PERMA

Subbotina Anna/Shutterstock O modelo PERMA, desenvolvido por Martin Seligman defende que existem 5 eixos centrais para conquistarmos nossa felicidade

Para algumas pessoas, a felicidade plena é algo impossível de se atingir. Porém, a Psicologia Positiva sugere que a felici­dade é alcançável, bem como o resultado natural da construção de nosso bem-estar e a satisfação com a vida. Martin Seligman passou muitos anos desenvolvendo a Teoria da Felicidade, do modelo PERMA para a construção do bem-estar.

Ele estabeleceu um modelo de cinco lados de bem-estar, chamado PERMA que consiste em: Positive Emotion (Emoção Positiva); Engagement (Compromisso /Engaja­mento); Relationship (Relacionamentos); Meaning (Significado ou Propósito); Accomplishment (Realizações).

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O Modelo PERMA

O modelo PERMA pode ajudar a aumentar o seu bem-estar por meio da combinação destes elementos. Juntos, eles formam uma base sólida sobre a qual podemos construir uma vida feliz e próspera, com o estabelecimento de relações de apoio e amizade, o cumprimento de metas, e sermos totalmente envolvidos com a vida.

Além disso, nutrir essas experiências em crianças pode ajudá-las a ir além de “sobreviver” e realmente “prosperar” na vida. Continue lendo e veja do que cada componente trata:

Positive Emotion (emoção positiva)

PSC

As emoções positivas estão entre os di­versos elementos que compõem a felicidade e bem-estar. Vamos começar por distinguir en­tre o que é prazer e o que é diversão. Enquan­to o prazer se relaciona com a satisfação das necessidades físicas, como a fome, a sede, ou tirar um longo sono depois de um dia difícil, a diversão vem de estímulos intelectuais e da criatividade. Temos prazer quando observamos crianças gritando, quando correm e pulam na lama.

Prazer também envolve ser intelectualmente desafiado e enfren­tar estes desafios. Ao sermos indagados sobre a nossa satisfação com a vida, nossas respostas variam de acordo com o humor que estamos naquele momento. Se nós estamos com pensamento positivo, somos capazes de olhar para o passado com alegria, almejar um futuro e até mesmo desfrutar do presente.

As emoções positivas têm um impacto que vai muito além de trazer um sorriso aos nossos rostos. Nós nos sentirmos bem, nos ajuda a ter um melhor desempenho em nossas tarefas, além de aumentar a saúde física, fortalecer relacionamentos, inspirar a sermos criativos e olharmos para o futuro com otimismo e esperança.

Todos nós já tivemos experiências boas e ruins em nossas vidas, e ao focar nos pontos baixos estamos fazendo mal a nós mesmos. Se olharmos pelo o que passamos com pessimismo a tendência é que fiquemos depressivos com as lembranças. E se ao pensarmos no futuro, enxergando somente preocupações e perigos, desenvolveremos ansiedade e pessimismo às novas fronteiras. Por isso, se faz importante reconhecer as emoções positivas que sentimos, e aproveitar o presente sem a preocu­pação do arrependimento.

Muitos de nós temos uma tendência a esperar o pior, só conse­guindo enxergar o lado negativo, muitas vezes evitando situações para não correr riscos. A pesquisa em Psicologia Positiva identificou determinadas habilidades e exercícios para impulsionar a nossa experiência em emoções positivas. O que faz com que nos sintamos bem? A resposta dessa pergunta é a chave para experi­mentarmos essa sensação, e termos a certeza de que sempre haverá tempo e espaço em nossas vidas para nos sentirmos bem.

Engagement (compromisso / engajamento)

Mihaly Csikszentmihalyi, um dos fundadores da Psicologia Positiva, é um grande pesquisador dessa área. Definiu o flow que, na dimensão de ab­sorção, aproxima-se de engagement (compromis­so), que representa um estado de atenção focada, caracterizada por uma mente clara em harmonia com o corpo, concentração sem esforço, perda de autoconsciência, atemporalidade e prazer intrínseco.

Quando estamos ociosos, sentimo-nos inúteis e entediados. Mas quando nos envolvemos com nossa vida e trabalho, nós con­seguimos nos ocupar fortemente, ganhando impulso e foco, en­trando em estado de flow. Impulso é a palavra certa para descre­ver o estado de compromisso, pois ao focarmos na realização de uma determinada atividade esquecemos de tudo que nos cerca. Quando se está absorvido, você é um com o objetivo.

