É comum, na nossa vida, nos depararmos com pessoas com um perfil mais sério do que as outras. Por serem contidas, são aquelas que consideramos mais honestas e responsáveis e que mantêm uma postura profissional e pessoal mais discreta, ou seja, que pouco expõem as suas vidas.

Entretanto, embora essa seja uma qualidade respeitável, o excesso de seriedade também pode ser um empecilho importante para que a pessoa tenha condutas menos regradas. Tanto a falta como o exagero podem levar a resultados ruins, na forma da pessoa se relacionar consigo mesma, com os outros e com o mundo à sua volta.

Nas empresas, esse comportamento se reflete de maneira positiva em profissionais dedicados, honestos, coesos e comprometidos com o seu trabalho. Por outro lado, também podemos percebê-la nos colaboradores que não participam de festividades, que têm dificuldades no relacionamento interpessoal ou que não sorriem de quase nada.

Na vida pessoal, é demonstrada em comportamentos rígidos e que, muitas vezes, excluem tudo e todos que não se encaixam na sua forma de ver o mundo. Os muito sérios costumam achar que as outras pessoas “brincam demais” e que são os únicos seres que realmente levam as coisas a sério, o que não é verdade.

Encontrando o equilíbrio na seriedade

A vida não é uma caixa, em que temos que nos esconder e resguardar de tudo o que é diferente de nós. Por isso, é fundamental encontrar um equilíbrio verdadeiro e tangível quando o assunto é a seriedade.

Podemos e temos, sim, que ser sérios no nosso trabalho, buscar fazer o nosso melhor, mostrar responsabilidade e foco e agir com respeito e comprometimento. Todavia, isso não nos impede de sorrimos, dar um belo “bom dia” às outras pessoas, ajudar o outro ou nos relacionar com os nossos colegas com perfis diferentes da melhor forma possível.

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Isso se aplica especialmente à figura do líder, que, muitas vezes, assume uma postura séria demais, o que acaba comprometendo a sua relação com sua equipe. Para que isso não ocorra, é essencial buscar um meio-termo, de modo que isso lhe permita demonstrar o seu profissionalismo, como também a sua capacidade de ser mais aberto, flexível às diferenças, tolerante e acessível.

Nas relações pessoais, a seriedade deve estar presente na confiança e na lealdade doada aos relacionamentos afetivos e familiares, na forma de resolver os problemas e conflitos e na forma de demonstrar os seus sentimentos. Isso confirma a força de caráter da pessoa e que a sua seriedade é apenas uma nuance da sua personalidade, e não o que lhe define completamente.

5 dicas para equilibrar a seriedade e a descontração

Confira, a seguir, 5 recomendações para que você encontre um equilíbrio e aprenda a dosar a seriedade na sua rotina.

1. Leia os contextos

As situações da vida são muito diferentes entre si. Dessa forma, alguns contextos permitem que sejamos mais descontraídos, enquanto outros demandam mais seriedade. Brincadeiras, risadas e bom humor podem ser muito bem-vindos nas festas, no almoço com os colegas de trabalho, e por aí vai.

No entanto, será que é válido ter essa postura em uma reunião de trabalho que está abordando problemas da empresa? Em um hospital, com um familiar doente? Em um velório? Certamente, não. Por isso, leia os contextos e entenda qual é a postura que cada situação exige.

2. Não leve tudo a ferro e fogo

Se você está em um parque de diversões, e o seu filho derruba o sorvete de morango que estava tomando na camiseta dele, é claro que isso é um resultado indesejado. Mas vale a pena dar uma bronca nele e “estragar” o dia de diversão, sendo que em casa há um produto que tirará rapidamente essa mancha?

Há um ditado em inglês que diz “Choose your battles”, ou “escolha as suas batalhas”. Isso significa que há momentos em que realmente temos que consertar as coisas, defender os nossos pontos de vista e lutar pelas nossas ideias. Contudo, nem sempre isso é necessário. Nas situações de menor importância, deixar para lá traz menos desgaste.

3. Encontre o humor mesmo nas horas mais difíceis

Você já viu alguns torcedores de futebol fazendo piadas sobre as péssimas características dos jogadores dos seus próprios times quando perdem? Se a equipe for rebaixada, que culpa tem o torcedor? É claro que ele vai ficar triste, mas, com o tempo, aprenderá a dar risada de tudo.

Nem sempre, é claro, será possível fazer isso, conforme vimos na dica 1. Contudo, sempre que possível, tente rir das coisas, inclusive de si mesmo. Isso alivia um pouco a dor dos momentos difíceis e pode até mesmo servir como combustível para sair dessas situações e superá-las.

4. Entenda que as pessoas têm personalidades distintas

Assim como precisamos “ler” as situações, também precisamos “ler” as pessoas com as quais convivemos. Algumas delas naturalmente têm mais senso de humor do que outras. Talvez você possa fazer uma ou outra brincadeira com elas. Contudo, há outras pessoas que não dão essa mesma liberdade, cabendo a você tratá-las com mais seriedade.

Você não pode impor o seu estilo de vida às outras pessoas. Da mesma maneira, também não pode permitir que os outros façam isso com você. Na dúvida, aja com seriedade, até que uma intimidade maior seja conquistada e você perceba que pode interagir com mais descontração.

5. Trabalhe e sorria todo dia

Por fim, a dica final é o equilíbrio. Todo dia das nossas vidas apresenta momentos em que é preciso agir com seriedade para cumprir as nossas obrigações, mas também apresenta situações em que podemos sorrir, festejar e celebrar por algum motivo.

É fundamental que encontremos esses dois lados da moeda em todos os dias. Não podemos apenas cumprir obrigações, sem dar um sorriso. Por outro lado, também não podemos apenas brincar e festejar, sem dar conta dos nossos compromissos. Um dos segredos da felicidade é justamente encontrar momentos adequados para cada emoção.

E você, ser de luz, é uma pessoa mais séria ou mais descontraída? Como tenta encontrar o equilíbrio entre essas forças? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!