Todos nós, seres humanos, precisamos lidar com diferentes emoções a todo instante. Elas são importantes, pois nos permitem entender e nos preparar para tudo aquilo que acontece em nossas vidas. No entanto, é preciso que tenhamos estabilidade emocional para que possamos viver com alegria e equilíbrio.

Qualquer pessoa passa por altos e baixos diariamente. É impossível que alguém seja feliz o tempo inteiro. No entanto, é importante que saibamos identificar se os sentimentos negativos estão proporcionais aos acontecimentos ou se estão surgindo em frequência ou em intensidade mais altas do que o normal.

Nunca se falou tanto em estresse, depressão e ansiedade. Na verdade, todos esses transtornos da mente nada mais são do que reflexos de um período prolongado de instabilidade emocional. Para saber como ser emocionalmente estável, continue lendo este artigo.

O que é a estabilidade emocional?

Ser emocionalmente estável não significa ser alegre 24 horas por dia, reprimir todos os sentimentos ruins ou simplesmente não demonstrar nenhuma emoção. Tudo isso é impossível, dado que as emoções fazem parte de nossas vidas.

A estabilidade emocional consiste em identificar nossas emoções, relacioná-las aos fatores que as causaram e saber lidar com elas da melhor maneira possível. Assim, o indivíduo será capaz de dosar suas emoções, ou seja, de garantir que sua intensidade não seja exagerada e de agir para resolver os problemas diagnosticados.

Faz parte da essência humana buscar uma vida de felicidade e realização, o que só é possível com corpo e mente em equilíbrio. No dicionário, “estabilidade” é sinônimo de constância, ou seja, o estado daquilo que não se altera. Quando o assunto são as emoções humanas, é impossível falar em constância, mas é possível que saibamos administrar as oscilações emocionais que tanto ocorrem conosco.

A importância da estabilidade emocional na vida pessoal

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Pessoas emocionalmente estáveis sentem-se bem consigo mesmas. A autoestima é uma consequência desse equilíbrio. A estabilidade das emoções permite que uma pessoa compreenda suas forças e fraquezas, sem que isso a abale. Ao contrário, essa percepção, canalizada sob a força positiva das emoções, serve como motivação para que o indivíduo possa fazer do desenvolvimento pessoal uma rotina.

Além disso, a estabilidade emocional permite que as pessoas tenham resiliência para enfrentar os momentos difíceis, coragem para agir e serenidade para aceitar aquilo que não pode ser mudado. Esse conjunto de habilidades torna as pessoas mais sociáveis, ou seja, capazes de construir e manter relacionamentos mais harmônicos, com menos conflitos — que sempre podem ser civilizadamente resolvidos, por meio do diálogo.

A importância da estabilidade emocional na vida profissional

A vida profissional depende de nossa capacidade de reunir habilidades e de aplicá-las em atividades diversas. A estabilidade emocional nos mantém serenos ao enfrentar os problemas desse processo e confiantes de que somos capazes de alcançar nossos objetivos profissionais. Passar no vestibular, bater uma meta de vendas, fazer uma apresentação para o chefe, elaborar um relatório complexo sem erros — todos esses exemplos são desafios que só são superados com equilíbrio emocional.

Além disso, é preciso ressaltar que ninguém trabalha sozinho. Todos nós dependemos de colegas, chefes, clientes, fornecedores, parceiros etc. É claro que, muitas vezes, há conflitos de interesse entre esses agentes, e é a estabilidade emocional que nos permite defender a nossa posição sem que sejamos agressivos para com os demais.

6 dicas para uma mente emocionalmente estável

Como você pode perceber, a estabilidade emocional, além de ser um importante fator de saúde mental, ainda é elemento indispensável ao alcance de nossas metas pessoais e profissionais. No entanto, nem sempre é fácil manter essa estabilidade no dia a dia. Por isso, reunimos 6 dicas para você não esquecer e construir uma rotina emocionalmente saudável:

1. Conheça a si mesmo

Nós só seremos capazes de administrar nossas emoções e traços de nossa personalidade se soubermos quais são essas emoções e quais são esses traços. Quanto mais uma pessoa conhece a si mesma, mais ela percebe quais são as circunstâncias em que sua emoção sofre algum tipo de desequilíbrio.

Consequentemente, ela poderá, com o tempo, desenvolver técnicas para evitar que ocorram explosões emocionais, prevenindo essa instabilidade, ou conseguindo recuperar-se para alcançar um estado emocional mais feliz. Por isso, é importante que as pessoas identifiquem quais aspectos de seu dia a dia mais afetam suas emoções, quais sentimentos eles despertam e quais são as atividades que as fazem recuperar o equilíbrio.

Existem executivos que, diante de um momento de estresse, gostam de meditar, enquanto outros preferem extravasar sua energia emocional por meio de exercícios físicos, por exemplo.

