Quando falamos em família, nos referimos a um grupo de pessoas formada por ancestrais em comum, geralmente vivendo em uma mesma casa, e ligados por laços afetivos. Geralmente são formadas a partir de um ancestral comum, casamentos ou adoções.

Em uma mesma família, geralmente os pais, os filhos e seus descendentes compartilham o mesmo sobrenome de seus ancestrais. É como uma herança direta, muitas vezes chegando a ser motivo de orgulho. Contudo, ao nascermos nós não herdamos somente o sobrenome e as características genéticas da nossa família, nós herdamos também um conjunto sistêmico de crenças, comportamentos e energias de todos aqueles que pertencem e pertenceram ao nosso sistema familiar.

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Os pais são os condutores dos nossos saberes, desde os primeiros passos. Cada novo passo que damos, cada palavra que aprendemos, cada conquista que alcançamos é motivo de verdadeira alegria e orgulho para nossos pais. É como se nossos pais fossem os primeiros coaches de nossas vidas. Eles nos auxiliam em nosso crescimento e caminhada, nos direcionam sempre que precisamos e nos questionam sempre com intuito de nos ajudar a ser a melhor versão de nós mesmos.

Muitas vezes, quando tudo parece dar errado e estar perdido em nossas vidas, são nossos pais quem nos auxiliam no processo de realinhamento de tudo. Eles nos guiam, nos auxiliam e nos conduzem. Educar é ter a esperança de plantar no mundo as sementes que promoverão a evolução do homem.

Quando nos tornamos pais, a única certeza que temos é que nossa vida nunca mais será a mesma. Nossos pensamentos, comportamentos, tempos de ação e visão de mundo acabam mudando. Entretanto, quando somos crianças tudo é muito novo, vivemos no mundo da inocência, acreditamos no amor puro e verdadeiro, no mundo da fantasia e nos contos de fada.

Nossa missão enquanto pais é educar essas crianças e cria-las para que se tornem adultos. E até mesmo depois da fase adulta, continuar amparando os filhos e apoiando-os no que for preciso.

PSC

Dentro do Sistema Familiar, é interessante que tenhamos um relaciona- mento sadio com nossos pais, para que quando estivermos na posição deles, possamos olhar para o nosso passado e sentir orgulho de nossa trajetória, das coisas que realizamos e conquistamos para as gerações que vieram depois de nós.

Enquanto pais, é comum que nossos filhos recebam de nós os ensinamentos que passarmos a eles, e que esses ensinamentos sirvam como suporte na evolução de cada geração que vier a seguir.

No Sistema Familiar, nossos conhecimentos e inteligências são compartilhados, e fazem com que os ensinamentos evoluam de forma rápida. Essa evolução pode ser acompanhada e apoiada de perto por nossos pais, pois são eles as maiores testemunhas e incentivadores de nossos sucessos.

Somos resultado da somatória das histórias e hábitos de nossos antepassados. A união de nossos pais deu origem a nossas vidas, portanto não é errado dizer que ao honrar nossa história, estamos honrando a história de nossos pais.

Antes mesmo que pudéssemos pensar em existir, nossos pais já possuíam suas histórias de vida individuais. Ao se unirem, nos deram a vida, e manter o fluxo linear de nossas histórias nos coloca na posição de filhos, portanto é esse o papel que devemos desempenhar no mundo enquanto estivermos dentro de um Sistema Familiar ocupando essa posição.

Se por vezes os pais não corresponderem às expectativas esperadas pelo filho, este poderá tomar um posicionamento diferente do que deveria ter devido à dor que sente pela expectativa não correspondida.

A consequência disso é que os filhos podem acabar transformando o sentimento de dor em julgamento, e podem acabar se posicionando de forma inadequada, acima de seus pais, como se fossem donos da verdade absoluta. Quando isso acontece, há o desequilíbrio hierárquico dentro do Sistema Familiar, que pode acarretar problemas.

A dor que o filho pode sentir devido à não convivência com os pais pelo tempo que necessitaria por exemplo, pode durar por anos e anos. Entretanto, cabe a ele buscar enxergar a humanidade de seus pais, olhar e perceber a infância que ele mesmo teve, como o mundo lhe foi apresentado. É necessário que o filho busque dentro de si uma fagulha de amor e bondade para com seus pais. Essa fagulha se tornará sua força e é com essa força que o filho enfrentará os obstáculos da vida com maior leveza.

A origem da criança não altera o seu Sistema Familiar e seu íntimo. Sua essência permanecerá leal à sua origem, independente das condições que geraram o movimento de adoção. Quando os pais adotivos têm uma relação boa com os pais biológicos e não se sentem superiores a eles, a adoção dá certo.

Vale lembrar que é importante que os pais adotivos da criança alinhem o sistema familiar no qual ela será inserida, com o sistema de origem da criança em questão. Dessa maneira, a criança se sente segura em seu pertencimento à sua família de origem e ao mesmo tempo se integra com seus novos cuidadores.

É interessante que a criança que passe por um processo de adoção, tenha em si o poder de perdoar e amar seus pais biológicos incondicionalmente, suspendendo julgamentos e abrindo portas para uma infinidade de possibilidades e oportunidades que vivenciará em seu novo sistema familiar.

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