Pare para pensar em quando você se sentiu doente e não perguntou quando você ia ficar curado e não precisar mais se preocupar com o assunto. Essa dúvida permeia a cabeça de qualquer um que foi diagnosticado com alguma doença.
O depressivo não seria diferente, mas essa pergunta não é feita apenas por aquele que possui a doença e também pelos mais próximos, que veem o sofrimento do outro invadir todo o círculo familiar.
Para tentar responder a essa pergunta, devemos fazer um panorama do que é a depressão. Ela é uma doença incapacitante (ou seja, que impossibilita ou dificulta alguém a seguir trabalhando) que apresenta sintomas físicos e psicológicos, sendo sua maior característica a ausência de vontade ou desejo de fazer até as atividades mais prazerosas. A doença ainda interfere na qualidade do sono e na alimentação.
Outra questão que deve ser ressaltada é a diferença a depressão da tristeza. A tristeza, assim como a alegria, o amor, a raiva, é um sentimento normal da vida. Esse sentimento não é tão duradouro ou intenso e não impede que a pessoa continue participando ativamente de sua vida, como emprego, casamento e estudos. A depressão se apresenta como o contrário de tudo isso. Ela não tem relação direta com um evento desagradável, ela não é passageira e é incapacitante.
A partir do diagnóstico da depressão, os pacientes conseguem receber uma assistência devida com psicoterapia, medicação, prática de atividade física, melhora de outros problemas de saúde, entre outros.
Independentemente do que for proposto como tratamento, o objetivo é a melhora completa de todos os sintomas que caracterizam o seu quadro depressivo. Lembrando que cada tratamento é sugerido de acordo com o tipo e estágio em que está o paciente.

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A melhora completa é fundamental para que o paciente não experimente recaídas ou para que a doença não se torne crônica. Mesmo assim, o tratamento correto não garante que não haja nenhuma recaída, pois estudos apontam, que mais de 50% dos pacientes, após um primeiro episódio depressivo, vão apresentar algum outro episódio.
Porém, o quadro clínico de uma pessoa com depressão piora muito quando a doença não recebe o tratamento devido, fazendo com que a doença se estenda por mais tempo que o devido, que episódios durem muito mais e que ela se torne crônica.
Por ser uma doença multifatorial, ou seja, que une fatores genéticos, biológicos e psicossociais, é muito provável que ela apresente períodos de uma forma mais aguda e períodos de crises, assim como outras doenças clínicas, como hipertensão arterial e diabetes.
Dessa forma, ela é em si uma doença crônica que não tem cura, mas que, atualmente, apresenta tratamentos que podem ao paciente mais controle sobre ela, o que melhora a sua qualidade de vida, pois os episódios se tornam menos graves e duradouros.
Mesmo sabendo que ela não tem cura, pesquisas recentes acabam de descobrir um medicamento que pode melhorar os sintomas dos pacientes diagnosticados em apenas 24 horas.
A maior parte dos medicamentos usados para o controle da doença atualmente visam equilibrar o nível de serotonina no cérebro que, como já foi informado, é o neurotransmissor responsável pelo humor e que acaba sendo mal distribuído pelo cérebro de uma pessoa depressiva.
No entanto, esses remédios podem demorar até oito semanas para fazer efeito e os pacientes podem sofrer diversos efeitos colaterais até seus organismos se acostumarem com eles.
Esse novo medicamento tem como objetivo melhorar a distribuição de outro neurotransmissor, o ácido gama-aminobutírico (conhecido pela sigla em inglês GABA), que é responsável pela regulação da excitabilidade neuronal ao longo do sistema nervoso. Os testes feitos em animais de laboratório mostraram que a medicação foi capaz de melhorar os sintomas da depressão em apenas 24 horas.
Essa pesquisa foi feita pelo cientista Scott Thompson, do presidente do Departamento de Fisiologia da Escola de Medicina da Universidade de Maryland.
O teste foi feito em ratos que apresentavam estresse e outros que não tinham esse problema. Esse medicamento se apresentou poderoso para aliviar os sintomas devastadores da depressão em menos de um dia, pois ele aumenta a força de comunicação excitatória em regiões que estavam enfraquecidas pelo estresse.
Os ratos que estavam livres do estresse não foram afetados pelo medicamento. Com isso, os pesquisadores acreditam que pode não apresentar efeitos colaterais em humanos.
O grande desejo do estudioso é saber se o medicamento pode aliviar sintomas, como os pensamentos suicidas. Nesse caso, se resolver desejos repentinos como esses, poderá revolucionar a forma como os pacientes são tratados.
Os medicamentos ajudam no controle das partes química e genética. Contudo, é necessário que o paciente cuide também dos fatores emocionais que o levaram à doença para que eles não se tornam apenas uma máscara que esconde uma ferida que ainda está aberta.
A depressão só para de incomodar realmente quando conseguimos tratar todos os aspectos que a envolvem, como os aspectos neurológicos e psicológicos.
Alguém que sofreu maus tratos na infância e com isso desenvolveu depressão, por exemplo, não vai conseguir melhorar apenas com medicamentos. Ela precisa cuidar também das dores que acontecem e que fazem parte da história. A ressignificação dessas memórias torna menos dolorosos os momentos.
Ressignificar as memórias é um grande passo para evitar reviver e sofrer no presente grandes mágoas e traumas do passado. Devemos aprender a superar conflitos, conviver com mudanças, relacionar de forma harmoniosa com todos e dominar as emoções. Esses são outros pequenos passos que devemos aprender e praticar.
O primeiro passo, ao sentir que não parecemos bem e que não nos sentimos bem, é buscar a ajuda de um profissional. Quando mais cedo isso acontecer, menos probabilidade é tem de evoluir e passar de uma doença leve ou moderada para uma doença grave.
Esse processo de consciência que a cura emocional das doenças proporciona pode ser aprendido e praticado com o Autoconhecimento — que é um voltar-se para si mesmo, quando deixamos de observar o externo e passamos a prestar atenção ao que acontece dentro de nós, a quem somos de verdade e como encaramos a vida.
 
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