Errar é humano, já diz o ditado. O ato de falhar significa não ter um desempenho bom o suficiente ou mesmo expressar uma ideia, atitude ou raciocínio equivocado. As origens do erro são um assunto que diverge opiniões e que já foi assunto de discussões entre os mais célebres pensadores ao longo do tempo. No entanto, o que podemos admitir com certa segurança é que todo mundo erra.

Errar é algo comum, desde o aluno primário que confunde as tabuadas até o último dia de nossas vidas. Quando isso acontece, é natural que surjam sentimentos negativos, como frustração, tristeza, raiva, vergonha e perda de autoestima. No entanto, em vez de entrar em um ciclo autopunitivo, por que não naturalizar o erro e extrair dele o que há de útil nesse processo?

Sim, é possível lançar sobre o erro um olhar mais otimista. Não devemos “gostar” dele, mas também não precisamos acreditar que ele seja o fim dos tempos. Neste artigo, você vai conferir alguns desses olhares positivos com os quais podemos observar as nossas falhas e lidar adequadamente com elas, rumo ao sucesso.

5 aspectos positivos do erro

Talvez você nunca tenha percebido, mas os seus erros já o ajudaram muito na vida e, sem que você os tivesse cometido, talvez você não tivesse alcançado os seus melhores resultados. Confira, na sequência, 5 aspectos positivos do erro.

1. Demonstrar que você deseja evoluir

O erro surge basicamente em dois momentos: quando não prestamos a atenção necessária àquilo que fazemos ou quando ainda não temos o conhecimento ou a prática necessária para a atividade em questão. Por isso, nos dois casos, é possível diagnosticar um problema — o que é sempre o primeiro passo para resolvê-lo.

Se você errou por desatenção, a lição é bem simples: esteja mais atento na próxima tentativa. Já se você errou porque ainda está em processo de aprendizagem, é sinal de que o seu processo ainda não está concluído, de modo que é preciso ter paciência para progredir e melhorar continuamente.

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O fato é que o maior aspecto positivo do erro é indicar algo muito nobre: você está tentando! Errar significa que você está se expondo a riscos, que não está acomodado, que não está preso à zona de conforto e que tem um desejo de evoluir, de fazer algo novo e de crescer. Portanto, entenda que é melhor errar tentando evoluir do que não errar, mas também não sair do lugar.

2. Combater o perfeccionismo

Isso nos leva ao segundo aspecto positivo do erro: combater o perfeccionismo. Quando uma pessoa se permite errar, ela abraça a sua natureza humana e aprende uma verdade fundamental para ser feliz: a perfeição não existe e, portanto, é inútil desejá-la.

Devemos dar o nosso melhor, com certeza. No entanto, isso não significa ser perfeito, pois ninguém é assim. Qualquer pessoa que já tenha pisado a face da Terra cometeu erros. Se não houvesse nada a ser aprendido, então qual seria o sentido da vida?

Quando nascemos, não sabemos nem andar ou falar. Portanto, todas as nossas capacidades são desenvolvidas, tendo o erro como um elemento que faz parte dos processos de aprendizagem. É assim para todo mundo, e com você não é diferente. Portanto, se alguém parece ser perfeito e nunca errar, desconfie. Pode ser simplesmente que a pessoa não sai da zona de conforto e não corre nenhum risco. Assim, realmente ninguém erra, mas também não progride!

3. Ser fonte de aprendizado

Talvez essa seja a mais óbvia e conhecida das vantagens do erro: ser fonte de aprendizado. Cada erro que cometemos é um ensinamento sobre aquilo que não deve ser feito. Nesse processo, fechamos as portas erradas, até que nos sobre apenas a porta correta, que nos levará ao alcance dos nossos objetivos.

Por isso, os erros podem ser dolorosos, afinal de contas, eles produzem arrependimento, que é sempre um sentimento difícil. No entanto, é desse sentimento negativo que surge a motivação para fazer a coisa certa. É de tanto escrever “eceção”, “esseção” e “exeção” e ser corrigido pelo professor, que o estudante finalmente aprende que a escrita correta é “exceção”.

Por isso, entenda que, em cada erro, aprendemos o que não deve ser feito, até que não nos sobre outra opção que não seja o jeito certo. Por isso, permita-se errar, ser corrigido e aprender o jeito certo. É assim que qualquer ser humano evolui.

4. Estimular a persistência e a resiliência

Ao ler os parágrafos acima, você até pode ter compreendido a lógica que existe em errar para aprender. No entanto, convenhamos que esse processo não é fácil. Admitir um erro é algo que fere o nosso orgulho, enquanto tentar de novo é um verdadeiro exercício à paciência e à resiliência.

De fato, aprender a fazer as coisas do jeito certo leva algum tempo, mas pense pelo lado positivo: a frustração nos ajuda a lidar melhor com as nossas próprias emoções. Na vida, frequentemente precisamos começar de novo, tentar de outro jeito e agir com paciência. Portanto, o erro é uma oportunidade de desenvolver também todo esse aspecto emocional, tão fundamental para o viver.

Assim, pode-se dizer que errar estimula em cada um de nós a resiliência, que é a capacidade de começar de novo, restabelecer o equilíbrio emocional e seguir em frente quando as coisas dão errado. Sem erros, não saberíamos o que é isso, e a vida certamente seria muito mais difícil.

5. Exercitar a humildade e a tolerância

Por fim, em consequência de tudo o que já foi citado, é possível concluir que o erro também exercita em nós a humildade e a tolerância. Quando erramos, aprendemos que estamos longe de ser perfeitos, e que isso faz parte da natureza humana. Assim, quando nos permitimos aprender com esse processo, combatemos qualquer ímpeto de superioridade, arrogância ou prepotência que queira aparecer em nós. Portanto, tornamo-nos mais humildes.

Além disso, quando erramos, desejamos que o outro tenha conosco paciência e tolerância para nos ensinar. Da mesma forma, isso fortalece em nós esse mesmo comportamento tolerante quando temos que lidar com os erros dos outros. Abraçar a própria imperfeição significa permitir também que o outro possa ser imperfeito. Isso favorece não apenas o desenvolvimento individual, mas também a promoção de um convívio social mais justo, harmônico e pacífico.

Assim, diante de todos os aprendizados racionais, emocionais e comportamentais que podemos extrair dos erros, é importante compreendê-lo como uma característica humana a ser normalizada. Devemos evitá-lo, mas cometê-lo também não é o fim do mundo. Quando nos permitimos extrair essas lições, aprendemos verdadeiramente que o erro não é o oposto do sucesso, mas apenas uma etapa que o antecede.

E você, querida pessoa, como tem lidado com os seus erros? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar esta reflexão a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar dela? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!