A meditação é uma prática surgida há milhares de anos na Índia. Depois de se popularizar pelo oriente, sobretudo associada a determinadas religiões (como o Budismo), ela também chegou ao ocidente como um meio de se obter mais qualidade de vida.

É sabido que a meditação promove mais calma, concentração e tranquilidade, amenizando os efeitos do estresse e da ansiedade. Mas como isso acontece? Em outras palavras, o que se passa no cérebro de quem medita? Cientistas têm se dedicado a responder a essas questões nos últimos tempos.

Neste artigo, você confere os principais resultados obtidos. Entenda o que ocorre conosco quando meditamos:

1. Deixamos o mundo exterior em “stand by”:

De acordo com os cientistas, na maior parte do tempo em que estamos acordados, o cérebro funciona no nível de frequência Beta. Nesse nível de frequência, o cérebro está sempre atento ao que acontece ao nosso redor. Por meios dos 5 sentidos, ficamos extremamente perceptivos a nossa realidade. Nesse nível, o mundo exterior é mais importante do que o mundo interior.

Quando estamos diante de uma situação estressante, atingimos um nível extremo da frequência Beta. É um estado de “emergência” em que analisamos tudo a nossa volta. Nossos sentidos ficam hiperestimulados e entramos num estado de ansiedade. Nesse contexto, não conseguimos processar novas informações.

Contudo, quando começamos a meditar, o cérebro gradativamente deixa a frequência Beta e entra nas ondas Alfa. Quando isso acontece, nossa percepção e nossa reatividade ao mundo externo diminuem, amenizando também o estresse e a ansiedade. É como se deixássemos o mundo exterior em “stand by”, focando apenas em nosso universo interior.

2. Acessamos o subconsciente

De acordo com o neurocientista estadunidense Joe Dispenza, o simples ato de fechar os olhos já desacelera a atividade cerebral no que se refere à percepção do mundo externo. Durante a prática meditativa, acessamos as ondas Alfa, um estágio em que o cérebro dedica-se muito mais à percepção interna do que à percepção do mundo exterior.

Meditar significa escolher um foco para canalizar sua atenção, que geralmente costuma ser nosso próprio corpo ou nossa respiração. Ao fazer isso, o cérebro “ignora” estímulos externos, limitando inclusive nossas noções de tempo e espaço. O mundo interior torna-se mais real do que o mundo exterior, e acessamos nosso subconsciente, onde estão nossos hábitos, personalidade e comportamentos.

Nesse momento, nós nos tornamos pura consciência. Esquecemos-nos de trabalho, estudo, relacionamentos, preocupações, tudo o que se refere à vida material. Tornamo-nos pura consciência. Esse estado nos dá uma maravilhosa sensação de liberdade, amenizando as energias do estresse e da sobrevivência (ativas nas ondas Beta). Assumimos total domínio sobre corpo e mente.

Nesse estado natural do ser, podemos ignorar o passado, superar traumas e modificar nossos padrões mentais – de hábitos, de comportamentos e de personalidade. Assim, podemos criar um novo destino, de mais saúde física e mental.

3. Aprendemos com mais facilidade

PSC

Na década de 2000, pesquisadores da Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, realizaram um experimento com um monge que já tinha o hábito de meditar muito desenvolvido. A ideia era realizar uma ressonância magnética para medir sua atividade neural enquanto meditava.

A pesquisa concluiu que o cérebro do monge, durante a prática meditativa, produzia uma quantidade de ondas Gama extremamente alta, sobretudo quando comparado às pessoas que também estavam sendo monitoradas, mas que não tinham o hábito de meditar.

De acordo com os cientistas, as ondas Gama estão ligadas à percepção da consciência e a capacidades extremamente desenvolvidas de aprendizado, atenção e memória.

Assim, é natural chegar à conclusão de que a meditação, em longo prazo, facilita nossos processos cognitivos, ou seja, de assimilação e processamento de novos conhecimentos. Ela também nos torna mais atentos e reduz nossos lapsos de memória.

4. Ficamos mais felizes

Nesse mesmo estudo conduzido pelos pesquisadores dos Estados Unidos, foi constatado que, durante a meditação, o lobo frontal esquerdo do monge encontrava-se em intensa atividade. Essa área cerebral está associada aos movimentos voluntários do nosso corpo, ao pensamento abstrato e criativo, à linguagem, ao afeto, às conexões emocionais, à atenção e às nossas motivações pessoais.

