A cumplicidade é o ato de ser cúmplice, isto é, de assumir a figura do companheiro num relacionamento. Num relacionamento pessoal, isso ocorre por meio de demonstrações de afeto, de celebração dos bons momentos e de fortalecimento nas horas difíceis. Num relacionamento profissional, isso ocorre num processo de coleguismo e de ajuda mútua.

É importante ressaltar que a cumplicidade nos relacionamentos é o que os torna fortes e resistentes com o passar do tempo. No entanto, é preciso que as duas partes envolvidas na relação adotem essa postura. Caso contrário, esse companheirismo pode “esfriar”.

Neste artigo, você compreenderá melhor a importância da cumplicidade nas relações pessoais e profissionais e descobrira como agir quando essa relação parecer “esfriar”. Boa leitura!

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A cumplicidade na vida pessoal

Quando duas pessoas se apaixonam e decidem viver uma vida a dois, elas não podem cair na ilusão de que o parceiro é perfeito ou de que o futuro será um mar de rosas. É preciso compreender que o companheiro também tem seus defeitos, como qualquer ser humano, e que a vida será feita de momentos alegres e de momentos difíceis.

Quando as duas pessoas envolvidas na relação aceitam os defeitos uma da outra e, mesmo assim, optam por seguir uma vida a dois, é sinal de que os seus sentimentos são genuínos e recíprocos. É nesse momento que a cumplicidade deve surgir. Nos relacionamentos pessoais, ela se revela de diversas maneiras: num gesto de carinho, num abraço, num elogio, na ajuda nas tarefas do dia a dia, no compartilhamento das alegrias e vitórias, na força que um oferece ao outro nas horas difíceis, entre outros.

A cumplicidade na vida profissional

PSC

A cumplicidade na vida profissional é bem diferente da sua manifestação nos relacionamentos pessoais. Geralmente, as pessoas que trabalham numa mesma empresa não escolheram os seus colegas, mas acabaram sendo contratadas para trabalhar ao lado deles. É ao longo do tempo que uma pessoa conhece a outra e descobre alguns pontos em comum.

Nesse ambiente, o companheirismo está muito mais associado à ajuda mútua. Quando um colega ajuda o outro numa tarefa difícil, e o outro retribui em algum momento, surge a cumplicidade. Um sabe que pode confiar no outro, o que facilita a vida profissional de ambos. Além de tornar o trabalho mais fácil, o próprio ambiente profissional fica mais leve e harmônico quando as equipes são formadas por indivíduos que confiam e que gostam uns dos outros.

Das relações profissionais de cumplicidade, podem até mesmo surgir amizades que se fortalecem fora da empresa.

O companheirismo “esfriou”. E agora?

É muito comum ouvir pessoas dizendo que, nos primeiros meses, a relação seguia às mil maravilhas. Com o passar do tempo, porém, a vida caiu na rotina, as palavras e gestos de carinho morreram, os comportamentos ficaram mais frios e monótonos, e aquela alegria do dia a dia do início deu lugar ao tédio, à mesmice, ou mesmo à indiferença.

Esse cenário é muito frequente, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Indivíduos que estavam sempre juntos e construíam uma relação de companheirismo aos poucos veem esses laços perderem a força. O tempo pode provocar isso nas relações, mas há como reverter esse quadro. Confira 4 conselhos para restabelecer a cumplicidade nas suas relações.

1. Converse com carinho

Se você apresenta algum tipo de insatisfação com o seu relacionamento, você não precisa e nem deve guardar esses sentimentos para si. Também não deve supor que o seu companheiro tenha bola de cristal e adivinhe o que se passa em sua mente. Aqui estão dois bons motivos para que você invista numa ferramenta simples, mas poderosa: o diálogo.

Com respeito e sem tom de cobrança, sente-se ao lado da pessoa e expresse aquilo que você sente. Não utilize frases do tipo “você fez isso, ou deixou de fazer aquilo”. Prefira “eu sinto que a nossa relação esfriou”. Colocar as frases em primeira pessoa expressa que aquela é a sua visão, retirando da conversa um tom acusatório que só tende a desencadear novos problemas.

