Empreendedores precisam adquirir itens de seus fornecedores que servem com base para seus produtos. Depois que os produtos estão prontos, eles são estocados, distribuídos aos revendedores ou vendidos diretamente aos clientes. Então, os clientes pagam por esse produto, podendo ser a vista ou a prazo. Até que isso aconteça, a empresa precisa do chamado capital de giro.

O que é o capital de giro?

Há um intervalo de tempo considerável entre o momento em que o empreendedor compra um produto de seus fornecedores até que ele receba os pagamentos de seus clientes finais. Durante esse intervalo, o empresário precisa pagar salários, fornecedores, impostos, contas de luz e água, aluguéis, manter estoques, enfim, arcar com suas despesas de sempre.

No entanto, se os pagamentos dos clientes ainda não chegaram ou se estão chegando aos poucos, de onde sairá o dinheiro para pagar essas despesas? A resposta é o capital de giro.

O capital de giro é uma quantia financeira que é necessária para manter as atividades da empresa durante este período em que o dinheiro das vendas ainda não chegou ao caixa. É uma cobertura para arcar com as despesas desse intervalo.

Como calcular o capital de giro?

Para conseguir calcular corretamente o capital de giro do seu negócio, você deve ter um acompanhamento financeiro diário muito bem atualizado.

1º passo: o primeiro passo é calcular o tempo médio de todas as contas a pagar, incluindo: pagamento de fornecedores, salários, impostos, entre outros custos e despesas de operação. Calcule também o prazo médio para os recebimentos de seus clientes. A diferença entre os dois prazos que você calculou corresponde ao intervalo de tempo em que você deverá ser bancado pelo capital de giro.

2º passo: posteriormente, calcule o somatório de custos fixos mensais do seu negócio, incluindo: aluguéis, contas (energia, água, telefones etc.), salários e demais itens.

PSC

3º passo: estime também o custo variável mensal do seu negócio, incluindo todas as despesas relacionadas à produção e venda dos seus produtos/serviços: matéria-prima, custos financeiros com impostos sobre vendas, entre outros.

4º passo: com os valores obtidos para esses gastos e despesas mensais, tanto os fixos como os variáveis, some-os e depois obtenha uma média do valor de custos por dia.

5º passo: multiplique o valor diário que você encontrou pela quantidade de dias referentes ao período de tempo em que você precisará ser bancado pelo capital de giro (aquele período que você encontrou no 1º passo). Esse é o valor do capital de giro de que você precisará para cobrir suas despesas no referido período.

6º passo: obtenha também o valor de estoque que sua empresa precisa. Se o seu negócio estiver no início, contabilize o valor do estoque mínimo necessário para iniciar suas atividades. Se sua empresa já estiver em operação, contabilize o valor de estoque até a próxima reposição de seus fornecedores. Some o valor encontrado ao valor que você obteve no 5º passo. O montante encontrado corresponde ao valor total da sua necessidade de capital de giro.

Algumas dicas sobre capital de giro

  • Nunca deixe de acompanhar a situação financeira de sua empresa, nem mesmo por um só dia;
  • Diminua os custos o quanto for possível, sem comprometer a qualidade de seu trabalho;
  • Sempre que utilizar seu capital de giro, reponha exatamente a quantia utilizada assim que o dinheiro entrar em caixa;
  • Negocie possíveis descontos com seus fornecedores por pagamentos à vista, ou solicite aumentos de prazos;
  • Se for possível, reduza os prazos de financiamento oferecidos aos clientes, mas não seja tão rigoroso, pois isso pode levá-los a optar pelo concorrente, se este disponibilizar prazos mais longos;
  • É possível solicitar às instituições financeiras adiantamentos sobre pagamentos que só seriam efetuados no futuro. No entanto, fique atento às taxas de juros cobrados por esta possibilidade. Quanto aos empréstimos, somente os solicite em último caso, desde que tenha garantias futuras para pagá-lo.