A gestão de uma empresa consiste em administrar todos os seus recursos: humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e intelectuais. Há diferentes formas de gerir uma empresa: a gestão horizontal e a gestão vertical. O que as difere é uma questão de hierarquia e de fluxo de informações e ordens.

Continue acompanhando este artigo para entender melhor o funcionamento desses dois modelos de gestão e para compreender suas vantagens e desvantagens. Este conhecimento pode fazer muita diferença na hora de administrar seus negócios.

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Entendendo o conceito de gestão empresarial

O conceito de gestão empresarial é uma das mais importantes disciplinas da administração de empresas. Há vasta literatura sobre ele. Conforme adiantado no parágrafo anterior, gerir uma empresa significa utilizar todos os recursos de que ela dispõe da melhor maneira possível, com vistas a alcançar seus objetivos.

Assim como um organismo vivo precisa “orquestrar” bem o funcionamento de cada órgão e sistema, o mesmo ocorre com uma empresa. Ela deve conduzir todos os departamentos em harmonia, sem se descuidar de nenhum deles: financeiro, administrativo, comercial, marketing, jurídico, departamento de pessoal, tecnologia, enfim, absolutamente todos os que compõem o quadro da organização.

Isso envolve uma correta distribuição de recursos financeiros, contratação e retenção de pessoal, desenvolvimento de políticas internas, gerenciamento de processos, investimentos em tecnologia e infraestrutura, enfim, todas as medidas necessárias para que cada colaborador possa dar o melhor de si em um ambiente seguro e funcional.

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Para que isso ocorra, as empresas precisam definir muito bem sua missão, sua visão, seus valores, seus objetivos e suas metas periódicas. Além disso, é importante que cada colaborador tenha acesso a essas informações e compreenda qual é a sua importância dentro dessa poderosa engrenagem.

Hoje em dia, as organizações estão cada vez mais complexas, precisando monitorar constantemente todas as suas ações e identificando se elas estão de fato produzindo bons resultados. Como a competitividade é altíssima em basicamente qualquer segmento de mercado, ninguém quer ficar para trás. Por isso, os processos estão cada vez mais detalhados, o que exige, mais do que nunca, uma boa gestão empresarial.

Compreendendo a gestão vertical

Quando falamos em gestão vertical ou horizontal, estamos falando da estrutura organizacional que a empresa adota, isto é, de seu funcionamento e da coordenação de suas ações.

A gestão vertical é o modelo mais tradicional dessa estrutura, com uma hierarquia verticalizada, isto é, com um organograma fixo, em que cada indivíduo e departamento ocupam um espaço determinado.

Como o nome sugere, na gestão vertical, as ordens partem do alto escalão (CEO) e descem de um degrau para outro, passando por diretores, coordenadores, analistas, assistentes, estagiários etc.

Ela é uma sequência de subordinação que forma uma pirâmide. Quem está nos degraus de cima toma decisões estratégicas; quem está nos degraus de baixo cumpre as ordens. Trata-se de um modelo com objetivos, metas, departamentos, funções, cargos e salários bem definidos.

1. Características gerais

As empresas que adotam o modelo de gestão vertical geralmente são aquelas de maior porte, mais tradicionais, formais e antigas, embora essas características não sejam definitivas (pode haver empresas bem jovens que adotam também este modelo).

A gestão vertical tem como autoridade um presidente ou CEO, geralmente acompanhado por um corpo de diretores e supervisores administrativos, com líderes para cada departamento. A informação circula de cima para baixo e, em alguns casos, os interesses pessoais de quem está no comando se sobrepõem aos objetivos da empresa.

Os departamentos são bem delimitados, e os seus funcionários são contratados com cargos e funções especializadas, com remuneração definida. Por isso, os colaboradores são especialistas em suas atividades, fazendo parte de setores com regras específicas.

2. Vantagens da gestão vertical

A gestão vertical apresenta uma grande vantagem que é a facilidade de delegação de tarefas. Os líderes definem quem fará o que e, teoricamente, não há questionamentos quanto às decisões tomadas.

Em tese, com departamentos bem definidos e profissionais que conhecem as funções que têm a desempenhar, não haveria funcionários ociosos, tampouco sobrecarregados. Além disso, como a estrutura é bem organizada, a alta gestão tem mais controle sobre os processos e sobre o desempenho de cada departamento nos resultados gerais da empresa. Isso facilita a detecção e a correção de erros, em teoria.

3. Desvantagens da gestão vertical

A principal desvantagem da gestão vertical é que há um distanciamento entre gestores e funcionários. Líderes nem sempre são acessíveis e podem não dar oportunidades para que cada funcionário expresse seu ponto de vista. Boas ideias que surgem podem ser ignoradas porque o indivíduo simplesmente não tem um cargo de autoridade, desfavorecendo o pensamento criativo.

