiste na utilização desse gesto, entre pessoas que nos fazem bem e que nos são queridas, como uma maneira de trocar fluidos energéticos positivos. Essas energias despertam sensações positivas, que ampliam o afeto e o carinho, ao mesmo tempo em que nos dão força e alívio para superar as adversidades. É por isso que esse gesto de união e de toque físico pode ser, além de uma poderosa linguagem do amor, uma prática terapêutica.

E você, querida pessoa, tem prestado atenção aos abraços que dá? Quais sensações eles despertam em você? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!