Talvez a outra pessoa nem sequer tenha percebido que isso acontece. Talvez ela também tenha insatisfações em relação a você. Por isso, é importante que as duas partes se reúnam, expressem os seus sentimentos, compreendam as emoções do outro e, juntos, se comprometam a rever as suas atitudes a fim de reedificar a relação.

2. Encontre uma válvula de escape para os sentimentos negativos

A perda da cumplicidade numa relação pode provocar o surgimento de sentimentos negativos, como: tristeza, raiva, isolamento, decepção, frustração, fracasso, culpa e a sensação de estar sendo desprezado. Acumular esses sentimentos negativos não é saudável e nem construtivo para resolver os problemas da falta de cumplicidade.

Conversar com o companheiro num momento em que todas as emoções estejam à flor da pele pode ser mais prejudicial do que benéfico. Por isso, a dica é encontrar uma “válvula de escape”, que permita que você descarregue essa energia ruim, amenize esses sentimentos negativos e possa administrá-los até conversar com o seu parceiro.

Entre as sugestões de válvulas de escape estão: a meditação, a prática de exercícios físicos, um passeio com uma amiga e até mesmo um dia de faxina ao som de uma música cheia de energia. Essas atividades ajudam a pessoa a liberar essa sensação negativa, permitindo que tenha mais calma e serenidade na hora de lidar com o parceiro.

3. Demonstre companheirismo nos pequenos gestos

Se você conversou com o seu companheiro, e os dois se comprometeram a agir no sentido de restabelecer a cumplicidade na relação, é hora de agir. Contudo, saiba que você não precisa fazer uma segunda lua de mel em Paris para isso. Pequenos gestos já demonstram essa mudança e fazem uma diferença positiva no dia a dia da relação.

Entre um casal de namorados, os beijos, os abraços, os elogios e um jantar preparado com carinho são ótimos exemplos desses gestos que aumentam a cumplicidade. Eles demonstram afeto e amor, reaquecendo os corações.

Numa relação profissional, por sua vez, também existem meios de restabelecer a cumplicidade entre colegas: oferecer auxílio numa tarefa complicada, bater um papo mais descontraído na hora do almoço ou na pausa para o café e compartilhar informações e conhecimentos úteis são bons exemplos. Pequenas atitudes reforçam a cumplicidade.

4. Olhe-se no espelho

Por fim, é importante dialogar com o companheiro para que as questões que estão provocando desconforto sejam solucionadas. Contudo, não podemos nos esquecer de que toda relação é uma via de dupla. Assim, antes de exigir do outro determinadas atitudes, precisamos nos questionar: será que eu estou oferecendo ao outro a cumplicidade e o companheirismo que eu desejo receber?

Esse exercício de olhar-se no espelho pode ser desconfortável, mas é ele quem nos leva ao autoconhecimento. Não podemos jogar apenas no outro a culpa pelos problemas da relação sem que antes façamos um exame de nossas próprias atitudes e comportamentos. Depois que isso for feito, vale a pena conversar com a pessoa e admitir a sua parcela de responsabilidade.

Toda relação construtiva é pautada na reciprocidade e também na empatia, que é o ato de colocar-se no lugar do outro. Quando os dois envolvidos fazem isso, o relacionamento se fortalece, pois um agirá no sentido de fazer o outro feliz, e todos saem ganhando.

Agora que você já compreende a importância da cumplicidade nos relacionamentos pessoais e profissionais, que tal colocar as dicas acima em prática? Se você gostou delas, deixe o seu comentário no espaço abaixo. Além disso, faça um gesto de gentileza com aqueles que estão ao seu redor e compartilhe este artigo em suas redes sociais. Leve esta reflexão a quem mais possa precisar dela!

Imagem: Por DisobeyArt