Além disso, a rigidez da estrutura impede que funcionários de um departamento tenham uma integração maior com os demais setores da empresa. Soma-se a isso o fato de que os processos podem ficar parados ou atrasados, pois cada departamento faz estritamente aquilo que lhe compete, sem abrir exceções.

A rigidez estrutural também evita que os colaboradores adquiram conhecimentos sobre as outras áreas, fazendo com que desenvolvam visões simplistas e tenham dificuldade em alinhar suas atividades com as áreas parceiras.

Por fim, uma estrutura mais rígida pode tornar os processos mais lentos e burocráticos. A informação que parte da diretoria pode chegar à base da hierarquia com ruídos, já que o processo é longo e a mensagem transita entre muitas pessoas.

Compreendo a gestão horizontal

A gestão horizontal, por sua vez, é um processo bem mais inovador e flexível e também é conhecida como “modelo de gestão por processos”. As mudanças ocorridas no mercado consumidor, os importantes avanços da tecnologia e a necessidade de tomadas de decisões corporativas cada vez mais rápidas contribuíram para que esse novo modelo surgisse e se popularizasse.

Nenhum ambiente é considerado sólido. Tudo o que acontece no mundo corporativo é efêmero e, portanto, exige uma agilidade e uma flexibilidade que a gestão vertical não consegue alcançar. Por isso, hierarquias e estruturas rígidas perdem sua força na gestão horizontal.

1. Características gerais

A gestão horizontal reduz a importância da autoridade nas empresas. A autonomia de cada indivíduo e departamento supera as relações de poder. Lideranças continuam a existir, mas a responsabilidade e a tomada de decisões são compartilhadas com as equipes.

Isso significa que as decisões estratégicas são tomadas em reuniões com diferentes funcionários, sejam eles assistentes, diretores ou estagiários. O trabalho não é mais rigidamente dividido em departamentos, mas atribuído a grupos formados por funcionários de diferentes áreas, de modo que seus saberes se complementem — a chamada multidisciplinaridade.

Não há tanta burocracia, e a informação transita entre as diferentes áreas com mais facilidade. Em geral, os líderes de departamentos não têm tanta importância quanto na gestão vertical. O que ganha força na gestão horizontal são os “gerentes de processo”, ou seja, pessoas que assumem a responsabilidade em projetos pontuais, dando oportunidade de liderança a mais pessoas, conforme novos projetos surjam. Isso ajuda a desenvolver novos líderes.

A empresa orienta suas operações à satisfação do consumidor, mas leva em consideração também a qualidade de vida do trabalhador. Interesses pessoais não se sobrepõem aos objetivos da organização, e os processos são menos formais e mais flexíveis.

2. Vantagens da gestão horizontal

A redução de níveis hierárquicos e de processos administrativos formais permite que as pessoas comuniquem-se de forma mais aberta umas com as outras, o que possibilita que a informação transite entre os departamentos com mais rapidez e sem ruídos.

Funcionários de diferentes equipes sentem-se mais integrados entre si e vivenciam uma liberdade maior de ajudarem-se uns aos outros, sem aquela rigidez de funções específicas. Isso lhes confere mais autonomia e flexibilidade, de modo que a empresa consiga recalcular a rota e mudar suas estratégias assim que as circunstâncias demandarem, o que é primordial no mercado dinâmico da atualidade.

Diretores, gestores e coordenadores continuam existindo, mas são pessoas mais abertas às sugestões e acessíveis aos colaboradores em geral. Eles não são mais os únicos tomadores de decisão, e a comunicação torna-se uma via de mão dupla.

3. Desvantagens da gestão horizontal

A principal desvantagem da gestão horizontal é dificuldade de colocá-la em prática. Ela exige que os líderes corporativos adotem uma postura mais flexível e acessível, sendo menos controladores. Isso nem sempre é fácil, já que há indivíduos que se acostumaram a serem os únicos decisores da empresa em décadas.

Além disso, a gestão horizontal exige muita disciplina, dedicação e autonomia dos colaboradores. Nas empresas mais tradicionais, a ideia de que os colaboradores não devem se limitar a uma ou outra função específica pode não ser bem recebida, e eles podem se sentir “perdidos” sem um líder direto.

Cada modelo de gestão apresenta suas vantagens e desvantagens. No entanto, cumpre ressaltar que a gestão horizontal tem sido cada vez mais implementada em diferentes empresas, por conta da flexibilidade e da agilidade de decisões que oferece às organizações.

Cada empresa deve ter conhecimento do momento que vive para tomar sua decisão sobre qual modelo de gestão escolher. O importante é que essa escolha seja feita com muita análise e planejamento estratégico.

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