Grande parte do trabalho da Psicologia Positiva é identificar e cultivar nossas forças, virtudes e talentos. A origem disso está na teoria de Csikszentmihalyi, que afirma que quando nossos talen­tos e pontos mais fortes encontram as demandas que passamos, o trabalho começa a fluir. Quando as identificamos, consciente e in­conscientemente, nos engajamos no trabalho e nas atividades que nos fazem sentir mais confiantes, produtivos e valorizados. Po­demos aprender e desenvolver habilidades para sentirmos alegria e focarmos no presente.

Relationship (relacionamento)

Nós temos a necessidade de nos envolver­mos com os outros, amar, nos relacionarmos físi­ca e emocionalmente. Ao construirmos uma rede de relações fortes, melhoramos nosso bem-estar.

O ser humano depende de pessoas ao redor para ajudar a manter o equilíbrio na vida. Quando estamos sozinhos, costumamos perder a perspectiva sobre o mundo, e não compartilhamos dos problemas e pensamentos. Mas quando deixamos outras pessoas se aproximarem, mudamos esse quadro e começamos a nos ver em um relacionamento saudável, onde, há confiança e sentimentos mútuos.

Uma relação positiva é construída com o tempo, e é importante essa construção gradativa e a manutenção diária dessas relações, porém, é de suma importância que saibamos reconhecer a diferença entre relacionamento saudável e prejudicial. Há muitos relacionamentos perigosos, que são baseados em uma “via de mão única”, onde somente um recebe, ou até mesmo relacionamentos que geram dependências.

A chave para todo o tipo de relacionamento é o equilíbrio, é escutar e compartilhar, fazendo esforços para continuarmos conectados, e sempre trabalhando em prol da fortificação desses relacionamentos.

Meaning (significado ou propósito)

A verdadeira felicidade, de acordo com o psicólogo Rollo May, vem de criar e fazer a vida ter sentido, ao invés da busca do prazer e da riqueza. Amar e ser amado é um fenômeno significativo, por exemplo, porque tais atos inspiram as pessoas a viver e cuidar de alguém e não só de si.

Atingimos o nosso melhor quando nos dedicamos, servimos e pertencemos a algo maior do que a nós mesmos, podendo ser na fé, no ambiente de trabalho, familiar, político, e até mesmo humanitário. Tendo essas conexões com algo maior, estamos construindo uma barreira eficaz contra a depressão ou quaisquer outros tipos de doenças. A pesquisa mostra, por exemplo, que as pessoas religiosas ou com uma espiritualidade bem desenvolvida, em geral têm vidas mais significativas, porque acreditam e adoram algo maior que elas mesmas, compartilhando assim vitórias. É muito importante também sentir que o trabalho que desenvolvemos agrega aos nossos valores e crenças pessoais.

Diariamente, se nós acreditamos que nosso trabalho é útil, sentimos uma sensação geral de bem-estar, e confiança que estamos usando nosso tempo e nossas habilidades para o bem, e que somos os melhores para aplicar talentos e pontos fortes a serviço desta missão.

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Accomplishment (realizações)

A psicóloga Angela Duckworth desen­volveu um trabalho sobre determinação, a habilidade de se apegar a alguma coisa e perseverar por um longo período, mesmo quando o trabalho em si fica muito difícil.

Em determinados momentos de nossas vidas escutamos a máxima “Ganhar não é tudo”. Apesar de ser uma armação que precisamos aceitar, sentimos a necessidade de ganhar algumas vezes, mas devemos aproveitar o “jogo”.

Ter objetivos explícitos na vida, mesmo pequenos como a leitura por uma hora, todos os dias, e fazer esforços para alcançá-los, são importantes para o bem-estar e felicidade. A realização ajuda a construir a autoestima e proporciona uma sensação de plenitude. Ela também reforça a autocrença. Os pais que estabelecem metas e tentam alcançá-las, como exercício diário, por exemplo, tendem a ter filhos que desenvolvem atitudes semelhantes.

As realizações podem acontecer também quando olhamos para trás e pensamos “Eu fiz isso, e fiz bem”. É o sentimento de realização e sucesso. E ao contemplarmos um passado de sucesso e vitórias, nos ajuda a construir um futuro esperançoso. Não há nada de egoísta ou de errado em ter orgulho de suas conquistas.

Quando você se sente bem com você mesmo, você está mais disposto a compartilhar habilidades e segredos com os outros. Você se sente motivado a trabalhar mais e conseguir muito mais em outra oportunidade, inspirando quem está ao redor para alcançar seus objetivos. Inspire-se e inspire também, conheça a formação em Psicologia Positiva do IBC e ouse ir além!