Segey Nivens/Shutterstock Conheça os 7 fundamentos do trabalho de Milton Erickson

Toda pessoa é única e cria sua própria metáfora. O coach se junta a essa metáfora, se move com ela e a guia.

E se a metáfora é única, a proposta do coach também há de ser. O coach não subestima ou ignora, mas se alia a essa metáfora, se movimenta com ela e a guia. Ou seja, no ambiente, que é o primeiro nível dos Níveis Evolutivos (a superficialidade), temos sempre a escolha, diante dos fatos que acontecem em nossa vida, de podermos transcender em aprendizados e empoderamento, e não focar em limitações.

Criamos nossa própria metáfora quando falamos de nós mesmos. Nossa história é metafórica porque diz respeito a uma percepção nossa. Uma percepção sobre nossa vida. Podemos olhar nossa vida e percebê-la de muitas formas diferentes, enfatizando os fatos positivos, os negativos, esquecendo alguns e dando mais relevância a outros. O coachee também cria sua própria metáfora dentro da sessão.

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O coachee tem dentro de seu próprio sistema a capacidade de resolver o problema; o coachee pode e deve fazer todo o trabalho. É irrelevante a consideração de uma causa externa

Somos um complexo de soluções e respostas, por mais que nos momentos de dificuldades e aflição sejamos assombrados pela sensação de que são os problemas que nos definem. O que não sabemos é que a chave para verdadeiras mudanças está dentro de nós. Assumir que o problema está dentro de nós e não fora, essa responsabilidade é o primeiro movimento em a direção ao processo interno de autocura.

Assumir que o indivíduo tem em si os elementos que viabilizarão sua cura e sua transformação é uma característica fundamental do pensamento ericksoniano. É definitivamente dizer que nada, absolutamente nada é bom ou ruim, pois toda a significação está dentro de nós. O Coach deve trabalhar como estimulador de seu Coachee, pois as respostas ele deve encontrar dentro de si, através do processo de autorreflexão. Não buscando razões em coisas que não fazem parte de si.

PSC

O princípio do poder interno de ressignificação é dos que mais definem Erickson como um promotor do desenvolvimento humano e como idealizador de uma forma de atuação que capacita os sujeitos. Essa característica é ainda um dos fatores que mais aproximam o pensamento de Milton Erickson ao do Coaching. Todo coach sabe que seu papel é o de mostrar ao seu coachee como e em que medida ele pode melhorar, mas sem jamais pretender realizar por ele as ações que só ele mesmo pode praticar. Esta ideia está baseada na perspectiva de que todos nós temos papéis definidos a cumprir, sendo assim é inútil querer transferir aos outros o que é nossa responsabilidade exclusiva.

É possível gerar uma mudança de estratégia, a mínima mudança possível, e a viabilizar de ser generalizada. Você pode trabalhar dentro do sistema sem conhecimento específico do problema.

O empoderamento, como um dos propósitos do Coaching significa criar as condições para que o coachee aja, expanda os seus horizontes, abra seus olhos para as suas imensas possibilidades de realização, seja autônomo e independente. Mas em nenhuma medida isso significa fazer pelo cliente, substituir o coachee. Somos insubstituíveis como seres humanos e nossas funções nos domínios específicos da vida só podem ser executadas por nós mesmos. Em linguagem coach, empoderar é incentivar para que o coachee mude por si só.

Somos seres capazes de criar novas conexões neurais que contribuam com nosso desenvolvimento, de maneira quase instantânea. Mudar hábitos, comportamentos e pensamentos de forma estratégica nos garante grandes resultados. Lembrando que grande parte das nossas informações estão armazenadas no inconsciente e por isso é importante acessá-lo para realizar mudanças e criar novas conexões.

O essencial é criar uma mudança estratégica, podendo ser esta, a menor possível, e permitir que ela se generalize. Um grau de mudança dentro do cliente é tudo o que é necessário, pois cria uma mudança em todos os sistemas relacionados a ele.

Uma vez dado o primeiro passo, um verdadeiro círculo virtuoso pode acabar sendo inaugurado. A partir daí, basta equalizar as mudanças que têm de ser realizadas. Ou seja, estar pronto para as várias alterações e melhorias que virão.

