Antes de nos aprofundarmos um pouco mais no poder do Business Coaching, precisamos compreender a essência do Coaching, e como este fantástico movimento de transformação e aceleração de resultados chegou a empresas de todo o mundo. Não vamos aqui focar cronologicamente em todos marcos históricos, mas em contextualizar algumas informações importantes de modo que entenda, com mais clareza, a história do Coaching moderno.

Consciente ou inconscientemente, o ser humano vive uma busca incansável por evolução. Este é um processo que, ao mesmo tempo em que é biológico, também é mental, emocional e espiritual. Por isso, cria também, o tempo todo, métodos, ferramentas, ideias e recursos para sair de um estado indesejado para o lugar onde gostaria de figurar em sua própria história. O Coaching é uma destas estratégias de desenvolvimento humano que proporcionam o que chamamos de evolução sistêmica, pois ainda que o foco de um processo seja o aperfeiçoamento no âmbito profissional, o fato é que todas as demais áreas da vida são verdadeiramente beneficiadas por ele.

Não se sabe com exatidão quando o processo surgiu, mas há relatos de que desde a Grécia Antiga, os atletas já contavam com preceptores, espécies de guias espirituais e físicos como apoio importante ao seu bom desempenho em competições. Sócrates, com sua maiêutica, também é tido como um dos primeiros a criar e utilizar a técnicas das perguntas poderosas para inspirar reflexões e gerar mudanças e ações em seu grupo de discípulos.

Pulando para o século 18, na Inglaterra, o nome “coach” que significa treinador, em inglês, passou a ser usado no campo da educação. Este era o termo pelo qual os alunos chamavam seus mentores, professores que lhes ajudavam a passar em seus exames finais, ou seja, a alcançar seu estado desejado com sucesso. Digamos que nos dias atuais, a essência permanece a mesma, pois o processo continua a levar as pessoas de onde elas estão para onde querem estar. Porém, foi a partir da década de 1970, que o Coaching começou a tomar a direção do mundo dos negócios.

Nesta época, o treinador esportivo americano Timothy Gallwey lançou uma série de livros intitulados – “O Jogo Interior”, entre eles destacamos: O Jogo Interior do Tênis, do Golfe e da Música. Neles Tim, compartilhava suas experiências como coach e destacava como o preparo emocional era tão essencial como treinar as habilidades técnicas dos atletas. Segundo sua teoria, o sucesso nos esportes e nas demais carreiras exigiria um rigoroso foco em ter autodisciplina e em expandir o poder interior de cada um. Quando isso é represado, por mais talentosa que a pessoa seja, ela não consegue explorar 100% do seu potencial e nem conquistar seus resultados extraordinários.

Hoje parece tão óbvia a necessidade de investirmos em autoconhecimento e autodesenvolvimento como forma de aumentarmos nossas chances de sermos bem-sucedidos, mas naquela época, ideias como estas ainda não eram tão disseminadas. Por isso, o que Timothy Gallwey propôs foi recebido tão bem por atletas de diversas modalidades, que passaram a aplicar, com sucesso, os seus ensinamentos para melhorar aspectos de suas vidas pessoais e desenvolver suas carreiras além dos esportes.

Foi também nesta época que o Coaching e as ideias extraordinárias de Tim começaram a fascinar o universo corporativo e quando o treinador esportivo passou a atuar em empresas como coach de grandes empresários, líderes e executivos. Daí em diante, o Coaching de Negócios só cresceu nos Estados Unidos. Graças aos esforços de coaches importantes e influentes, a exemplo de Thomas Leonard, especialista em Coaching Pessoal e, do conferencista Werner Erhard, a metodologia se expandiu também por toda a Europa.

PSC

Contudo, um dos maiores expoentes do Coaching, no Reino Unido, foi Sir John Whitmore, inglês, ex-piloto de corridas, que depois de encerrar sua carreira esportiva dedicou sua vida a disseminar esta poderosa filosofia nas empresas. Para isso, ele foi aprender diretamente com Timothy Gallwey, nos Estados Unidos, os preceitos do treinamento “Inner Game”. Ficou tão fascinado com suas possibilidades que levou o método para a Inglaterra e, lá começou a aplicá-los, inicialmente, visando o aumento da performance de atletas de golfe e tênis.

Visionário, John sentiu logo que a metodologia poderia ir além e ser empregada também no desenvolvimento e aprimoramento de líderes e gerentes das grandes organizações. Para isso, ele e sua equipe se dedicaram seu tempo a aprimorar o treinamento de acordo com as necessidades, metas e gaps das empresas. Foi ai que confirmaram que a técnica também era bastante eficaz para melhorar o aprendizado, aumentar o desempenho dos profissionais, maximizar seu nível de satisfação, motivação e engajamento, reter talentos, potencializar a liderança e ajudar as pessoas a encontrarem seu verdadeiro propósito de vida.

Criou assim, o Coaching de Negócios, tornou-se pioneiro no segmento de treinamento empresarial e um dos seus expoentes mais importantes e mais respeitados do mundo.