Você já parou para pensar na sua própria mudança ao longo dos anos? Em como amadurecemos e nos tornamos indivíduos diferentes daqueles que éramos há 10 anos?

Se fizéssemos um esforço de olhar para trás, para as coisas que fazíamos e dizíamos, veríamos como somos mutáveis, um novo ser em cada nova época. Isso acontece porque, ao longo dos anos, vamos adquirindo maturidade, conhecendo pessoas que nos fazem enxergar além dos limites impostos por nós mesmos, questionando as crenças que não nos deixavam seguir a trilha do sucesso, e por aí vai.

Na sequência, vamos falar sobre a incrível jornada que é conhecer a si mesmo e a sua importância. Acompanhe-nos nesta reflexão!

A essência do autoconhecimento

“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos” — Marguerite Yourcenar, escritora belga.

O autoconhecimento é o processo por meio do qual conhecemos a nós mesmos. Trata-se de uma jornada que tem início no primeiro dia das nossas vidas e que só tem fim no nosso último respiro.

Quando uma pessoa conhece a si mesma, ela descobre o que a faz feliz e o que lhe faz mal. Ela conhece os seus talentos, vocações e habilidades. Ela compreende o seu propósito de vida. Ela define objetivos congruentes com esse propósito. Ela cria relações saudáveis com as pessoas ao seu redor. Ela vive a vida que ela quer, sem dar tanta importância à opinião alheia.

PSC

O autoconhecimento nos leva, além de tudo, à compreensão dos nossos pontos fortes, mas também daqueles que precisam de melhorias. Isso se vê em todas as áreas da vida: pessoal, profissional, social, familiar, espiritual, financeira, amorosa, e por aí vai. Em cada um desses “palcos”, assumimos diferentes personagens, mas sem deixarmos de ser o mesmo ator.

Por isso, quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais conseguimos potencializar as nossas forças e corrigir aquilo que precisa ser corrigido. É assim que entramos em um ciclo de melhorias contínuas e, consequentemente, transformamos os nossos sonhos em realidade. Quem conhece a si mesmo progride e tem mais força para superar as adversidades da vida!

Em cada mudança, um aprendizado

O que nos proporciona mudança, também, são as tentativas, as conquistas e os fracassos. Cada tentativa de encontrar uma profissão que o satisfaça, cada início em um novo curso na faculdade (até encontrar aquele que realmente completa a sua alma), cada busca pela religiosidade que vai encher o seu espírito, cada livro lido, cada filme visto… tudo isso é sabedoria, é engrandecimento, é aprendizado.

Todos os caminhos que percorremos ao longo da vida nos fazem entender que, muito provavelmente, o caminho mais árduo é aquele que caminhamos para o mais profundo do nosso próprio ser.

De que adianta conhecer as religiões, ler os melhores livros, ver os filmes mais intensos, se não percebermos que a verdadeira sabedoria está na busca por nós mesmos?

Talvez, cada um dos atalhos tenha sido tomado para esquecer o caminho principal, que nos leva à verdadeira expansão da nossa consciência. Quase sempre, deixamos de lado o mais difícil por insegurança e medo do desconhecido. Quem não tem medo de mergulhar nas partes mais profundas do mar?

Então, o mesmo acontece com a nossa mente, com a nossa essência.
Contudo, o autoconhecimento é o único caminho que pode nos levar à transcendentalidade, ao conhecimento além da superfície, à percepção de que somos únicos e incomparáveis a nada nem a ninguém. Por conta disso, essa jornada nos leva à compreensão de que somos uma infinitude de segredos a serem desvendados e tesouros a serem descobertos.

Luz e sombra

Esse caminho é cheio de altos e baixos, inseguranças e certezas, inquietudes e calmaria, avanços e recuos, terra batida e asfalto liso, calor e frio, luz e sombra, mas é o único caminho possível para alcançar a nossa Divindade Interior.

Ao percorrê-lo, conseguimos entender quem verdadeiramente somos e desvendamos mistérios até então fechados a sete chaves. Descobrimos os nossos mais profundos sentimentos, as nossas mágoas e até mesmo os nossos amores mais enraizados. Compreendemos o que compõe a nossa unicidade.

Esse caminho pode ser curto, pode ser longo, pode ser árduo como o deserto, pode ser leve como um passeio no parque aos domingos, mas, ao fim dele, você poderá se deparar com um novo ser. Aquele mistério que até então parecia indecifrável se torna mais claro do que o vidro mais transparente.

Chegar nesse ponto é entender a nossa essência, visualizar as crenças que nos limitam e as que nos faz mais fortes e saber que o nosso lado sombra existe para equilibrar nosso lado luz — ambos necessários para a nossa existência.

O Divino que habita em nós

Estaremos, assim, diante do Divino que habita dentro de cada um de nós. Durante o caminho todo, sentimos cada uma das partes do nosso corpo como parte integrante do Universo. Visualizamos cada sentimento positivo e negativo que carregamos no mais profundo do nosso ser. Descobrimos o nosso propósito. Nesse sentido, entender a nossa unicidade é aceitar a nossa missão, tomá-la para si e fazer dela realidade.

O caminho conduz ao florescimento do coração e à expansão da consciência, que é uma compreensão de que estamos todos integrados e que o Universo é abundante em si para todos os seres que o habitam. O verdadeiro conhecimento de nós mesmos nos proporciona um novo olhar a tudo o que nos cerca: um olhar de compaixão ao mundo. Conhecer a si mesmo é também conhecer o Universo e encontrar a Divindade que mora dentro de cada um de nós.

Pensando nesse percurso do Autoconhecimento, será que mudamos mais quando olhamos para o mundo exterior ou quando nos voltamos para o mundo interior? Qual será o caminho mais difícil e qual seria o mais gratificante: nadar no mar externo ou mergulhar nas partes mais profundas do mar que nos faz ser quem somos?

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