Por conta disso, os cientistas chegaram à conclusão de que o monge era um homem muito privilegiado, já que seu grau de felicidade estava acima da média das pessoas, com menor propensão a pensar em tragédias. Isso levou o monge a receber o apelido de “homem mais feliz do mundo” por parte da imprensa.

Segundo o monge, a prática meditativa produz uma sensação de bem-estar tão intensa que é natural que o praticante passe a emanar felicidade e compaixão.

5. Tornamos-nos mais bondosos

Por falar em compaixão, a meditação também nos torna mais bondosos. Cientistas da Universidade de Northeastern, em parceria com pesquisadores da Universidade de Harvard (ambas nos Estados Unidos), conduziram um estudo que chegou a essa conclusão.

Os cientistas recrutaram pessoas para que meditassem por oito semanas. Depois, contrataram pesquisadores disfarçados para que observassem os comportamentos dessas pessoas depois desse período de meditação.

O resultado foi incrível. Em comparação com um grupo de controle composto por pessoas que não tinham o hábito de meditar, o grupo de praticantes da meditação teve atitudes bondosas com frequência muito mais alta.

Ceder lugar no banco do ônibus a pessoas mais necessitadas, ajudar a carregar as compras e auxiliar as pessoas a atravessar a rua foram algumas das boas ações identificadas pelos pesquisadores.

6. Desenvolvemos a atenção e o raciocínio

Uma pesquisa realizada por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também comprovou benefícios cognitivos associados à meditação. Exames de neuroimagem foram realizados em 39 voluntários e constataram que aqueles que meditavam frequentemente há mais de três anos tinham melhor desempenho em tarefas de maior atenção.

Segundo os testes, os praticantes da meditação ativavam menos áreas cerebrais para fazer a mesma atividade do que aqueles que não tinham o hábito de meditar, configurando uma grande capacidade de concentração. Além disso, o estudo concluiu que os participantes que tinham mais experiência em meditação possuíam mais massa cinzenta em áreas cerebrais ligadas à atenção e ao raciocínio.

7. Atrasamos o envelhecimento cognitivo

É sabido e cientificamente comprovado que, com o passar dos anos, a mente também envelhece. O córtex pré-frontal, por exemplo, diminui gradativamente, reduzindo nossas capacidades de concentração e raciocínio lógico. O mesmo ocorre com o hipocampo, associado às nossas memórias.

Entretanto, uma boa notícia veio novamente de uma pesquisa da Universidade de Harvard. Segundo os cientistas, a prática regular da meditação mindfulness atrasa o processo de envelhecimento cognitivo (a redução progressiva das capacidades descritas acima).

Exames de neuroimagem foram realizados num grupo de pessoas de meia-idade que praticam mindfulness, constatando que os participantes tinham mais neurônios e seu cérebro tinha um funcionamento semelhante aos dos jovens.

Os resultados da pesquisa foram considerados muito importantes, já que a redução da massa de determinadas áreas cerebrais está profundamente ligada a demências e quadros depressivos, por exemplo.

Conclusão

Como é possível perceber, a ciência tem se empenhado em pesquisar e diagnosticar as positivas transformações que a prática meditativa promove em nosso cérebro.

Por meio dela, acessamos o subconsciente, deixamos as preocupações momentaneamente de lado, melhoramos o aprendizado, desenvolvemos a atenção e o raciocínio, atrasamos o envelhecimento da mente e ainda nos tornamos mais felizes e bondosos.

São muitos os benefícios dessa prática, não é mesmo? Então, que tal começar a meditar? No meu canal no YouTube (José Roberto Marques – IBC Coaching), você tem acesso a uma playlist cheia de meditações guiadas para encontrar a paz, a prosperidade, o relaxamento e a energia positiva para combater o sofrimento e o estresse.

Assim como essa meditação que separei especialmente para que você relaxe a sua mente. Confira!

 

Medite, sinta as transformações da prática em sua vida e deixe seus resultados aqui nos comentários. Ah, e não se esqueça de levar essas ótimas notícias aos seus amigos e familiares. Compartilhe este artigo com quem você ama!