Hipnoses: O que são?

Image Point Fr/Shutterstock As hipnoses beneficiam de formas diferentes cada paciente e podem ajudar a curar problemas de saúde em todos os âmbitos

Hipnose é um procedimento em que um profissional da saúde ou um pesquisador sugere para um cliente, coachee, que ele experimente mudanças em sensações, percepções, pensa­mentos ou comportamentos. O contexto hipnótico é geralmente estabelecido por um procedimento de indução.

Apesar de existirem muitas formas diferentes de indução hipnótica, a maioria inclui sugestões para relaxamento, acalmar ou ter uma sensação de bem-estar. Instruções para imaginar ou pensar em experiências agradáveis também são incluídas comumente em induções hipnóticas.

As Hipnoses como elas são!

As pessoas respondem à hipnose de maneiras diferentes. Algumas descrevem a experiência como um estado alterado de consciência. Outros descrevem a hipnose como um estado normal de atenção focada, no qual se sentem muito calmos e relaxados. Independentemente de como e em qual grau elas respon­dem, a maior parte das pessoas descreve que a experiência é muito agradável.

Algumas pessoas respondem facilmente às sugestões hipnóti­cas e outras respondem menos. Pessoas acima dos 60 sempre en­tram em transe. A habilidade de uma pessoa para experimentar sugestões hipnóticas pode ser inibida por medo e preocupações sobre alguns preconceitos comuns.

Ao contrário de algumas descrições sobre hipnose em livros, filmes ou na televisão, pessoas que são hipnotizadas não perdem o controle sobre o seu comportamento. Elas tipicamente permanecem conscientes sobre quem elas são e onde estão e a menos que seja sugerida especificamente uma amnésia, elas usualmente se lembram do que transcorreu durante a hipnose.

Hipnose não é um tipo de terapia como a psicanálise ou a terapia comportamental. Ao contrário, é um procedimento que pode ser usado para facilitar a terapia. Por não ser um tratamento em si, um treinamento em hipnose não é suficiente para conduzir a terapia ou o Coaching.

A hipnose clínica deve ser usada apenas por profis­sionais da saúde treinados e credenciados corretamente (por exemplo, clínicos psi­cológicos licenciados), que também foram treinados no uso clínico da hipnose e que estejam trabalhando dentro da área de suas es­pecialidades profissionais, indireta e diretamente.

A hipnose vem sendo usada no tratamento da dor, da de­pressão, da ansiedade, do estresse, do distúrbio de comportamen­to e muitos outros problemas médicos e psicológicos. Entretanto, pode não ser útil para todos os problemas psicológicos ou para todos os coachees ou clientes.

A decisão de usar hipnose, como um complemento no tratamento, só pode ser tomada por um profissional da saúde, qualificado, que tenha sido treinado para usar e tem que ser limitado à hipnose clínica. Além de ser usada clinicamente, a hipnose também é usada em pesquisas, com o objetivo de se aprender mais sobre a natureza da hipnose em si, bem como o seu impacto nas sensações, percepções, aprendizados, memória e fisiologia.

Pesquisadores também estudaram o valor da hipnose no tratamento de problemas físicos e psicológicos. Esta definição e descrição da hipnose foi preparada pelo comitê executivo da Associação Americana de Psicologia, Divisão de Hipnose Psicológica.

Vale ressaltar que a pessoa hipnotizada não está dormindo, ela está em concentração profunda e com a memória ampliada e focada com mais precisão. Ao contrário do que se pensa, há muita atividade em todo o córtex cerebral durante a hipnose.

O córtex cerebral corresponde à camada mais externa do cérebro, sendo rico em neurônios e o local do processamento neu­ronal mais sofisticado e distinto. O córtex humano tem 1,4mm de espessura, com uma área de 0,22m2 (se fosse disposto num pla­no) e desempenha um papel central em funções complexas do cérebro, como na memória, atenção, consciência, linguagem, per­cepção e pensamento. Utilizamos no título dessa sessão o termo hipnose no plu­ral, porque há uma diversidade de abordagens da técnica.

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