2. Equilibre a razão e a emoção.

Muita gente se pergunta sobre qual das duas seguir: razão ou emoção. A resposta é que precisamos de ambas. A emoção tem a função básica de nos mostrar o que nos faz bem e o que nos faz mal. É ela a responsável por identificarmos qual carreira nos faz felizes, qual pessoa nós amamos de verdade, quais são nossos objetivos na vida pessoal, enfim, aonde queremos chegar.

Se a emoção nos permite determinar objetivos, a razão, por sua vez, é a responsável pelo pensamento estratégico para que alcancemos esses objetivos. O pensamento racional nos permite planejar, desenhar estratégias, prever resultados, relacionar causas e efeitos, enfim, traçar um plano para alcançarmos o que tanto desejamos. Portanto, é primordial que desenvolvamos um perfeito equilíbrio entre essas duas forças, pois elas são igualmente importantes. Não há uma que deva ser priorizada.

3. Saiba lidar com as diferenças

Ao longo deste artigo, já citamos que a estabilidade emocional tem um impacto positivo em nossos relacionamentos. Isso acontece porque, quando somos emocionalmente inteligentes, automaticamente aprendemos a lidar melhor com as diferenças. Cada indivíduo é único e tem suas particularidades, sua personalidade, sua experiência de vida, enfim, sua “bagagem”.

Por isso, não faz sentido que nós queiramos que alguém analise as situações da vida sob o mesmo ponto de vista que nós. É por isso que a sociedade é tão diversa, e é por isso que dependemos uns dos outros. As habilidades que uma pessoa tem faltam no outro, e vice-versa.

Por isso, as diferenças não devem ser compreendidas como empecilhos ao nosso desenvolvimento, mas como elementos que nos completam enquanto grupo. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém, mas, ao discordar, é possível fazê-lo de forma respeitosa e cordial.

4. Desenvolva a automotivação

Quando falamos em motivação, sempre pensamos em uma força externa que nos leva a uma determinada ação. É o que acontece, por exemplo, quando pais prometem um presente ao filho se houver bom comportamento.

No entanto, com o chegar da idade adulta, percebemos que é preciso encontrar a motivação dentro de nós mesmos. Estudar é difícil, trabalhar é difícil, fazer dieta é difícil, praticar atividade física é difícil, mas tudo isso fica mais fácil quando nos lembramos dos porquês de fazermos essas coisas.

Estudar para encontrar um bom emprego, trabalhar para obter um bom padrão de vida, enriquecer para ter um estilo de vida confortável, ser fisicamente ativo para ter saúde e um corpo que nos deixe felizes — refletir sobre os porquês de nossas atitudes é a chave para que saibamos motivar a nós mesmos.

5. Pense positivamente

A mente humana é programada para criar visualizações dos piores cenários possíveis que possam acontecer em nossas vidas. Isso não acontece por pura crueldade, mas como um resquício de nosso processo evolutivo: é pensando em catástrofes que conseguimos nos preparar para os desafios. No entanto, você já percebeu que 99% dos pensamentos catastróficos que temos diariamente jamais se concretizam?

É por isso que tanto se fala em pensamento positivo. Pensar positivamente não significa desconsiderar os riscos que corremos, mas entender que a vida não é tão aterrorizante quanto a mente nos leva a crer. Antes de uma prova, por exemplo, pensar que estamos prontos para ter um bom desempenho nos ajuda a manter a calma e a confiança, fatores essenciais para que de fato sejamos bem-sucedidos.

Em contrapartida, acreditar nesses cenários caóticos projetados por nossas próprias mentes nos leva a um quadro de medo, raiva e ansiedade — por vezes desproporcionais aos acontecimentos.

6. Invista no autocuidado

Por fim, reflita sobre as perguntas a seguir:

  • Você dorme entre 6 e 8 horas por dia?
  • Alimenta-se de forma equilibrada?
  • Pratica alguma atividade física com frequência?
  • Tem definidos os horários de trabalho, horários de descanso e horários de lazer?
  • Possui uma rotina de autocuidado: higiene pessoal, massagens, meditações, orações, músicas relaxantes?
  • Possui uma vida social ativa, cultivando um bom relacionamento com seus amigos e familiares?

Todos os hábitos acima compõem uma rotina de saúde física e mental. Uma pessoa emocionalmente estável teria respondido “sim” a cada um deles. No entanto, se há alguns itens em que sua resposta foi “não”, não se preocupe. Nunca é tarde para dar início a uma nova vida, repleta de harmonia e equilíbrio.

A estabilidade emocional é uma capacidade que pode e deve ser desenvolvida com frequência pelo bem-estar de nossas vidas pessoais e profissionais. Coloque as orientações acima em prática para viver de forma estável.

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