Os acumuladores são mostrados em documentários, programas de TV e, muitas vezes, vistos como pessoas estranhas. A realidade é que esse comportamento é mais comum do que se pensa, inclusive pode ser que conviva com acumuladores em seu círculo social sem ao menos saber disso. Então, para desmistificar o assunto e até mesmo ajudar de alguma forma aqueles que sofrem com esse problema, irei compartilhar informações importantes a respeito, que você poderá conferir a seguir.

O Que São Acumuladores?

Conforme o nome sugere, os acumuladores são pessoas que possuem uma compulsão por determinados objetos ou, até mesmo, animais de estimação, o que faz com que elas acumulem esses itens em suas casas. Basicamente, se cria uma coleção de coisas, mas em proporções gigantescas, o que pode comprometer o espaço da casa, já que a quantidade costuma ser realmente grande, e até mesmo a higiene do local. Isso pode gerar isolamento social e culminar em outros transtornos, como a depressão, por exemplo.

A acumulação compulsiva se diferencia de um vício porque o ato de acumular não gera prazer como acontece em relação ao abuso de uma substância, por exemplo. Na realidade, o indivíduo deixa de se desfazer de algo para evitar sentir uma forte angústia. Nesse sentido, a diferença está na motivação desse comportamento, que não é a busca por uma sensação prazerosa e sim para se proteger de um sofrimento. Entretanto, essa dor acaba vindo através de outros meios, por conta dos transtornos gerados pelos acúmulos.

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Fatos Sobre a Acumulação Compulsiva

Muitos pesquisadores se dedicam a entender o que está por trás do comportamento de um acumulador, a fim de encontrar maneiras para evitar e tratar o problema. Veja, a seguir, alguns fatos que foram descobertos sobre o transtorno.

  • Estima-se que uma a cada cinquenta pessoas seja uma acumuladora compulsiva.
  • A acumulação é considerada uma forma de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo. Contudo, a acumulação compulsiva pode afetar também pessoas que não possuem TOC.
  • A compulsão geralmente se inicia na infância e adolescência, mas se torna grave na fase adulta, que é quando o indivíduo tem maior autonomia sobre a sua vida.
  • Na maioria dos casos, a acumulação não é gerada pelo prazer de adquirir algo e sim pelo medo de se desfazer de um item. Então, para evitar a angústia, o indivíduo conserva aquele objeto consigo.
  • Uma característica bastante comum aos acumuladores é o perfeccionismo, pois eles têm medo de tomar a decisão errada e descartar algo que possam precisar no futuro.
  • A acumulação pode acometer pessoas de uma mesma família e vir acompanhada de transtornos como depressão, ansiedade, entre outros.
  • Os acumuladores não costumam se dar conta de que têm algum problema, geralmente as outras pessoas veem aquele comportamento como uma mania.
  • Em grande parte dos casos, os familiares apenas percebem que há algo errado quando os acúmulos começam a gerar transtornos.

Os Principais Sinais da Acumulação Compulsiva

É preciso saber diferenciar um indivíduo que apenas tem uma grande quantidade de objetos de um acumulador, pois nem toda bagunça pode ser considerada um acúmulo. Saiba quais são os sinais da acumulação para identificar se você ou alguém próximo apresenta esse tipo de comportamento.

1 – Casa Extremamente Desorganizada

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Toda casa fica desorganizada algumas vezes, entretanto quando a bagunça se torna o estado normal do ambiente e isso passa a afetar a vida daqueles que convivem ali, pode ser sinal de compulsão. A casa de um acumulador tende a se tornar insalubre por conta do excesso de objetos.

2 – Partes da Casa Se Tornam Inutilizadas

O número de objetos fica tão grande que partes da casa se tornam inutilizadas. Muitos, inclusive, se desfazem de móveis importantes para o seu conforto para que mais itens possam entrar. Assim, o quintal, quartos e outros cômodos se transformam em verdadeiros depósitos.

3 – Não Há Organização

Indivíduos que colecionam determinados itens costumam mantê-los organizados para que possam ser facilmente vistos e, claro, conservados. No caso do acumulador, não há nenhum tipo de organização e, em grande parte dos casos, os objetos ficam amontoados pela casa, sem nenhum tipo de cuidado especial.

4 – Os Objetos Acumulados Geralmente Não Possuem Valor

Um colecionador costuma guardar coisas que tenham algum tipo de valor, como, por exemplo, discos, livros, canecas, entre outras. Já muitos acumuladores guardam coisas que não possuem nenhum tipo de valor ou utilidade, como papéis, roupas velhas, embalagens de produtos e objetos quebrados.

5 – O Acúmulo Pode Ser de Animais

Os acúmulos não são apenas de objetos, existem muitos casos de indivíduos que acumulam animais de estimação em suas casas. Geralmente, eles acolhem cães e gatos de rua com a intenção de protegê-los e acabam os submetendo a condições insalubres, por conta falta de higiene do ambiente e por não possuírem condições de alimentá-los. Nesses casos, é fundamental que os animais sejam encaminhados a quem possa cuidar deles adequadamente e o acumulador passe por um tratamento psicológico.

6 – Isolamento Social

Para evitar críticas de seus familiares e conhecidos, os acumuladores tendem a se isolar, o que se torna ainda pior quando vivem sozinhos em uma casa. Geralmente, eles se esquivam de pessoas que se oferecem para visitá-los, já que, em muitos casos, não há espaço para que a visita se acomode no sofá, por exemplo.

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7 – O Acumulador Assume uma Postura Defensiva

Quando um familiar descobre a situação e fala sobre o assunto com o acumulador com a intenção de ajudá-lo, ele tende a assumir uma postura defensiva. A maioria afirma que aquela é a sua forma de viver e que aqueles que não aceitam é que devem se afastar. Portanto, caso tenha alguém próximo que apresente esse comportamento, seja paciente e não se afaste. Mesmo que não tenha se dado conta, essa pessoa precisa muito da sua ajuda. Se informar com um profissional sobre como agir é uma ótima maneira de definir os primeiros passos.

Como se pode ver, ser um acumulador é muito mais do que apenas ser desorganizado. A acumulação compulsiva é um transtorno emocional e as pessoas que apresentam esse problema precisam de ajuda para superá-lo. Em grande parte dos casos o tratamento é realizado através de medicação e psicoterapia.

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