Toda empresa depende da qualidade do seu capital humano, ou seja, das pessoas que nela trabalham, para obter sucesso. Isso quer dizer que o processo de recrutamento e seleção de colaboradores, bem como as iniciativas de retenção de talentos, consiste em um meio para que esse sucesso seja obtido.

Nesse sentido, os departamentos de recursos humanos já perceberam que a gestão do banco de currículos é uma atividade importante. Ela possibilita que a organização identifique perfis de trabalhadores potencialmente compatíveis com a cultura da empresa e com as vagas que ela disponibilizar. Para compreender melhor como o banco de currículos é importante, continue a leitura deste artigo!

O que é um banco de currículos?

Inicialmente, é preciso esclarecer o que exatamente é um banco de currículos. As empresas, hoje em dia, costumam anunciar as suas oportunidades de trabalho por meio de plataformas digitais. Com isso, elas recebem dezenas, às vezes centenas, de candidaturas por vaga, mas é claro que a quantidade de pessoas efetivamente contratadas é muito menor do que isso.

De qualquer forma, a empresa pode manter consigo as informações recebidas dos demais candidatos, formando um banco de currículos (ou banco de talentos). Assim, quando a empresa tiver uma nova oportunidade de trabalho, ela poderá consultar em seus arquivos algum candidato com potencial para ocupar o cargo em questão e entrar em contato com ele.

Esses arquivos antigamente eram físicos, o que demandava muito tempo e muito espaço para administrá-los. Na atualidade, porém, o mais comum é que sejam arquivos digitais. Com as tecnologias mais modernas, é possível filtrar os candidatos por meio de diversas características e competências, facilitando e acelerando consideravelmente o processo de seleção.

Mesmo quando não há uma vaga aberta, é bastante comum ver que as empresas disponibilizam em seus websites uma área geralmente denominada “trabalhe conosco”. Por meio dela, os profissionais interessados em trabalhar naquele lugar podem cadastrar o seu currículo e mantê-lo no banco da organização, de modo que possam ser chamados quando uma oportunidade compatível com o seu perfil surgir.

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Como um banco de currículos pode ser montado?

A gestão de um banco de currículos pode ser efetuada de forma eficiente e eficaz, por meio de seis etapas. Confira-as a seguir.

1. Recrutamento

Como antecipamos nos parágrafos acima, o recrutamento consiste na fase de atração dos profissionais para que cadastrem o seu currículo na plataforma da instituição. Isso pode ocorrer de duas maneiras: quando há vagas abertas (de modo que todos aqueles que se candidatem já fiquem com os seus dados armazenados na empresa) e nos demais períodos (por meio do “trabalhe conosco” — área do website que permite que os profissionais deixem o seu currículo cadastrado no banco da empresa).

Para atrair profissionais competentes, é interessante que a instituição se mostre como uma organização atrativa, em que é bacana trabalhar. Nesse sentido, vale a pena criar campanhas de recrutamento (por meio de e-mails, redes sociais etc.) que enaltecem os benefícios de se trabalhar ali: salários, clima organizacional, possibilidades de crescimento etc.

2. Padronização

O ideal é que as empresas ofereçam aos usuários do site um cadastro com um formulário padronizado, em que a pessoa possa digitar os seus dados pessoais e profissionais. Isso permite que a organização possa filtrar e localizar os profissionais mais compatíveis com as vagas abertas, de forma rápida e precisa. Nesse sentido, contar com um software de Recursos Humanos é extremamente benéfico, pois esse tipo de programa oferece análises mais detalhadas.

Uma dica é colocar asteriscos nos campos obrigatórios, evitando que os currículos fiquem incompletos ou ambíguos. Quanto aos currículos impressos, é vantajoso digitalizá-los e inseri-los no sistema da empresa, juntamente com os currículos digitais.

3. Atualização

Além das campanhas de atração de talentos para o banco de currículos, é importante que a empresa também seja cuidadosa quanto à atualização dessas informações. Por isso, é necessário que esse armazenamento ocorra em ordem cronológica, deixando mais acessíveis os currículos mais recentes.

É interessante descartar os currículos muito antigos, ou ao menos desenvolver um meio de notificar os seus donos de que já faz muito tempo que aquele currículo não recebe uma atualização. As varreduras periódicas são úteis exatamente para que o banco de currículos da empresa não fique “inchado”, com dados incompletos, duplicados ou desatualizados.

4. Categorização

A criação de categorias em um banco de currículos é um procedimento trabalhoso, mas que vale a pena na hora de selecionar alguém para uma vaga específica. Essa categorização segmenta os perfis cadastrados, o que pode ocorrer por meio de diferentes filtros, como: área de formação, nível de senioridade, tempo de experiência, fluência em determinados idiomas, domínio de determinadas ferramentas, conhecimentos técnicos, e por aí vai.

É fundamental criar essas categorias na própria plataforma de currículos da empresa. Assim, quando uma oportunidade de trabalho surgir, os profissionais de RH só precisarão acionar os filtros referentes às características da vaga em questão e encontrar os currículos dos indivíduos compatíveis com essas exigências. Isso torna o processo muito mais rápido e eficaz.

5. Manutenção

É importante realizar backups periódicos de todos os dados armazenados, de modo que nenhum dado seja perdido, caso algum problema ocorra com a plataforma. Oferecer treinamentos aos profissionais que farão uso do programa também é necessário para prevenir e consertar problemas, tão logo surjam.

Além disso, é preciso contar com profissionais competentes, que dominem a utilização da plataforma e também que saibam realizar manutenções e atualizações periódicas, para que os dados sejam protegidos e mantidos na confidencialidade do ambiente interno da empresa.

6. Práticas complementares

Agora que você já sabe como montar e gerenciar adequadamente um banco de currículos, fica aqui um resumo das boas práticas a serem adotadas:

  • Não descarte os currículos eliminados dos processos seletivos;
  • Crie campanhas de atração de novos talentos, incentivando o cadastro desses perfis na área “trabalhe conosco”, no site da empresa;
  • Tenha um software para fazer a gestão do seu banco de currículos, registrando as interações feitas com os candidatos;
  • Faça backup dos dados armazenados e mantenha as informações atualizadas;
  • Armazene os currículos por ordem cronológica, dando menos importância aos mais antigos — que podem estar incompletos ou desatualizados;
  • Crie categorias e subcategorias que possam facilitar o encontro de profissionais com características determinadas;
  • Cheque as redes sociais dos candidatos — mais especificamente o LinkedIn, que é uma plataforma especificamente voltada às relações profissionais. Ele pode ser uma grande fonte de currículos para o banco da empresa.

Empresas que constroem e que fazem uma gestão eficaz dos seus bancos de currículos saem na frente da concorrência, afinal de contas, têm à sua disposição uma grande variedade de talentos, com os quais podem preencher as vagas disponíveis e levar à empresa mais talento, qualificação e competência — elementos tão fundamentais ao sucesso de qualquer organização.

E você, imaginava que um banco de talentos pudesse fazer tanta diferença na vida das instituições? O que pensa sobre o tema? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus colegas e com quem mais possa se beneficiar deste tema, por meio das suas redes sociais!

Imagem: Por Eviart