Você já trabalhou naquelas empresas em que os funcionários entram, passam alguns meses no local e, em seguida, pedem as contas ou são desligados? Essas organizações de alta rotatividade de profissionais em períodos de tempo reduzidos vivenciam um problema bastante prejudicial: o turnover.

Mas por que esse problema ocorre? Quais são as consequências dele para as organizações? De que maneiras ele pode ser prevenido? É o que você vai conferir no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

Turnover: o que é?

Turnover é um termo comumente utilizado dentro do departamento de Recursos Humanos e significa a rotatividade de colaboradores dentro de uma empresa ou organização, ou seja, é a relação entre entradas e saídas de profissionais em um determinado período.

De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Robert Half em outubro de 2013, o Brasil lidera o ranking dos países com o maior número de rotatividade de profissionais. Só aqui, o turnover aumentou 82% desde 2010, mais que o dobro da média do mundo, que era de apenas 38%.

Ainda segundo o estudo, os principais motivos que causam essa rotatividade são a baixa remuneração, a falta de reconhecimento, a desmotivação e a preocupação com o futuro da organização.

Quais são os fatores que desencadeiam o problema?

O turnover acontece nas empresas devido a fatores internos e externos. Os fatores internos estão relacionados a processos seletivos ineficazes, pagamento de baixos salários, chefes autoritários, desmotivação organizacional, baixa perspectiva de crescimento, falta de benefícios profissionais, entre outros. Já entre os fatores externos, estão o mercado de trabalho e o nível de emprego e desemprego.

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Em outras palavras, o turnover elevado ocorre quando um colaborador pede as contas porque está desmotivado com o local de trabalho atual ou quando surge alguma oportunidade melhor em outra empresa. Além disso, também ocorre quando o processo seletivo da empresa é ineficaz, contratando para a posição alguém sem a competência necessária para desempenhar as funções e tendo que desligá-la posteriormente.

É função do RH diagnosticar as possíveis causas dessa rotatividade, além de avaliar as futuras consequências que ela pode causar e, principalmente, propor soluções que eliminem ou diminuam a entrada e saída dos profissionais dentro do meio corporativo.

Como diminuir o turnover nas organizações?

Confira 6 dicas sobre como diminuir a alta rotatividade dentro do ambiente organizacional:

1. Realize recrutamentos eficazes e precisos

Esse é um dos pontos mais importantes para evitar o turnover, pois um recrutamento eficaz seleciona profissionais qualificados para o cargo oferecido, de acordo com as expectativas da organização. Um profissional apto tende a permanecer mais tempo dentro da empresa e consegue produzir mais resultados positivos.

Em contrapartida, se a seleção não foi precisa, pode ser contratado para assumir uma determinada vaga um profissional que não tem os conhecimentos necessários ou que não se adapta à cultura da organização. Nesse caso, é maior a chance de ele ser desligado ou de pedir demissão.

2. Invista nos colaboradores

Quando falamos em investir nos colaboradores, esse investimento não se refere apenas ao pagamento de um salário condizente com o mercado, mas também a programas que visem ao treinamento e à capacitação dos colaboradores.

Lembre-se de que os profissionais permanecem na empresa não apenas pela remuneração, mas também pela perspectiva de crescimento e desenvolvimento contínuo. Além disso, quanto mais um profissional for adequadamente treinado e desenvolvido, melhores serão os resultados que ele poderá alcançar. Isso deixará o supervisor desse funcionário mais satisfeito, além do fato de ele mesmo ficar mais motivado com as suas próprias capacidades.

3. Dê feedbacks constantes

Realizar feedbacks regulares é fundamental para que o colaborador se sinta reconhecido e devidamente valorizado pelo gestor e pela empresa. Ele também é um excelente aliado para motivar os profissionais a melhorarem a cada dia, além de potencializar as suas capacidades e talentos, evitando que queiram mudar de empresa.

O feedback serve como um fator motivacional, reconhecendo o funcionário pelos bons trabalhos executados. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade para que o colaborador identifique o que pode melhorar e aja para progredir nesses aspectos. Isso evita, por exemplo, que um funcionário seja mandado embora sem sequer ter recebido uma crítica dos seus supervisores.

4. Ofereça benefícios atrativos

Os benefícios são um dos principais aliados da empresa para manter os colaboradores por mais tempo no trabalho. Eles geram motivação e satisfação profissional, que são fatores fundamentais para a própria organização, já que profissionais felizes produzem mais e com maior qualidade.

Assim, ofereça benefícios, como o vale-transporte, o auxílio refeição, o plano de saúde, o seguro de vida, o plano odontológico, a cesta básica, o auxílio creche, entre outros que julgar importantes para manter a qualidade de vida do colaborador.

5. Proporcione uma boa remuneração, com oportunidades de crescimento

Esse talvez seja um dos principais fatores que mantêm um profissional em uma organização. Portanto, reconheça os seus colaboradores oferecendo salários condizentes com o valor do mercado e, se possível, perspectivas de crescimento por meio de programas de cargos e salários.

Isso fará com que o profissional se comprometa com o trabalho e se dedique com afinco, a fim de alcançar o crescimento profissional. Além disso, essa satisfação financeira que gera tranquilidade e alguma estabilidade o fará pensar duas vezes antes de pesquisar outros empregos.

6. Promova a qualidade de vida no trabalho

Chefes autoritários, colegas de trabalho que puxam o tapete uns dos outros, fofocas, assédio, falta de normas internas, jornadas de trabalho abusivas, equipamentos antigos, ferramentas obsoletas, ambiente opressivo e espaços com problemas de higiene ou de infraestrutura constituem a receita perfeita para todo mundo querer ir embora.

Em vez disso, que tal criar um espaço agradável, com regras claras, comunicação interna eficaz, ações de endomarketing, lideranças democráticas e inclusivas, infraestrutura adequada, equipamentos modernos e respeito aos direitos trabalhistas? Você até pode pensar em iniciativas mais modernas, como a meditação no trabalho, o pet da empresa, a ginástica laboral, as excursões etc., mas, antes de adotar essas medidas, verifique se a sua empresa está fazendo o básico pela qualidade de vida.

Agora que você já sabe o que fazer, está na hora de colocar essas 6 dicas em prática, não é mesmo? Por falar nisso, em quais aspectos a sua empresa tem agido para evitar o turnover? Em quais ela ainda precisa melhorar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!