A avareza é uma característica que algumas pessoas possuem e faz com que elas deem um valor exagerado para as coisas materiais. Um indivíduo avarento é considerado popularmente como pão-duro, essa expressão surgiu por conta da história de um suposto mendigo que viveu no Rio de Janeiro e que, ao pedir doações, dizia que aceitava qualquer coisa, até mesmo um pão duro. Após seu falecimento, descobriram que ele tinha muitos bens e se passava por morador de rua para acumular mais coisas.
Conteúdos
O Comportamento de um Indivíduo Avarento
Independente se essa história do mendigo carioca for ou não verdadeira, ela é capaz de chamar a atenção para pontos importante em relação à avareza. O primeiro é o fato de querer sempre mais e nunca estar satisfeito com o que se tem e o segundo está relacionado ao desejo vazio do ter, sem um objetivo realmente válido por trás, como ter mais conforto, realizar sonhos ou proporcionar isso à família.
Um indivíduo avarento quer ter cada vez mais bens, mas sem nenhum motivo justo, apenas pelo prazer de acumulá-los. Para isso, se aproveita de qualquer oportunidade para não gastar dinheiro. Aqueles que têm essa característica deixam de viver experiências, de ajudar outras pessoas ou mesmo de investir em coisas que estejam precisando, apenas para manterem seu patrimônio intacto.
Trata-se de um comportamento ruim porque tira toda a conotação positiva que o dinheiro pode ter, afinal não há mal algum em querer ter uma situação financeira mais confortável. Contudo, é essencial que se evite condicionar a própria felicidade a ele, porque, por mais que possa proporcionar momentos agradáveis, não é capaz de, por si só, fazer alguém feliz.
A Diferença Entre Ser Avarento e Econômico
É importante deixar claro que existe uma grande diferença entre ser avarento e econômico e o principal elemento que os diferencia é o equilíbrio. Enquanto o primeiro quer poupar o máximo o seu dinheiro apenas para ter mais, o segundo tem objetivos que o motivam a buscar gastar menos, como realizar sonhos ou se resguardar para o futuro, por exemplo.
Ser econômico é uma atitude bastante positiva, pois leva uma pessoa a ter uma relação saudável com suas finanças, sem dependência. Afinal, todos devem ser os responsáveis por controlar o seu dinheiro e não serem controlados por ele. Assim, é possível utilizar os próprios ganhos com sabedoria, para que o esforço que dedicou para recebê-lo realmente valha a pena.
Principais Hábitos de um Avarento
Se você convive com uma pessoa que demonstra sinais de avareza em seu comportamento, confira quais são os principais hábitos que os avarentos costumam ter para se certificar se é esse mesmo o caso.
- Deixa de fazer coisas que gosta para não gastar dinheiro;
- Tem um grande medo de perder o que possui, o que faz com que o comportamento em relação às finanças também impacte nas emoções;
- Se recusa a ajudar alguém se isso for lhe custar algo;
- Evitar fazer uso de objetos para mantê-los intactos;
- Se aproveita da bondade alheia para economizar;
- Não valoriza as coisas boas da vida, que são aquelas que não podem ser compradas;
- Nunca está satisfeito com o que tem;
- É atraído por coisas materiais.
Como se pode ver, é um comportamento bastante nocivo, que impede o indivíduo de enxergar além e valorizar aquilo que não se pode comprar, como a felicidade, o compartilhamento, os sentimentos. Lidar com alguém assim pode ser um grande desafio, mas que pode ser superado através da compreensão e da observação para entender o que motiva essa atitude.
Dicas de Como Lidar Com um Avarento
Confira dicas de como lidar com uma pessoa avarenta e, também, ajudá-la a encontrar o equilíbrio, para que passe a ter uma relação mais positiva com o dinheiro.
1 – Identifique o Que Motiva o Comportamento Avarento
Se você tem um amigo, familiar ou colega de trabalho avarento, evite se deixar levar pela raiva e procure observá-lo para identificar o que está por trás desse comportamento. Lembre-se que toda atitude tem uma motivação e, em muitos casos, a avareza é fruto de um passado de privações, assim, pessoas que passaram por problemas financeiros tendem a sentir medo de que isso se repita. Adquirir essa consciência irá permitir que tenha uma visão mais humanizada do indivíduo e possa realmente ajudá-lo.
2 – Converse Sobre o Assunto
Dependendo do grau de intimidade que tem com a pessoa, pense na possibilidade de conversar com ela. Mas lembre-se de fazer isso de forma natural, sem acusações, afinal a intenção é realmente entendê-la e, também, fazê-la refletir sobre essa atitude e não criar uma inimizade. O diálogo é sempre o melhor caminho para expressar o seu ponto de vista, ouvir o outro e, então, chegar a um entendimento.
3 – Mostre Que é Possível Ter uma Relação de Equilíbrio Com o Dinheiro
O ponto é mostrar que é possível poupar e, ao mesmo tempo, investir em experiências positivas e não que o dinheiro deve ser gasto de forma desenfreada, sem planejamento. Apresente ao seu ente querido o caminho do meio, que é o do equilíbrio. É bem provável que ele se mostre reticente no início, mas, aos poucos, irá começar a se dar conta de que é o melhor a ser feito.
4 – Inspire Através do Exemplo
Uma das formas mais eficazes de ensinar algo a uma pessoa é através do exemplo. Nesse sentido, procure demonstrar um comportamento positivo em relação ao dinheiro, investindo em experiências positivas, mas sem desequilibrar o orçamento. Por mais que o avarento te critique, mostre que tem total controle sobre a situação e que as suas finanças são muito bem administradas.
5 – Incentive-o a Cuidar de Si
A última dica é que incentive a pessoa avarenta a cuidar de si e investir no próprio bem-estar. As sugestões irão variar de acordo com cada perfil, mas podem incluir: comprar roupas novas, cuidar da saúde, reformar a casa, realizar sonhos. Quanto mais mostrar a infinidade de coisas boas que o dinheiro pode oferecer, maiores as chances de ela cair em si e começar a mudar o seu comportamento.
Ter uma relação positiva com o dinheiro é fundamental para viver de forma plena e feliz. Portanto, procure sempre prezar pelo equilíbrio e incentive todos ao seu redor a fazerem o mesmo.
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Eu já passei necessidades básicas, chances de não ter onde morar. Hoje sou avarento até o osso, não gasto um centavo, enquanto meu dinheiro não paga as próprias contas e ainda sobrar pra mim.