Quando alguém diz que é competitivo, você entende que isso é bom ou ruim? A competitividade é a vontade de vencer, o que pode se manifestar em diversos ambientes, como nos esportes e até mesmo dentro de uma empresa. A questão de esse significado ser bom ou ruim, na verdade, divide opiniões.

A linha entre o aspecto positivo e o aspecto negativo da competitividade é bastante tênue, de modo que precisamos ser cautelosos no que diz respeito a esse comportamento. Para que você compreenda as diferenças entre a competição saudável e a competição excessiva, continue a leitura da reflexão a seguir!

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Competidor ou competitivo?

Existe uma grande diferença entre ser competidor e ser competitivo. Um profissional competidor é aquele que está sempre em busca de ser melhor do que o outro, está sempre querendo superar os seus colegas e criando um ambiente de competição negativa dentro do local de trabalho. Já a competitividade está relacionada à busca pelo crescimento, melhoria e resultados.

A competitividade é uma característica comum a muitos profissionais e, ao contrário do que se costuma pensar, não está necessariamente ligada a um comportamento negativo. A ambição que a competitividade gera, impulsiona o profissional a ir além e entregar sempre mais do que o esperado.

Essa competitividade saudável faz com que a pessoa saia da zona de conforto e conquiste sempre mais. Profissionais estagnados não possuem perspectiva de crescimento, não procuram inovar em suas atividades e no dia a dia e, por isso, não são visto com bons olhos pelas organizações.

O exemplo do futebol

PSC

O futebol é um ambiente que podemos tomar como exemplo para compreender os limites da competitividade. Quando dois jogadores bons ocupam uma mesma posição, isso dá aquela “dor de cabeça do bem” ao treinador, que precisa tomar uma decisão a respeito de quem deve ser o titular e quem deve ficar no banco de reservas.

Quando isso ocorre, os dois jogadores são estimulados a dar o melhor de si nos treinamentos, na preparação física, no desenvolvimento da técnica, enfim, em todas as suas atitudes como atleta. Quando isso acontece, quem ganha é toda a equipe, que contará com dois excelentes profissionais. Diante de um adversário, quem estiver no banco vai torcer por quem começar jogando, e vice-versa.

Perceba que a competitividade saudável ocorre quando os dois dão o melhor de si, mas jamais agem no sentido de prejudicar o outro ou de torcer para que o time comece a perder até que titular e reserva troquem de posição. Isso sim seria uma competição negativa, que afetaria o desempenho da equipe, destruiria o clima interno do time e revelaria falta de ética e de espírito esportivo. Percebe a diferença entre esses dois tipos de competitividade?

Em âmbito corporativo

Voltando ao ambiente de trabalho (não que o futebol também não seja uma profissão!), o que as empresas esperam são profissionais que usam essa competitividade de forma saudável para crescer profissionalmente, aumentar a sua produtividade e, consequentemente, os rendimentos das organizações. Já a competição negativa deve ser evitada.

Atitudes como alcançar objetivos passando por cima de colegas e superiores, “puxar o tapete” e trapacear de alguma forma não são comportamentos saudáveis e podem manchar a carreira ou prejudicar o desempenho do profissional. O mesmo pode ser dito diante da bajulação aos superiores. É preciso que essas adulações sejam cortadas pelos chefes, já que não se trata de uma admiração verdadeira.

O importante é que o profissional foque todos os seus esforços em suas metas e objetivos pessoais e profissionais, utilizando os seus dons e habilidades para conquistar o que deseja. Assim ele contribuirá com o sucesso da organização e da equipe, sem prejudicar o próximo.

O que as empresas podem fazer para estimular uma competição saudável?

As próprias empresas podem tomar algumas medidas com o objetivo de evitar que a competitividade ganhe contornos agressivos e antiéticos. Confira algumas ações que podem ser colocadas em prática para evitar esse problema.

1. Ter um regimento interno claro

Não que seja obrigação da empresa ter que explicar que pessoas precisam ser honestas, mas nunca é demais ter um regimento interno claro, explicando as regras de conduta que devem ser adotadas nas dependências da instituição, incluindo tudo aquilo que é condenável ou proibido.

A própria lei determina situações que podem causar demissão por justa causa, como incontinência de conduta e mau procedimento, ação desonesta do empregado para obter alguma vantagem e ofensa moral contra os colegas — que podem abranger o ato de um colega que “puxa o tapete” do outro. Cabe à organização certificar-se de que essas regras sejam de conhecimento de todos.

2. Investir em treinamento corporativo

Como citamos, a competitividade saudável pode fazer com que cada colaborador cresça e desempenhe as suas atividades com mais qualidade. Sendo assim, uma maneira de ajudar os profissionais nesse sentido é por meio de treinamentos de capacitação.

Contudo, uma dica de ouro é que esses treinamentos não se limitem ao ensino de técnicas de trabalho e de novas tecnologias. É importante também reforçar junto às equipes as chamadas competências comportamentais, como: trabalho em equipe, inteligência emocional, bom relacionamento interpessoal, criatividade, e por aí vai. É também uma maneira de “educar” o colaborador para uma conduta de ambição positiva, isto é, pacífica.

3. Desenvolver ações de endomarketing

Por fim, um assunto que inclusive já abordamos aqui no blog são as ações de endomarketing, aquelas que ajudam a empresa a construir um clima organizacional agradável a todos os que nela trabalham. Essas estratégias podem contribuir com um clima de competição positiva.

Assim, em vez de ameaçar as pessoas com punições, por exemplo, um chefe pode obter uma competitividade muito mais saudável e motivadora se prometer uma viagem de fim de ano ao melhor vendedor da loja. É uma maneira de engajar e motivar as equipes para que cada um dê o melhor de si, mas sem criar um antagonismo desproporcional e nada saudável. Mais uma vez, vale a pena reforçar as regras da empresa do que está ou não dentro dos limites da ética.

Como é possível perceber, os limites entre uma competição saudável e uma rivalidade destrutiva podem ser tênues. Portanto, cabe à empresa esclarecer o que é aceitável e o que não é, deixando essa diferença bem nítida a todos os funcionários, no dia a dia de trabalho.

E você, querida pessoa, o pensa sobre a competitividade? Consegue desenvolver uma competição saudável com as pessoas ao seu redor? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além disso, que tal levar esta reflexão a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar dela? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!