Ambophoto/Shutterstock Na liderança compartilhada todos são agentes e participam da construção dos resultados
Entre as muitas possibilidades da gestão de pessoas, a liderança compartilhada é um modelo que vem ganhando cada vez mais representatividade nas empresas. Diferente da co-liderança, ela traz algumas características marcantes, que trouxeram as organizações uma visão inovadora sobre o papel dos líderes e dos colaboradores na construção dos resultados.
A Liderança Compartilhada na Prática
A liderança compartilhada é um conceito que ganhou força a partir da década de 1970, quando houve mudanças econômicas que obrigaram as empresas a acompanhar estas transformações e mudar a sua forma de gestão também. Até então, a lógica da centralização do líder era a que imperava, ou seja, apenas o gestor tinha a palavra inicial e final e o pleno poder para tomar todas as decisões.
Com a chegada da ideia do compartilhamento de liderança esta realidade teve que mudar, pois já não havia mais espaço para a autocracia, portanto, se exigia que os líderes abrissem espaço para seus liderados e compartilhassem com eles as responsabilidades pelos resultados e também pelos acertos e erros. A palavra compartilhamento ganhou mais força, trouxe novas perspectivas e abriu portas para um novo momento na gestão de pessoas nas empresas. E isso foi muito bom para todo o capital humano.
Na prática, isso quer dizer que neste modelo, os gestores passaram a compartilhar com suas equipes a tomada de decisão em relação a tudo: tarefas e projetos, e a buscar sua participação mais ativa na resolução dos problemas e no desenvolvimento de ideias e soluções inovadoras, por exemplo.
E como Funciona a Co-liderança?
Também chamada de cogestão, neste modelo apenas os líderes dividem a liderança, ou seja, pode ser que mais de um gestor ocupe o mesmo cargo de autoridade dentro de uma equipe. Muito questionada, a coliderança, com certeza, não é um dos maiores sonhos dos chefes, pois dividir um mesmo cargo e conduzir uma equipe a quatro mãos pode ser realmente um grande desafio.
Para que funcione é essencial que os dois líderes sejam flexíveis e ajam sempre de maneira ética e profissional, focando no desenvolvimento dos seus colaboradores e no alcance efetivo dos resultados. Também é essencial que definam com clareza os papéis de cada um para que assim o grupo saiba a quem se reportar quando precisar tratar de temas específicos aos dois.
Entretanto, estamos falando de seres humanos e, na prática nem sempre é esta harmonia e organização que acontecem. Muitas vezes, a insegurança e a vaidade também tomam à frente dos interesses de todos e acabam se tornando grandes obstáculos a que os gestores possam trabalhar juntos, pois como diz o ditado – “Quando um não quer; dois não brincam!”.
O que as empresas devem fazer?
Por isso mesmo, as empresas devem ser inteligentes ao propor este tipo de gestão e jamais colocar dois gestores com perfis iguais para fazer as mesmas coisas na condução de suas equipes. O ideal é que seus conhecimentos, habilidades e experiências sejam diferentes e complementares, ou seja, que aquilo que fazem não seja igual, de modo que se somem suas expertises de formas diferentes ao trabalho e ao desenvolvimento de seus profissionais.
Se, por exemplo, a empresa coloca dois gestores de Marketing para fazer as mesmas coisas, mas fazendo o trabalho de modo distinto e delegando as tarefas em tempos e de maneiras opostas, logo seus colaboradores ficarão confusos e não saberão a quem recorrer; se reportar primeiro ou mesmo qual é a prioridade de entrega de uma demanda.
O melhor é que cada gestor cuide de uma área específica dentro do departamento, que eles conversem de forma madura, profissional e alinhem as informações antes de repassá-las à equipe. Também é importante que os gestores colaborem um com o outro, se ajudem mutuamente a conquistar os resultados que a empresa espera da área e se esforcem para corresponder às expectativas de seus liderados. Isso sim é uma atitude inteligente e digna de verdadeiros líderes!
E você, o que acha da gestão compartilhada e da coliderança? Em sua empresa existe alguma delas? Comente e deixe sua opinião abaixo. Aproveite e compartilhe também meu artigo em suas redes sociais!
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