Ter para ser. Essa parece ser a lógica dos novos tempos. Imerso nos modelos de consumismo; em que ter mais representa mais prestígio, mais reconhecimento e mais respeito social; o materialismo se caracteriza por um estilo de vida que prioriza os bens materiais.

Esse estilo de vida, por mais que esteja “em alta” na sociedade atual, pode trazer consequências bastante negativas. Você sabe quais são elas? Consegue mensurar os impactos do materialismo nas diferentes áreas da vida? Acompanhe-nos na reflexão a seguir e saiba mais sobre este que é um dos males do século!

O que é o materialismo?

Pensadores como Gottfried Leibniz, Karl Marx e Friedrich Engels estudaram o tema e chegaram à conclusão de que o materialismo é uma forma de compreender a sociedade, por meio das suas evoluções econômicas e políticas, e de entender como isso culmina na produção e no consumo de bens.

Na prática, podemos ver cada vez mais uma distorção de valores, em que as pessoas, para sentirem-se pertencentes a determinados grupo sociais, são encorajadas a acreditar que precisam consumir sempre mais para serem bem-vistas. Esse consumismo desenfreado causa sérios prejuízos, tanto no aspecto financeiro como também emocional, podendo esconder problemas psicológicos graves.

Quais são as consequências que o materialismo pode provocar?

Confira, na sequência, alguns dos malefícios que a vida materialista pode provocar nas diferentes áreas da vida das pessoas.

1. Crises financeiras

Circula pela internet uma frase que basicamente resume a essência da vida materialista: “Muitas pessoas gastam um dinheiro que não têm para comprar coisas de que não precisam, para impressionar pessoas de que não gostam”. Isso as leva a um consumo desenfreado, a fim de acumular posses, mesmo que não haja necessidade. Consequentemente, é natural que os indivíduos acumulem dívidas e prejudiquem a sua situações financeira, comprometendo a qualidade de vida de si e da família.

2. Superficialidade

PSC

As pessoas que mergulham no universo materialista passam a acreditar que as suas posses definem o seu valor. Em consequência disso, passam também a julgar o outro pelas suas posses. Isso reflete uma superficialidade e um vazio existencial. Os valores mais nobres; como o amor, a união, a amizade, o conhecimento e o altruísmo; são deixados de lado. Nessa lógica, vale mais postar a viagem nas redes sociais do que de fato aproveitá-la ao lado daqueles a quem você ama, por exemplo.

3. Preconceito e rejeição

Conforme citamos acima, o materialismo provoca uma inversão de valores, em que os indivíduos julgam-se uns aos outros com base nas suas posses. Isso é a porta de entrada para o preconceito. O valor de uma pessoa passa a ser mensurado pelo carro que ela dirige, pela roupa que ela veste, pela viagem que ela faz e pelo salário que ela recebe, como se não houvesse outros critérios. As desigualdades sociais se acentuam e, com ela, o preconceito dos mais abastados em relação aos menos privilegiados.

4. Desvalorização de outros aspectos da vida

O acúmulo de posses pode ser útil se a pessoa estiver em busca de mais qualidade de vida. Mas será que vale a pena trabalhar em excesso, ignorar a família, deixar de sair com os amigos, entre outros, tudo em nome de acumular dinheiro para comprar mais e mais itens? A felicidade não pode ser depositada apenas naquilo que o dinheiro compra. Amor, família, amizade, contato com a natureza, paz de espírito, risadas, saúde, afeto, conhecimento e experiências não se compram com o dinheiro.

5. Problemas psicológicos

Quando uma pessoa vive de forma materialista, ela condiciona a sua felicidade e a sua aceitação social aos seus bens materiais. Se, por algum motivo, essa pessoa tiver uma crise financeira e não conseguir sustentar o seu estilo de vida, ela tem grandes chances de perder amizades e de desenvolver transtornos mentais, já que ser feliz, na visão dela, depende de tudo o que ela pode comprar. Isso torna as pessoas mais competitivas, gananciosas, ansiosas e até mesmo depressivas.

Como enfrentar esse problema?

Responda sinceramente: você precisa ter para ser? Os seus bens materiais representam quem você é na essência? Você é feliz tendo que provar o tempo todo que é capaz de comprar e ter as mesmas coisas que os seus amigos? As coisas que você compra o fazem mais feliz? Como você realmente gostaria de levar a sua vida?

Essas perguntas trazem reflexões importantes e que podem ajudar você a repensar nos seus comportamentos de consumo. Não é o que você possui que o torna alguém melhor ou superior, mas sim o modo como você se relaciona consigo mesmo, com a sua família, com os seus amigos, com os seus colegas de trabalho, com os seus vizinhos, enfim, com quem estiver à sua volta.

Não basta ter tudo e sentir-se vazio, triste, doente e solitário. Comprar causa um bem-estar momentâneo, que só pode aplacar, por alguns instantes, os seus vazios existenciais. Portanto, livre-se das pressões desnecessárias e afaste-se das pessoas que estão com você pelo que você tem e não pelo que você é.

Por mais que as convenções econômicas e sociais digam o contrário e nos imponham o consumo como uma forma de sermos reconhecidos, saiba que, além dos bens materiais, existe vida. Aproveite mais as coisas simples, os momentos em família ou mesmo sozinho. Conheça melhor a sua essência e mova-se por aquilo que realmente faz de você alguém feliz. Nem sempre precisamos de dinheiro para que isso ocorra.

Não é por acaso que nascemos sem nenhuma roupa ou bem. Essa é uma metáfora de Deus, nos dizendo que não precisamos de muito. Por isso, não invente necessidades ou motivos para consumir, quando você pode alimentar o seu espírito de boas emoções e tornar-se alguém infinitamente melhor. O dinheiro é importante e necessário, mas não pode controlar a vida e a felicidade de ninguém.

E você, querida pessoa, é alguém materialista? Em quais aspectos você pode melhorar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!