OMS é a sigla para Organização Mundial da Saúde, uma agência que faz parte da ONU (Organização das Nações Unidas) e que tem como objetivo desenvolver o nível de saúde de todos os países que são membros da Organização.
A OMS tem como definição de saúde “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades”. Por isso, que tanto doenças físicas quanto psicológicas entram na pasta de discussões e pesquisas, principalmente nos últimos e com o desenvolvimento tecnológico.
Para a Organização, a depressão é a principal causa de incapacidade, além de provocar outros problemas de saúde, pois já é um problema de saúde em si. Conforme últimas estimativas, mais de 300 milhões de pessoas vivem com a doença, o que um aumento de 18% dos dados de 2005 a 2015.
Antes, muito de acreditava que a depressão (ou qualquer outra doença psicológica que não tivesse origem em problemas físicos) era privilégio das classes mais abastadas, que tinham mais acesso a uma saúde de qualidade. Hoje, sabemos que a doença pode atingir qualquer pessoa de qualquer raça, classe social ou faixa etária, tanto que há pesquisas sobre depressão na adolescência, depressão infantil e depressão na terceira idade.
Nas Américas, por exemplo, cerca de 50 milhões de pessoas disseram que vivem com depressão na última pesquisa feita em 2015, ou seja, nada menos que 5% da população de países majoritariamente pobres ou que vivem em situação precária com relação à educação, saúde e segurança.
Nosso país é considerado o mais deprimido de toda a América Latina. São mais de 11,5 milhões de brasileiros que apresentam sintomas da depressão, isso contando, é claro, apenas os números oficiais daqueles que buscam ajuda, pois sabemos que ainda existe muito estigma social com relação aos transtornos mentais e uma falta de ajuda das pessoas mais próximas para que os depressivos consigam superar e ter uma vida com mais qualidade.
Em todo mundo, são cerca de 322 milhões de depressivos, o que significa cerca de 4,4% de toda população mundial. O Brasil ocupa também o 5º lugar no ranking mundial de casos da doença, o que mostra que ela afeta 1 em cada 20 pessoas. Não é algo que devemos ignorar. Nas Américas, o país só perde para os Estados Unidos com 5,9% de depressivos.
Além dos Estados Unidos e do Brasil, os países com maior número de depressivos é a Austrália (5,9%), Estônia (5,9%) e a Ucrânia (6,3%). As nações que apresentam os menores índices de do transtorno são as Ilhas Salomão (2,9%) e a Guatemala (3,7%).
Segundo a OMS, até 2020 a depressão será o transtorno mental mais incapacitante em todo o planeta. Consideramos doença incapacitante como aqueles que impossibilitam alguém de realizar alguma atividade remunerada. Ela ainda é responsável pela segunda maior quantidade de afastamento do trabalho.
Estima-se que mais de 1 trilhão de dólares é o valor de perda econômica mundial gerada pelas consequências dos transtornos mentais. Esses dados são resultado de cálculos que consideraram os custos de tratamento e os resultados de saúde em 36 países de baixa, média e alta renda durante 16 anos, de 2016 a 2030.
Os baixos níveis de diagnóstico e acesso a cuidados para a depressão e outros transtornos mentais mais comuns, como a ansiedade resultam nessa perda monetária que afeta famílias, empregadores e governo.
As famílias perdem quando seus componentes que possuem a doença não conseguem mais trabalhar. Os empregadores sofrem as consequências quando os funcionários se tornam menos produtivos e incapazes de exercer sua função. Os governos são os responsáveis por pagar despesas mais elevadas de saúde e bem-estar.
A faixa etária mais afetada em terras nacionais varia entre 55 e 74 anos. O sexo feminino é o que mais sente as consequências, pois 5,1% das mulheres são depressivas. Quando se trata dos homens, a porcentagem cai para 3,6%.
Mesmo que a depressão possa atingir qualquer pessoa, o risco se torna maior na presença de pobreza, desemprego, morte de alguém próximo, ruptura de relacionamento, doenças e uso de álcool e de drogas.
Uma pessoa que apresenta sintomas de depressão, se não receber tratamento e atenção adequados, pode chegar até o extremo: o suicídio. Ele causou 788 mil mortes em 2015, o que representa quase 1,5% de todas as mortes no mundo, figurando entre as 20 maiores causas de morte no ano. Se tornou a segunda maior causa de morte no ano entre jovens de 15 a 29 anos.
A Organização, diante desse quadro preocupante e que só tende a aumentar, lança anualmente campanhas como “Depressão: vamos conversar”, cujo objetivo é fazer as pessoas que são diagnosticadas ou que é que mais pessoas com depressão, em todo o mundo, busquem e obtenham ajuda.
 
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