O tempo não tem importância. A cada momento há uma nova relação sendo criada. (A linguagem natural e os processos mentais estão perpetuamente em estado de fluxo criativo).

A cada momento há um novo relacionamento sendo criado, uma nova aprendizagem, uma nova conexão plástica. Somos fontes inesgotáveis de criatividade e formas de linguagem. Somos o que acreditamos, ousamos fazer e decidimos a cada momento, pois existem milhares de conexões acontecendo sem cessar.

O tempo é uma metáfora a ser transcendida e transcender o tempo é uma crença efetiva para resultados extraordinários! Quase sempre ele se assemelha a um adversário imbatível, mas toda jornada se torna mais prazerosa e bem-sucedida quando nos damos conta de que o tempo pode e deve ser nosso aliado.

Todo problema tem solução – é trabalhável. Se algo não funciona tente outra coisa até que funcione.

Esse princípio ericksoniano faz eco à sua forma tão fluida de pensar os processos terapêuticos. Pela diversidade de problemas com os quais lidamos no Coaching, não pode haver apenas um modelo de ação ou apenas uma forma de atuar. Todo problema sempre suscitará uma forma nova de se atuar, logo, o repertório do coach/terapeuta deve ser vasto o suficiente para que ninguém tenha seu sofrimento prolongado desnecessariamente.

No trabalho com nossa identidade encontramos a essência de quem somos, utilizando nossa missão e sabendo quem nós somos, certamente viveremos acreditando e realizando ações para transcender os problemas, criando soluções. Mais do que isso, a essência do problema traz em si mesma a decifração. Não existe problema sem resposta, pois jamais saberíamos de nossos problemas se antes disso não conhecêssemos a solução para eles.

Não existe tal coisa chamada “resistência”. Erickson com frequência prescreve ou exagera o sintoma para se “mover com” o processo do cliente.

Resistência, obstáculos, impedimentos irremovíveis são sempre criações nossas, projeções de coisas que não existem por si mesmas. A mente inconsciente reúne as peças do quebra-cabeça e então relata a você o passo a passo para que as adversidades sejam superadas. Por isso, sempre fique em sintonia fina com os movimentos do cliente, eles podem dizer mais do que muitas manifestações externas que ele relatar à você.

Quando buscamos um conhecimento ecológico, ou seja, sistêmico do coachee, entendemos que aquilo que chamamos de “resistência” é, também, um sintoma. Ser resistente é uma forma de dizer que algo não está certo. Se estou machucado preciso de um curativo. Se recuso o curativo, algo está errado, pois ele é imprescindível para a cura.

Assim, usamos a resistência a favor do processo e nos movemos por ela compreendendo o processo de cada um especificamente. Esse princípio tem relação direta com as lembranças e emoções que não queremos acessar, mas que aparecem o tempo inteiro em nossas vidas, pois também nos constituem.

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Existe poder no intercâmbio da vulnerabilidade. O não saber de duas pessoas se torna um grande conhecimento.

Existe um poder na aglutinação das energias das pessoas, na afiliação das ideias. Quando realmente estamos conectados e afiliados consciente e inconscientemente, coach e coachee transcendem qualquer resistência, e lembre-se, quando a solução vier do coachee, ele certamente não se oporá à ela nesse caso, ela estará embebida de legitimidade e assertividade.

O intercâmbio de vulnerabilidade é um estado de conexão, um estado de confiança, de ressignificação profunda, um momento onde existe permissão e entrega com o propósito de resgatar e transcender antigas percepções e crenças limitantes.

Para compartilhar vulnerabilidades é necessário que existir um contexto seguro onde as pessoas envolvidas tenham a plena certeza de não serem julgadas, mas sim compreendidas e ouvidas na essência, é um estado de permissão que gera uma grande abertura e receptividade a novas ideias e reflexões, nesse estado é possível encontrar oportunidades para sugestões, pois na permissão de compartilhar também existe uma vontade de transcender.

Vale compartilhar e ressaltar a ideia de Jung: ao tocar a alma de uma pessoa, o único caminho é usar a própria alma. Há poder no intercâmbio da vulnerabilidade, desde que ambas as humanidades estejam evidentes e acessíveis.